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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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a leucorréia que me enfraquecia; depois arsênicum, a fim de<br />

restabelecer o equilíbrio dos órgãos. Passaram-se três semanas;<br />

comecei a sair desse entorpecimento mórbido; vi mais<br />

claramente o meu estado: o <strong>Magnetismo</strong> despertou a dor,<br />

rasgando o véu que empanava a minha penetração.<br />

O interior do corpo apareceu-me claramente, como num<br />

espelho, mais puro, mais fiel: uma inflamação terrível roíame<br />

as entranhas, devorava-me o útero; dois meses no máximo,<br />

uma peritonite aguda, mortal, se declarava. Tomei sépia<br />

e aguardei uma primeira crise, que o <strong>Magnetismo</strong> não podia<br />

deixar de operar. As dores tornavam-se cada vez mais vivas<br />

durante as sessões; a imposição das mãos sobre o ventre, e<br />

principalmente sobre o útero, causava-me cruéis sofrimentos:<br />

os dez dedos do meu magnetizador produziam o efeito<br />

de dez ferros em brasa que caíssem pesadamente numa ferida<br />

viva, revolvendo-a em todos os sentidos.<br />

Mas, sempre admiravelmente previdente, quando mãos tão<br />

culposas quão inábeis não se antepõem aos seus esforços ou<br />

as desviam do seu intento, a Natureza agia com precaução,<br />

medindo o seu trabalho de acordo com a debilidade, do<br />

mesmo modo qual mãe terna e prudente, que, no momento<br />

de administrar ao filho querido o remédio amargo que deve<br />

restituí-lo à vida, acaricia-o por muito tempo e multiplica os<br />

beijos na proporção dos sofrimentos. A crise anunciada não<br />

se fez esperar: o catamênio sobreveio e decidiu-lhe a explosão.<br />

Então compreendi donde partia essa moléstia de útero, que<br />

podia causar admiração a uma jovem. Ainda muito nova, aos<br />

11 anos, meu sangue achava-se empobrecido, na idade ordinária<br />

da puberdade. Havia necessidade de ser renovada pelo<br />

casamento. Em vez disso, uma existência concentrada, monótona,<br />

absolutamente contrária às aspirações ardentes da<br />

minha natureza essencialmente amorosa e ativa, havia esgotado<br />

em mim a fonte vital; perdas brancas contínuas, regras<br />

demasiadamente freqüentes, forçando o útero a trabalho incessante,<br />

tinham feito o resto.

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