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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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Brasil, e tentar definí-la, no contexto <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s clássicas, bem como<br />

estabelecer os seus limites, sua importância e, também, classificar os tipos<br />

de <strong>pesquisa</strong>s existentes e que são postas em prática nas universi<strong>da</strong>des,<br />

que apresentamos esta coletânea, em que textos dos <strong>pesquisa</strong>dores <strong>da</strong><br />

área procuram não só discutir a importância <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> como<br />

também apontar nossos caminhos para que esse método - o empírico<br />

- seja aplicado e utilizado com maior ênfase nas universi<strong>da</strong>des, como<br />

forma de não só despertar no jovem <strong>pesquisa</strong>dor o desejo de investigar,<br />

como romper a barreira do preconceito que <strong>tem</strong> limitado o conhecimen-<br />

to à produção de teorias que não se renovam, mas que são releituras do<br />

conhecimento já adquirido.<br />

Partindo desse pressuposto, a fala do professor José Marques de<br />

Melo, presente na abertura desta coletânea, faz um importante resgate<br />

histórico do empirismo, tendo como ponto de parti<strong>da</strong> a expansão dos<br />

estudos comunicacionais no espaço acadêmico de nosso país. Em sua<br />

análise, esse campo do saber foi que mais apresentou crescimento, em<br />

relação aos demais campos de <strong>pesquisa</strong>, nos últimos trinta anos.<br />

Assim, no entender de Marques, isso se deu em decorrência do inte-<br />

resse <strong>da</strong>s novas gerações de estudiosos pela História do campo <strong>da</strong> Co-<br />

municação, agora já melhor identificado, bem como ao fortalecimento <strong>da</strong><br />

área, em decorrência <strong>da</strong> autoconfiança dos <strong>pesquisa</strong>dores em investigar<br />

um campo amplo que está à espera, e ain<strong>da</strong> permite, por constantes ques-<br />

tionamentos. Ao ser referir à memória <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong> no Brasil, o<br />

professor Marques traça um palarelo sobre o on<strong>tem</strong>, desde a instituição<br />

<strong>da</strong> Comunicação como campo de <strong>pesquisa</strong>, mostrando sua evolução, bem<br />

como aponta novos caminhos para o empirismo na academia, como forma de<br />

extinguir o estigma provocado pela crença difundi<strong>da</strong> de que a <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong><br />

não se sustenta num arcabouço teórico, e por isso, em tese, seria menos valoriza-<br />

<strong>da</strong>, quando na ver<strong>da</strong>de desconhece-se sua natureza e importância.<br />

Além de eluci<strong>da</strong>r essas questões que ficam no campo do preconceito<br />

acadêmico, Marques pontifica que <strong>pesquisa</strong> “<strong>empírica</strong>” resulta dos pro-<br />

cessos de observação <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, ensejando conhecimento capaz de ser<br />

Pesquisa <strong>empírica</strong> e o campo aca<strong>da</strong>mêmico <strong>da</strong> comunicação • 13

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