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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Lin<strong>da</strong> Putnam (2001, p. 38-39), ao fazer um balanço de meio século<br />

de ação <strong>da</strong> International Communication Association – ICA – sugere<br />

que essa enti<strong>da</strong>de pode ser toma<strong>da</strong> como espelho <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de inter-<br />

nacional <strong>da</strong> área. Se, nos primeiros <strong>tem</strong>pos, imperava um clima de uni-<br />

<strong>da</strong>de, sem excluir a diversi<strong>da</strong>de, no fim do século, predominava um am-<br />

biente marcado pela “fragmentação, fermentação e legitimação”. Diante<br />

disso, ela assume o compromisso de estimular a mu<strong>da</strong>nça de atitude dos<br />

novos <strong>pesquisa</strong>dores, em busca de uma “comuni<strong>da</strong>de dialógica”.<br />

Passado um quinquênio, o presidente <strong>da</strong> ICA reconhecia os avanços<br />

obtidos, embora fizesse algumas advertências. Constatava que o cresci-<br />

mento do campo, embora provocasse uma evidente “erosão epis<strong>tem</strong>oló-<br />

gica”, não interferira na produtivi<strong>da</strong>de do mundo acadêmico. Graças à<br />

prevalência <strong>da</strong> “<strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>”, o campo <strong>da</strong> comunicação acumulara<br />

“conhecimento em muitas áreas”.<br />

O desafio remanescente é, sem dúvi<strong>da</strong>, recuperar uma “orientação norma-<br />

tiva” para não ficar paralisado pela simples acumulação de <strong>da</strong>dos. “A <strong>pesquisa</strong><br />

em comunicação <strong>tem</strong> o potencial e o dever de focalizar agen<strong>da</strong>s que possam<br />

aju<strong>da</strong>r a socie<strong>da</strong>de a desenvolver uma melhor comunicabili<strong>da</strong>de tanto no<br />

contexto nacional quanto global.” (DONSBACH, 2006, p. 446-447)<br />

Desafiados por esse compromisso disciplinar, vem sendo constante<br />

o interesse <strong>da</strong> geração emergente pela “volta às origens”, a fim de des-<br />

cobrir as singulari<strong>da</strong>des do campo ou as peculiari<strong>da</strong>des de disciplinas.<br />

Destacam-se, nessa corrente, os alemães Maria Löblich (2007) e S.<br />

Averbeck (2008); os brasileiros Marialva Barbosa (2010) e Antonio Ho-<br />

hlfeldt (2009); o português Jorge Pedro Sousa (2010); o mexicano Gus-<br />

tavo Adolfo León Duarte (2009); o argentino Maximiliano Duquelsky<br />

(2006); o espanhol-catalão Jordi Xifra (2006) ou a inglesa Karin Wahl-<br />

-Jorgensen (2004, 2000).<br />

24 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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