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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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compreendendo como seja impossível encontrar remédio para o<br />

seu mal. Quando a moléstia lhe dá um pouco de trégua, revoltase<br />

contra os doutores e a Faculdade. Há dias quis prender o<br />

médico do Regimento, por isso que não o curava prontamente.<br />

Seria cômico. Coitado.<br />

“Ontem, em conversa, foi por acaso pronunciado o teu nome.<br />

Creio que C. conhece as experiências magnéticas a que te entregas<br />

há muitos anos e exclamou imediatamente: “Sim. Só Bouvier<br />

não me deixaria sofrer assim; tenho a certeza de que se ele aqui<br />

estivesse eu ficaria bom.” E insistiu vivamente para que eu<br />

viesse buscá-lo; prometi-lhe, aqui estou.<br />

“Não acredito, acrescentou o Sr. de V., que possas livrá-lo da<br />

moléstia, infelizmente ele está condenado. Mas estou bem certo<br />

(como conheço o teu coração) que corresponderás ao desejo dum<br />

moribundo e não recusarás ao nosso pobre amigo este último<br />

testemunho da tua amizade.”<br />

Apertei a mão do Sr. de V., afirmando-lhe que não se enganava<br />

sobre a natureza dos meus sentimentos e combinamos partir<br />

no primeiro trem, o qual, no dia seguinte pela manhã, devia<br />

deixar-nos em Rambouillet, às oito horas.<br />

Era domingo; eu estava desocupado toda manhã e prometi<br />

seriamente, apesar do prognóstico desesperador que haviam feito<br />

sobre o meu velho camarada, utilizar todo o tempo e todos os<br />

recursos do <strong>Magnetismo</strong> num supremo e último esforço para<br />

salvá-lo.<br />

Ao chegarmos a Rambouillet, encontramos C. no seu leito de<br />

dor, cercado de travesseiros, ofegante e quase sufocado: não<br />

podia estar pior; dificilmente deu-nos sinal de vida ao entrarmos,<br />

e, quando lhe apertei silenciosamente a mão, aproximando-me<br />

do leito, disse-me: “Ah! meu amigo, estou perdido!” – e correspondendo<br />

ao meu aperto de mão, uma grossa lágrima rolou-lhe<br />

dos olhos, já um tanto mergulhados no vácuo.<br />

Não era ocasião azada para longos discursos: plantei-me à sua<br />

cabeceira e, sem preâmbulos, pus-me a magnetizá-lo: estando o<br />

pescoço fora do travesseiro para facilitar a respiração, tornava a

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