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Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

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1) Communication Research<br />

Forma<strong>da</strong> por volta dos anos 30, nos Estados Unidos, essa corrente<br />

é a que mais correspondeu à deman<strong>da</strong> de conhecimentos operacionais<br />

dos meios de comunicação. Ao ponto de muitos a identificarem com-<br />

pletamente com a chama<strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> administrativa ou como <strong>pesquisa</strong> dos<br />

efeitos. Se a primeira designação fixa os objetivos, eliminando qualquer<br />

possibili<strong>da</strong>de de desenvolvimento de <strong>pesquisa</strong> básica, a segun<strong>da</strong> sugere<br />

que essa corrente adota apenas um tipo de explicação, a <strong>da</strong> causali<strong>da</strong>de, o<br />

que está longe de ser ver<strong>da</strong>de.<br />

Uma maneira menos artificial de definir sua uni<strong>da</strong>de, talvez seja en-<br />

contra<strong>da</strong> no modo como elas abor<strong>da</strong>m e configuram o processo comu-<br />

nicacional, isto é, através de sua redução ao comportamento. Tal redução<br />

constitui um traço tão característico que mesmo <strong>pesquisa</strong>dores experi-<br />

mentados, como Frey, Botan, Friedman e Kreps – na interessante obra<br />

Interpreting Communication Research: a case study approach –, não hesitam<br />

em estabelecer os objetivos <strong>da</strong> investigação, empregando exclusivamente<br />

a noção de comportamento:<br />

A <strong>pesquisa</strong> em comunicação está orienta<strong>da</strong> para realizar três<br />

propósitos gerais: descrever o comportamento de comunicação;<br />

relacionar o comportamento de comunicação a outras variáveis;<br />

e/ou criticar o comportamento de comunicação (p. 8).<br />

Grande parte <strong>da</strong> investigação realiza<strong>da</strong>, nos Estados Unidos, ado-<br />

ta – explicitamente ou não – o comportamentalismo como base para<br />

a <strong>pesquisa</strong>. Esses trabalhos não estão necessariamente engajados com<br />

o movimento behaviorista, no sentido estrito de elaborarem esquemas<br />

de ação e reação. Eles simplesmente admi<strong>tem</strong> (por razões ontológicas<br />

ou metodológicas) que o comportamento seria uma instância váli<strong>da</strong> de<br />

tradução dos fenômenos humanos. Isso permite atender a exigência de<br />

transpor ou traduzir o processo comunicacional para um plano observá-<br />

vel, porém, tal conversão não pode ser feita sem trazer certos problemas.<br />

Pesquisa <strong>empírica</strong> e o campo aca<strong>da</strong>mêmico <strong>da</strong> comunicação • 129

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