12.04.2013 Views

A hepatopatia crônica é uma condição de grande

A hepatopatia crônica é uma condição de grande

A hepatopatia crônica é uma condição de grande

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Com a formação <strong>de</strong> colaterais, <strong>é</strong> esperada <strong>uma</strong> redução na pressão do<br />

sistema porta; no entanto, paradoxalmente, isto não ocorre. Mesmo com a<br />

presença <strong>de</strong> colaterais, a hipertensão portal se mant<strong>é</strong>m <strong>de</strong>vido ao aumento do<br />

influxo portal (fluxo arterial esplâncnico), secundário à circulação hiperdinâmica.<br />

Como conseqüência, a pressão no sistema porta se mant<strong>é</strong>m elevada mesmo que<br />

todo o fluxo portal escape pelas colaterais. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse sistema<br />

venoso colateral propicia o surgimento das complicações associadas à síndrome<br />

<strong>de</strong> hipertensão portal, <strong>de</strong>ntre elas as varizes esofagianas 2 .<br />

2.2.3 – O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> varizes esofagianas<br />

As varizes esofagianas surgem, em 50 a 60% dos cirróticos, como veias<br />

serpinginosas que cursam por diversas camadas do esôfago, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a lâmina<br />

própria at<strong>é</strong> a submucosa profunda, sendo mais proeminentes 2 a 3cm acima da<br />

junção gastro-esofágica, po<strong>de</strong>ndo ascen<strong>de</strong>r at<strong>é</strong> o esôfago m<strong>é</strong>dio 10 .<br />

O próximo sítio mais comum <strong>de</strong> surgimento <strong>de</strong> varizes clinicamente<br />

significativas <strong>é</strong> o estômago, seja por continuida<strong>de</strong> das varizes esofagianas (varizes<br />

esôfago-gástricas), ou por varizes gástricas isoladas. A presença <strong>de</strong>stas últimas<br />

levanta a suspeita <strong>de</strong> trombose <strong>de</strong> veia esplênica, apesar <strong>de</strong> que, na maioria dos<br />

casos, varizes gástricas são <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> hipertensão portal por cirrose 2 .<br />

A partir da <strong>de</strong>tecção das varizes esofagianas pela endoscopia, o próximo<br />

passo <strong>é</strong> a sua classificação, fato que <strong>é</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância no manejo clínico do<br />

paciente. Existem diversas classificações, sendo <strong>uma</strong> bastante utilizada a <strong>de</strong><br />

Beppu 3 , que <strong>de</strong>screve três formas básicas <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> varizes (figura 5).<br />

Retas (F1) - geralmente estas varizes são <strong>de</strong> fino calibre e têm baixo risco<br />

<strong>de</strong> sangramento (7%) quando visualizadas na endoscopia.<br />

Tortuosas (F2) - ocupam menos <strong>de</strong> um terço da luz esofagiana e são, na<br />

maioria das vezes, classificadas como varizes <strong>de</strong> m<strong>é</strong>dio calibre. Risco<br />

intermediário a alto <strong>de</strong> sangramento.<br />

Muito tortuosas (F3) - são varizes <strong>de</strong> grosso calibre que ocupam mais <strong>de</strong><br />

um terço da luz esofagiana. Possuem alto risco <strong>de</strong> sangramento,<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!