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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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para o estudo <strong>da</strong>s comunicações, mas antes à disponibili<strong>da</strong>de relativa<br />

dos textos e suas respectivas práticas comunicacionais. Inicio com uma<br />

discussão de como McLuhan, nos anos 1950, beneficiou-se de Innis em<br />

seus esforços para estabelecer o campo <strong>da</strong> comunicação, culminando em<br />

seu (de McLuhan) reconhecimento como uma autori<strong>da</strong>de na área, no<br />

fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>. Isso será seguido de uma discussão <strong>da</strong> razão por que um<br />

campo de comunicação, emergindo diretamente <strong>da</strong> obra de Innis, nunca<br />

se materializou, enquanto McLuhan foi extremamente bem-sucedido<br />

em estabelecer uma abor<strong>da</strong>gem amplamente reconheci<strong>da</strong> <strong>da</strong> comunica-<br />

ção, associa<strong>da</strong> a Innis como um precursor. Em segui<strong>da</strong>, abordo como a<br />

apropriação de Innis por McLuhan, apesar de bem-sucedi<strong>da</strong>, enquanto<br />

estratégia para <strong>da</strong>r credibili<strong>da</strong>de ao âmbito <strong>da</strong> comunicação, surgiu, em<br />

detrimento de aspectos distorcidos <strong>da</strong> obra de Innis sobre comunica-<br />

ção, negligenciando totalmente outros. Finalmente, indico algumas <strong>da</strong>s<br />

principais deficiências no tratamento de Innis por McLuhan – basean-<br />

do-me amplamente nas obras deste último que McLuhan ignorou – e<br />

apresento algumas implicações de como podemos entender a Escola de<br />

Comunicação de Toronto.<br />

Você está familiarizado com a timidez e respeitabili<strong>da</strong>de acadêmicas.<br />

Você está assumindo sua vi<strong>da</strong> acadêmica em suas<br />

mãos ao escrever sobre Innis e McLuhan. E não deve ter<br />

receio. Nunca conheci alguém que realmente estivesse interessado<br />

em algo que, também, tivesse receio de assumir<br />

as consequências <strong>da</strong> reprovação. Foi Hercule Poirot que, ao<br />

perguntarem “O que era a ver<strong>da</strong>de?”, respondeu: “”Eet ees<br />

whatever upsets zee applecart.” (Marshall McLuhan a James<br />

W. Carey, 25 de março de 1974).<br />

256 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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