A hepatopatia crônica é uma condição de grande
A hepatopatia crônica é uma condição de grande
A hepatopatia crônica é uma condição de grande
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
encontra-se elevada no fígado cirrótico, aumentando o efeito contrátil das c<strong>é</strong>lulas<br />
estreladas e, assim, promovendo a vasoconstricção 2,16 .<br />
O óxido nítrico, potente vasodilatador, tem sua concentração diminuída nos<br />
sinusói<strong>de</strong>s hepáticos dos pacientes cirróticos, contribuindo ainda mais para o efeito<br />
vasoconstritor. Paradoxalmente, na cirrose hepática, a concentração <strong>de</strong> NO<br />
encontra-se aumentada na circulação sistêmica, <strong>de</strong>vido à ação <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong>s<br />
citocinas. O aumento da concentração <strong>de</strong> NO na circulação sistêmica está<br />
relacionado, portanto, à vasodilatação arterial, presente nesses pacientes 2,16 .<br />
A circulação hiperdinâmica<br />
Outro fator que contribui <strong>de</strong> maneira prepon<strong>de</strong>rante para a manutenção da<br />
hipertensão portal <strong>é</strong> a circulação hiperdinâmica. Devido à vasodilatação arteriolar,<br />
há <strong>uma</strong> diminuição relativa do volume efetivo circulante, levando à redução do<br />
fluxo renal e retenção <strong>de</strong> sódio e água atrav<strong>é</strong>s da ativação do sistema reninaangiotensina-aldosterona.<br />
Com isso, ocorre normalização do volume sangüíneo<br />
central, com aumento conseqüente do fluxo e da pressão sangüínea no território<br />
esplâncnico. Este estado hiperdinâmico – persistência <strong>de</strong> vasodilatação arteriolar<br />
associada ao aumento do fluxo sanguíneo portal – po<strong>de</strong>, no entanto, sofrer<br />
modificações no <strong>de</strong>correr da história natural da doença, já que, nas fases mais<br />
avançadas, po<strong>de</strong> ocorrer diminuição do fluxo sangüíneo portal ou at<strong>é</strong> mesmo fluxo<br />
reverso 2,5 .<br />
O paradoxo da circulação colateral portossistêmica<br />
O aumento da pressão portal promove o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> veias<br />
colaterais portossistêmicas, com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scomprimir o leito vascular<br />
esplâncnico. Acredita-se que as veias colaterais <strong>de</strong>senvolvam-se a partir da<br />
dilatação <strong>de</strong> canais embrionários ou atrav<strong>é</strong>s do redirecionamento do fluxo<br />
sanguíneo para veias já existentes 33 .<br />
13