12.04.2013 Views

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

Quem tem medo da pesquisa empírica? - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

asileiros e lusitanos. Repensam, em seus escritos, a comunicação hoje,<br />

trazendo-nos, também, uma reflexão arguta sobre como a academia e as<br />

ciências, como um todo, devem redirecionar o trabalho de <strong>pesquisa</strong>s em-<br />

píricas no meio formador, a fim de não apenas resgatar sua importância<br />

para a formulação de nossos conceitos e conhecimentos, como manter<br />

vivo o espírito cientifico, que é a linha-mestra de todo conhecimento<br />

humano acumulado ao longo <strong>da</strong> História <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de. Espírito este,<br />

que aliás, sem o qual o próprio homem, na sua longa trajetória, não te-<br />

ria acumulado todo o arcabouço teórico que fun<strong>da</strong>menta a filosofia e<br />

a própria ciência, além de sustentar os avanços tecnológicos dos quais<br />

dispõem essa socie<strong>da</strong>de que vive transformações com extrema aceleração.<br />

Desse modo, esta coletânea é uma profícua contribuição para esssa<br />

saudável discusão, que não se fin<strong>da</strong> aqui, neste congresso, e muito menos<br />

nestas páginas, mas acena para um novo contexto, no qual a comunicação<br />

e os cientistas que buscam o saber passarão a olhar o trabalho <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong><br />

<strong>empírica</strong> com outros olhos, não mais o do preconceito acadêmico ou do<br />

distanciamento entre <strong>pesquisa</strong> e teoria, (prática e conhecimento), posto<br />

que a teoria, na sua consistência, nasce <strong>da</strong> observação, nasce <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong><br />

de campo, <strong>da</strong> constante in<strong>da</strong>gação <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Ambos, são indissociá-<br />

veis nesse novo contexto <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> comunicação e <strong>da</strong> informação.<br />

To<strong>da</strong>via, uma in<strong>da</strong>gação ain<strong>da</strong> se presentifica, neste momento em que<br />

as ciências <strong>da</strong> comunicação firmam-se como ciências quase que autôno-<br />

mas, ante o evidente desprezo com que a própria ciência con<strong>tem</strong>porânea<br />

<strong>tem</strong> relegado a <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>, em nosso país ou mesmo no exterior.<br />

Principalmente no que tange ao jornalismo, posto que própria facili<strong>da</strong>-<br />

de que os meios tecnológicos criaram para se levantar a notícia (objeto<br />

<strong>da</strong> informação), também tornou o profisional de mídia refém do pro-<br />

duto pronto, em que pouco se investiga, pouco se questiona, e muito se<br />

produz, sem buscar antes a sua confirmação para que a informação seja<br />

transmiti<strong>da</strong> com um mínimo de ruído ao grande público. Por que isso<br />

ocorre, cotidianamente, e pode ser observado sem muito esforço mental.<br />

É com esse viés, o de investigar os meandros <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>, no<br />

12 • <strong>Quem</strong> <strong>tem</strong> <strong>medo</strong> de <strong>pesquisa</strong> <strong>empírica</strong>?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!