A hepatopatia crônica é uma condição de grande
A hepatopatia crônica é uma condição de grande
A hepatopatia crônica é uma condição de grande
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Bolognesi e cols. 7 mostraram que os índices <strong>de</strong> impedância da art<strong>é</strong>ria<br />
esplênica estavam aumentados nos cirróticos (IR=0,64 ± 0,08 e IP=1,03 ± 0,24) em<br />
relação ao grupo controle (IR=0,51 ± 0,05 e IP=0,72 ± 0,11) e que, nos pacientes<br />
com quadros mais graves <strong>de</strong> hipertensão portal – aqueles com trombose <strong>de</strong> veia<br />
porta ou com fluxo portal hepatofugal – esses valores eram ainda maiores que nos<br />
pacientes-controle, sendo portanto estes índices indicadores do quadro<br />
hipertensivo portal do paciente. Observou-se tamb<strong>é</strong>m que, nos pacientes<br />
submetidos a procedimentos cirúrgicos para a <strong>de</strong>scompressão do sistema portal e<br />
naqueles submetidos a transplante hepático, os índices <strong>de</strong> impedância reduziam<br />
imediatamente a valores próximos à normalida<strong>de</strong>, refletindo a redução da<br />
resistência vascular portal nesses pacientes 42,52 .<br />
Uma possível explicação para esta sensibilida<strong>de</strong> dos índices <strong>de</strong> impedância<br />
da art<strong>é</strong>ria esplênica à hemodinâmica portal seria a peculiar circulação venosa<br />
esplênica. O baço apresenta <strong>uma</strong> circulação venosa diferente <strong>de</strong> qualquer outro<br />
órgão, manifestada pela presença da polpa vermelha. Na esplenomegalia por<br />
hipertensão portal, há acúmulo <strong>de</strong> hemácias nos sinusói<strong>de</strong>s e cordões dilatados da<br />
polpa. É possível que a presença e estrutura da polpa vermelha tornem os índices<br />
<strong>de</strong> impedância sensíveis à hemodinâmica venosa e que a congestão da polpa<br />
vermelha seja a responsável pela diminuição da velocida<strong>de</strong> diastólica arterial,<br />
ocasionando o aumento dos índices <strong>de</strong> impedância 6,7 .<br />
Em outro estudo mais recente <strong>de</strong> Bolognesi e cols. 6 , foi <strong>de</strong>senvolvida <strong>uma</strong><br />
fórmula para o cálculo da pressão portal estimada (PPE), utilizando parâmetros do<br />
EDC, como o IP da art<strong>é</strong>ria esplênica (que mostrou correlação com a resistência<br />
vascular portal) e o fluxo portal.<br />
PPE= (0,066 x IPespl - 0,044) x fluxo portal<br />
IPespl= IP da art<strong>é</strong>ria esplênica<br />
Esse novo parâmetro do EDC mostrou correlação significativa com a<br />
medida direta da pressão portal e obteve boa acurácia na predição <strong>de</strong> hipertensão<br />
portal leve (16mmHg) ou grave (≥16mmHg), com sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 82% e<br />
especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 70% .<br />
30