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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Sempre sobreviverão, por mais <strong>tem</strong>po, os ambientes comunicativos que<br />

efetivamente consigam a<strong>da</strong>ptar-se às necessi<strong>da</strong>des expressivas do ho-<br />

mem. Sempre sobreviverão as mídias que consigam se parecer mais com<br />

o homem. Isso ocorreu na passagem <strong>da</strong> blogosfera para a twittosfera e é o<br />

<strong>tem</strong>a deste breve ensaio.<br />

O texto se divide em três partes: Na primeira, apresento alguns dos<br />

conceitos fun<strong>da</strong>mentais na Ecologia <strong>da</strong>s Mídias (Media Ecology), até<br />

abor<strong>da</strong>r o termo remediação, fazendo referência, também, a algumas <strong>da</strong>s<br />

principais remediações que a Internet registrou em sua história. Até, agora,<br />

a Internet 2.0 pode ser considera<strong>da</strong> como a mais importante remediação<br />

<strong>da</strong> rede, não apenas por propiciar o advento de novos ambientes midiáti-<br />

cos – a blogosfera e a twittosfera –, por exemplo; mas, principalmente, pelo<br />

surgimento de um novo ator comunicativo: o prosumidor. Sem o prosu-<br />

midor, a passagem para a socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> informação e do conhecimento<br />

simplesmente é impossível. Do ativismo do prosumidor, necessariamente,<br />

surgirá uma nova ordem informativa.<br />

As instituições históricas não poderão conservar o monopólio so-<br />

bre a produção do discurso e de sua ordem (Foucault). O desenvol-<br />

vimento <strong>da</strong>s comunicações digitais interativas nos desloca ao ima-<br />

ginário <strong>da</strong> “socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ubiqui<strong>da</strong>de” (NAKAMURA, 2004). Nela,<br />

os prosumidores podem participar ativamente na produção social do<br />

conhecimento.<br />

Na segun<strong>da</strong> parte do texto, identifico três etapas no desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> blogosfera. Na primeira etapa (1998-2002), a blogosfera apenas foi per-<br />

ceptível. Na segun<strong>da</strong> etapa (2003-2007), a blogosfera observou um cresci-<br />

mento sustentável. Na terceira etapa (2008 aos nossos dias), a blogosfera<br />

começou a ajustar suas dimensões. O Twitter – que, primeiro, foi consi-<br />

derado um sis<strong>tem</strong>a de microblogging – gerou um novo ambiente comuni-<br />

cativo – a twittosfera – que começou a relegar a blogosfera a um segundo<br />

plano. A passagem <strong>da</strong> blogosfera para a twittosfera pode ser explica<strong>da</strong> a<br />

partir <strong>da</strong>s teses de Marshall McLuhan relativas à invisibili<strong>da</strong>de-visibili-<br />

<strong>da</strong>de dos ambientes midiáticos.<br />

226 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

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