Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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12.04.2013 Views

que experimentava nos seus sofrimentos! Estávamos todos jubilosos! Um só ponto negro subsistia no horizonte: a função renal, inteiramente suprimida desde muitos dias, ainda não reaparecera, e, enquanto não se manifestava, mantinha-me inquieto. Eu era o único a premunir-me de esperança, porque sabia por experiência, ser necessária à reação vital um certo tempo para que ela se produzisse; todos os sintomas indicavam-me uma solução próxima, mas os minutos, que se iam passando, tinham trazido o fim do dia, a hora de partir havia soado. Com grande pesar tive que deixar o velho camarada. Entrei em casa à meia-noite, alquebrado, extenuado por essas longas horas de ansiedade e fadiga, ficando o meu velho amigo V. pouco confiante nas minhas afirmações, e pouco seguro de, por seu turno, ocupar futuramente o seu domicílio. No dia seguinte, ao despertar, tive a indizível alegria de receber este lacônico mas confiante telegrama: “O vosso amigo experimentou esta noite uma melhora muito grande: urina, eis o principal! Obrigado pelo grande benefício que lhe concedestes!” Portanto, não havia perdido o meu trabalho e o meu tempo. Julgava-me bastante recompensado da tenaz perseverança que me fora necessário desenvolver, a fim de reagir contra a deplorável influência da opinião emitida pelos médicos e também contra a atmosfera de incredulidade no meio da qual tinha operado. C. restabeleceu-se muito rapidamente: todos os dias punham-me ao corrente das melhoras que se manifestavam no seu estado, e no dia 31 de março seguinte, dez dias depois desse famoso domingo em que eu o encontrara expirante, recebi do seu próprio punho este bilhete de agradecimento: “Meu caro Bouvier. Sou muito grato pela tua bondosa missiva; senti bastante que não pudesses vir a Rambouillet no domingo; porque, é aos teus bons cuidados que devo a melhora que se manifestou no meu estado, desde a tua primeira visita; esta melhora, felizmente, tem continuado. Espero entrar hoje em vias de completo restabelecimento.

Teria satisfação em ver-te de novo, agradecer-te, dizer-te quanto estou reconhecido pela prova de afeição que me deste; espero que cumprirás a promessa, vindo ver-me em Garges, aonde vou acabar minha convalescença; estou ansioso por deixar Rambouillet, terra em que me viste num estado tão deplorável. Até mais ver, portanto, e fica certo da minha inolvidável e sincera amizade.” Se escolhi este exemplo de cura entre tantos outros, não foi, certo, com a idéia mesquinha de engrandecer-me aos olhos dos que me lerem; como o dom de curar pelo Magnetismo não é apanágio exclusivo de ninguém e qualquer homem de boa vontade pode repetir o que fiz, espero que não se me faça a injustiça de uma opinião errônea. Citando este fato, quero simplesmente mostrar que, ao contrário dos decretos da Faculdade e nas circunstâncias aparentemente as mais críticas, o desejo ardente e profundo de aliviar o seu semelhante, revestido de imperturbável tenacidade, pode triunfar de qualquer obstáculo, trazendo inopinadamente a reação vital; e, para edificação de todos, acrescentarei que, em muitas circunstâncias graves, tenho tido a inestimável fortuna de experiências coroadas de bom êxito, tanto com minha mulher como com meu próprio filho...

que experimentava nos seus sofrimentos! Estávamos todos<br />

jubilosos! Um só ponto negro subsistia no horizonte: a função<br />

renal, inteiramente suprimida desde muitos dias, ainda não<br />

reaparecera, e, enquanto não se manifestava, mantinha-me<br />

inquieto.<br />

Eu era o único a premunir-me de esperança, porque sabia por<br />

experiência, ser necessária à reação vital um certo tempo para<br />

que ela se produzisse; todos os sintomas indicavam-me uma<br />

solução próxima, mas os minutos, que se iam passando, tinham<br />

trazido o fim do dia, a hora de partir havia soado. Com grande<br />

pesar tive que deixar o velho camarada.<br />

Entrei em casa à meia-noite, alquebrado, extenuado por essas<br />

longas horas de ansiedade e fadiga, ficando o meu velho amigo<br />

V. pouco confiante nas minhas afirmações, e pouco seguro de,<br />

por seu turno, ocupar futuramente o seu domicílio.<br />

No dia seguinte, ao despertar, tive a indizível alegria de receber<br />

este lacônico mas confiante telegrama:<br />

“O vosso amigo experimentou esta noite uma melhora<br />

muito grande: urina, eis o principal! Obrigado pelo grande<br />

benefício que lhe concedestes!”<br />

Portanto, não havia perdido o meu trabalho e o meu tempo.<br />

Julgava-me bastante recompensado da tenaz perseverança que<br />

me fora necessário desenvolver, a fim de reagir contra a deplorável<br />

influência da opinião emitida pelos médicos e também contra<br />

a atmosfera de incredulidade no meio da qual tinha operado. C.<br />

restabeleceu-se muito rapidamente: todos os dias punham-me ao<br />

corrente das melhoras que se manifestavam no seu estado, e no<br />

dia 31 de março seguinte, dez dias depois desse famoso domingo<br />

em que eu o encontrara expirante, recebi do seu próprio punho<br />

este bilhete de agradecimento:<br />

“Meu caro Bouvier. Sou muito grato pela tua bondosa<br />

missiva; senti bastante que não pudesses vir a Rambouillet<br />

no domingo; porque, é aos teus bons cuidados que devo a<br />

melhora que se manifestou no meu estado, desde a tua primeira<br />

visita; esta melhora, felizmente, tem continuado. Espero<br />

entrar hoje em vias de completo restabelecimento.

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