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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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A veloci<strong>da</strong>de instantânea do movimento <strong>da</strong> informação – a afirmou<br />

McLuhan – procede precisamente do telégrafo.<br />

A veloci<strong>da</strong>de com a qual circula a informação representa uma <strong>da</strong>s<br />

principais variáveis explicativas de ca<strong>da</strong> etapa histórica, segundo a Ecologia<br />

<strong>da</strong>s Mídias. A ca<strong>da</strong> etapa histórica corresponde um determinado “ritmo<br />

informacional”. Na primeira i<strong>da</strong>de – Pré-literária ou Tribal-, a veloci<strong>da</strong>de<br />

com que a informação circulava era extremamente lenta. Consequente-<br />

mente, as reações eram tardias. Na I<strong>da</strong>de Elétrica, a informação começou<br />

a circular mais rápido. Por isso, McLuhan afirmou que ela podia ser pen-<br />

sa<strong>da</strong> como a “I<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Ansie<strong>da</strong>de”:<br />

modificar ou melhorar outro meio. Segundo Levinson, num esforço do qual<br />

nem sempre nos <strong>da</strong>mos conta, tentamos fazer com que os meios se pareçam<br />

mais com o homem. Em outro livro magnífico – Cellphone. The story of the<br />

world’s most mobile medium and how it has transformed everything –, Levinson<br />

afirmou que os meios de comunicação compe<strong>tem</strong> pela atenção <strong>da</strong>s pessoas<br />

(LEVINSON 2004, p. 12). Em termos <strong>da</strong>rwinianos – sugere Levinson –, a<br />

seleção do ambiente midiático está nas mãos <strong>da</strong>s pessoas, que contribuem,<br />

com sua preferência, para a evolução de um determinado meio. O meio<br />

que melhor evolui é aquele que se ajusta mais às diversas necessi<strong>da</strong>des do<br />

homem. O processo de remediação dos meios de comunicação sintetiza tal<br />

adequação, que permite aos meios de comunicação “imitar” as operações re-<br />

aliza<strong>da</strong>s pelas facul<strong>da</strong>des e órgãos do ser humano. Por outro lado, Jay Bolter<br />

e Richard Grusin empregam o conceito remediação para descrever as rela-<br />

ções formais de interdependência cultural que exis<strong>tem</strong> entre dois ou mais<br />

meios, argumentando que, nas primeiras linhas de Comprender a los medios<br />

de comunicación. Las extensiones del hombre, Marshall McLuhan afirmou que<br />

o conteúdo de todo meio é outro meio. Para Jay D. Bolter e Richard Grusin,<br />

a Internet é um novo meio remediador, pois assimila os antigos meios que<br />

a antecederam. O conteúdo <strong>da</strong> Internet são os meios que a antecederam.<br />

Conhecimento empírico crítico: extensões de • 231<br />

McLuhan na comunicação • 231

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