Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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12.04.2013 Views

CAPÍTULO VI Do Sonambulismo Definição do Sonambulismo. – Falsa denominação. – Classificações arbitrárias. – O fenômeno realmente só apresenta três fases distintas. – O sonambulismo tem sido mais nocivo do que útil à causa do Magnetismo: opiniões de La Fontaine, Deleuze e Aubin Gauthier. – Aparências complexas do fenômeno devido à idiossincrasia dos sonâmbulos. – Processos para favorecer a eclosão do sonambulismo e fazê-lo cessar. – Efeitos Psíquicos: Atração magnética, nulificação dos sentidos, reviramento da pupila, insensibilidade. – Efeitos Psíquicos: exaltação das faculdades intelectuais, transmissão do pensamento, clarividência, vista a distância, percepção das moléstias, previsão. – Fragilidade da clarividência. – Necessidade de uma boa direção. – Impressões morais transmitidas. – Sugestões. – Perda da lembrança ao despertar. – Percepção luminosa das irradiações luminosas. – Irradiação dos corpos. – Variações resultantes da idade, do temperamento e do estado de saúde. – Experiência do copo d’água. – Aumento da refração luminosa pelo movimento e pelo choque. – Acordo entre a maneira de ver dos sonâmbulos e dos sensitivos, na câmara escura. – O Od do Barão Reichenbach. – As vibrações de A. Gauthier. – A Força radiante de Crookes. – Relações entre a Força e a Matéria, segundo Lodge. Sob a influência das irradiações magnéticas, produz-se às vezes espontaneamente, no organismo, um estado particular, que impropriamente se chama sonambulismo; esta expressão se aplica com maior acerto à ação de caminhar dormindo, dos notâmbulos naturais. O sonambulismo magnético, estado misto que não participa da vigília nem do sono, difere essencialmente do notambulismo; uma espécie de concentração interior das faculdades parece imprimir no sonâmbulo uma mudança radical entre as relações ordinárias da alma e do corpo: o fenômeno, sob o duplo aspecto psicofisiológico, nos aparece como dependendo de duas condições essenciais: “a suspensão mais ou menos absoluta da ação dos sentidos externos e uma disposição nova e especial de sintetizar interiormente todas as percepções.”

Procurou-se estabelecer nesse estado particular classificações e graus. Certos sonambulizadores imbuídos da mania de especializar, chegaram mesmo a pretender que se podia levar os sonâmbulos até um trigésimo terceiro grau de clarividência. O Conde de Lutzelbourg, mais modesto nos seus escritos, limita-se a fixar em número de sete, os períodos críticos de que os três primeiros seriam reputados meias-crises; distinções especiosas, que os magnetizadores sérios puseram de parte, insinuando os seus adeptos a tirar do sonambulismo tudo quanto ele pode dar, em qualquer grau que atinja. “Que importa o número de degraus de uma escada, se a altura é a mesma?”, dizia logicamente uma sonâmbula, à qual se pedia opinião acerca das classificações em correntes. Na realidade, só as distinções seguintes podem ser estabelecidas: 1ª fase – o sonâmbulo dorme, mas não fala; 2ª fase – fala, porém, concentrado em si mesmo, não sente a vontade do magnetizador e nada vê; 3ª fase – finalmente, sente a vontade do magnetizador e é clarividente. Se o sonâmbulo chega a ver a sua moléstia, a prever-lhe as crises e pode indicar a melhor marcha a seguir para obter prontamente a cura do ponto de vista curativo, não é isto tudo quanto se deve esperar do sonambulismo? “Quando o doente tem faculdade para tudo isso, que importam as sutilezas de uma classificação científica mais ou menos arbitrária? Agradeçamos à Providência a graça que nos concede, projetando luz tão preciosa no meio das trevas da nossa ignorância, e não caminhemos além! Lembremonos que não magnetizamos para obter uma vã satisfação de amor-próprio, chicanando sobre as idéias e as palavras, porém unicamente para aliviar os sofrimentos do doente que se entrega aos nossos cuidados, à nossa benevolência e à nossa caridade.” (Aubin Gauthier). “O primeiro conselho que posso dar é o de nunca se procurar provocar o sonambulismo, mas deixá-lo vir naturalmente. Seria importuno que um doente pudesse acreditar que

CAPÍTULO VI<br />

Do Sonambulismo<br />

Definição do Sonambulismo. – Falsa denominação. – Classificações<br />

arbitrárias. – O fenômeno realmente só apresenta três fases<br />

distintas. – O sonambulismo tem sido mais nocivo do que útil à<br />

causa do <strong>Magnetismo</strong>: opiniões de La Fontaine, Deleuze e Aubin<br />

Gauthier. – Aparências complexas do fenômeno devido à idiossincrasia<br />

dos sonâmbulos. – Processos para favorecer a eclosão do<br />

sonambulismo e fazê-lo cessar. – Efeitos Psíquicos: Atração<br />

magnética, nulificação dos sentidos, reviramento da pupila, insensibilidade.<br />

– Efeitos Psíquicos: exaltação das faculdades intelectuais,<br />

transmissão do pensamento, clarividência, vista a distância,<br />

percepção das moléstias, previsão. – Fragilidade da clarividência.<br />

– Necessidade de uma boa direção. – Impressões morais transmitidas.<br />

– Sugestões. – Perda da lembrança ao despertar. – Percepção<br />

luminosa das irradiações luminosas. – Irradiação dos corpos. –<br />

Variações resultantes da idade, do temperamento e do estado de<br />

saúde. – Experiência do copo d’água. – Aumento da refração<br />

luminosa pelo movimento e pelo choque. – Acordo entre a maneira<br />

de ver dos sonâmbulos e dos sensitivos, na câmara escura. – O<br />

Od do Barão Reichenbach. – As vibrações de A. Gauthier. – A<br />

Força radiante de Crookes. – Relações entre a Força e a Matéria,<br />

segundo Lodge.<br />

Sob a influência das irradiações magnéticas, produz-se às vezes<br />

espontaneamente, no organismo, um estado particular, que<br />

impropriamente se chama sonambulismo; esta expressão se<br />

aplica com maior acerto à ação de caminhar dormindo, dos<br />

notâmbulos naturais.<br />

O sonambulismo magnético, estado misto que não participa<br />

da vigília nem do sono, difere essencialmente do notambulismo;<br />

uma espécie de concentração interior das faculdades parece<br />

imprimir no sonâmbulo uma mudança radical entre as relações<br />

ordinárias da alma e do corpo: o fenômeno, sob o duplo aspecto<br />

psicofisiológico, nos aparece como dependendo de duas condições<br />

essenciais: “a suspensão mais ou menos absoluta da ação<br />

dos sentidos externos e uma disposição nova e especial de sintetizar<br />

interiormente todas as percepções.”

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