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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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teoria, selecionando teses concorrentes e intervindo na vali<strong>da</strong>de<br />

destas”.<br />

(b) Pesquisa <strong>empírica</strong> em sentido mediano. Nesse caso, “o <strong>da</strong>do<br />

empírico é apenas estruturado pela teoria, sem ter papel estru-<br />

turante”. Portanto, “os <strong>da</strong>dos empíricos não alteram o conheci-<br />

mento teórico, trata-se de descrever a reali<strong>da</strong>de, ou de analisar<br />

determina<strong>da</strong> situação”.<br />

(c) Pesquisa <strong>empírica</strong> em sentido fraco. O que se <strong>tem</strong>, aqui, é a<br />

<strong>pesquisa</strong> de “cunho exploratório, como a coleta de <strong>da</strong>dos ou os estu-<br />

dos de caso, que visam gerar informações sobre certa reali<strong>da</strong>de especí-<br />

fica. O elemento teórico é mínimo e, frequen<strong>tem</strong>ente, resta implícito”.<br />

5. Pesquisa <strong>empírica</strong> quantitativa e qualitativa<br />

As <strong>pesquisa</strong>s <strong>empírica</strong>s costumam ser associa<strong>da</strong>s às <strong>pesquisa</strong>s quanti-<br />

tativas. Neste ponto, entramos na questão do método. De fato, na medi<strong>da</strong><br />

em que a <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> dirige-se para a face experimental e obser-<br />

vável dos fenômenos, manipulando fatos e <strong>da</strong>dos e procurando traduzir<br />

os resultados em dimensões mensuráveis, ela é, na medi<strong>da</strong> do possível,<br />

quantitativa (ROSSETTI, ibid., p. 74). Mas, a <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> não<br />

depende, exclusivamente, do método quantitativo. Enquanto este faz uso<br />

<strong>da</strong> estatística, as <strong>pesquisa</strong>s qualitativas se desenvolvem por outros meios<br />

não menos legítimos. Essas últimas, segundo Chizzotti (1991, p. 9), abri-<br />

gam um grande número de divisões e subdivisões que, embora diversas,<br />

unem-se na oposição ao modelo experimental e no pressuposto de que<br />

há uma relação dinâmica, uma interdependência entre o mundo real, o<br />

objeto <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> e a subjetivi<strong>da</strong>de do sujeito. Enquanto o objeto deixa<br />

de ser tomado como um <strong>da</strong>do inerte e neutro, o sujeito é considerado<br />

como parte integrante do processo de conhecimento, atribuindo signifi-<br />

cados àquilo que <strong>pesquisa</strong>.<br />

Pesquisa <strong>empírica</strong> e o campo aca<strong>da</strong>mêmico <strong>da</strong> comunicação • 177

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