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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Innis, McLuhan e o estudo <strong>da</strong> comunicação nos anos 1950<br />

Innis e McLuhan se encontravam em extremos opostos do espectro<br />

acadêmico, em meados do século XX – pelo menos, no que se refere ao<br />

status e à reputação. No entanto, na déca<strong>da</strong> e meia seguinte, a fama e a<br />

notorie<strong>da</strong>de de McLuhan ultrapassaram tudo o que Innis jamais desfru-<br />

tou. Com efeito, durante os anos 1950, a reputação de Innis sofreu como<br />

resultado de sua ousadia no âmbito <strong>da</strong> comunicação, no final <strong>da</strong> carreira.<br />

Certamente, algumas de suas principais obras em história econômica<br />

foram republica<strong>da</strong>s, nesse período, e foram bem recebi<strong>da</strong>s, mas os textos<br />

que ele publicou, na área de comunicação, antes de sua morte, em 1952,<br />

foram recebidos com indiferença, para não dizer hostili<strong>da</strong>de. Esse estado<br />

de coisas não durou. Sobretudo, por meio do apoio <strong>da</strong>do à sua obra pela<br />

estrela em ascensão – McLuhan –, Innis obteve reconhecimento como<br />

uma figura pioneira nos estudos de comunicação. Mas, essa reputação es-<br />

tava liga<strong>da</strong> à sua conexão com McLuhan, no que foi caracterizado como<br />

o germe de uma Escola de Comunicação de Toronto. E, também, foi em<br />

virtude de sua conexão com Innis, pelo menos, em parte, que McLuhan<br />

pôde emergir <strong>da</strong>s sombras <strong>da</strong> academia para se tornar uma <strong>da</strong>s principais<br />

figuras públicas e intelectuais.<br />

Na época de sua morte, em novembro de 1952, Innis acumulava uma<br />

quanti<strong>da</strong>de impressionante de trabalhos relacionados à comunicação, in-<br />

cluindo alguns capítulos de Political Economy in the Modern State, Empi-<br />

re and Communications, The Bias of Communication, bem como algumas<br />

revisões e ensaios relacionados à história <strong>da</strong>s mídias. Ele, também, pro-<br />

duziu um manuscrito de 1.400 páginas – com circulação muito limita<strong>da</strong><br />

–, intitulado “História <strong>da</strong> Comunicação”. Nesse momento, McLuhan<br />

escrevera relativamente pouca coisa sobre o <strong>tem</strong>a <strong>da</strong> comunicação, con-<br />

centrando-se na crítica literária e seu texto sobre cultura popular, The<br />

Mechanical Bride, dificilmente chamou a atenção, vendendo apenas umas<br />

Conhecimento empírico crítico: extensões de • 257<br />

McLuhan na comunicação • 257

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