A Sarça Ardente - Fernando Pinheiro

A SARÇA ARDENTE – p. 40
Fernando Pinheiro
A RELIGIOSIDADE não está na forma, embora
as religiões adotem a cerimônia como base de seus
fundamentos.
A essência da religião, conforme o seu nome diz, é
religar as criaturas humanas ao seu Criador.
Como os homens não conseguem vislumbrar o mundo
espiritual com seus grotescos cinco sentidos, é necessário
materializar as formas que inspiram a beleza espiritual.
Mas, essa manifestação está subordinada às limitações da
matéria.
Quando o desejo humano ganha conotações profundas
de fraternidade e suas atribuições que pedem esforço,
doação e renúncia eliminam–se todos os cultos exteriores.
Aí, aparece a mão direita sem ser notada pela esquerda.
No agrupamento de aprendizado, a base é a unidade
que se obtém no esforço em comum, voltado à manifestação
do amor.
O principal é absorver as inspirações oriundas dos
planos de luz, mantendo dentro de nós as vibrações
inalteráveis do amor.
O particularismo que aprendemos de nossa
experiência física é apenas um acidente que passa rápido,
não servindo, portanto, como aprendizado àqueles que
transitam por outra trilha.
Mestre por excelência, Jesus conhecia as necessidades
transitórias das criaturas humanas e prossegue em sua
lição irretorquível de beleza espiritual como a dizer–nos que
só o amor permanece, diante da transitoriedade de todas
as formas do comportamento humano, religiosas ou não.