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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Nunca antes foi tão simples publicar informação na Internet. Na<br />

Internet 2.0, o emissor, finalmente, pôde evoluir para a condição de pro-<br />

sumidor. Sem dúvi<strong>da</strong>, o prosumidor pode ser considerado como o ator<br />

comunicativo <strong>da</strong> “socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ubiqui<strong>da</strong>de” (NAKAMURA, 2004).<br />

<strong>da</strong> riqueza, Alvin e Heidi Toffler explicarão como conceberam o conceito<br />

de prosumidor: “Em A terceira on<strong>da</strong> (1980), inventamos a palavra PROSU-<br />

MIDOR para designar quem cria bens, serviços ou experiências para nosso<br />

próprio uso ou diversão, e não para vendê-los ou trocá-los. Quando como<br />

indivíduos ou coletivos, produzimos e consumidos, nossa própria produ-<br />

ção está prosumindo. Se preparamos uma torta e nós a consumimos, somos<br />

prosumidores. Mas, o prosumo não é apenas um ato individual. Parte do<br />

propósito de preparar a torta talvez seja dividi-la com a família, os amigos<br />

ou nossa comuni<strong>da</strong>de sem esperar dinheiro ou o equivalente a uma troca. Na<br />

atuali<strong>da</strong>de, <strong>da</strong>do que o mundo se encolheu, graças ao progresso do trans-<br />

porte, as comunicações e as Tecnologias <strong>da</strong> Informação (TI), a noção de<br />

comuni<strong>da</strong>de é mundial, outra consequência <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça em nossa relação<br />

com o fun<strong>da</strong>mento profundo do espaço. Por essa razão, o prosumo pode<br />

incluir o trabalho não remunerado para criar valor e compartilhá-lo com<br />

estranhos do outro extremo do mundo. Em um momento ou outro, todos so-<br />

mos prosumidores e to<strong>da</strong>s as economias contam com um setor de prosumo,<br />

pois muitos de nossos desejos e necessi<strong>da</strong>des mais íntimos o mercado não<br />

proporciona ou não pode proporcionar; ou são muito caros ou talvez des-<br />

fru<strong>tem</strong>os sendo consumidores ou necessitamos terrivelmente sê-lo. Uma vez<br />

que deixamos de observar a economia monetária e colocamos em surdina<br />

to<strong>da</strong> a verborragia econômica, descobrimos coisas surpreendentes. Primeiro,<br />

que essa economia do prosumidor é imensa; segundo, que abarca algumas<br />

<strong>da</strong>s coisas mais importantes que fazemos e, terceiro, que, apesar <strong>da</strong> maioria<br />

dos economistas prestar pouca atenção a ela, essa economia de cinquenta<br />

bilhões de dólares que estu<strong>da</strong>m não sobreviverá nem dez minutos sem ela<br />

(TOFFLER E TOFFLER 2006, p. 221-222).<br />

240 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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