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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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Efetivamente, no dia seguinte, às três horas, aguardava-me<br />

uma verdadeira ovação; logo que apareci, o enfermeiro todo<br />

alegre correu ao meu encontro, gesticulando: “Vitória em toda a<br />

linha. Pela manhã, às oito horas, o Sr. P. fizera três dejeções<br />

naturais e não vomitara mais...” Decididamente, eu era um<br />

grande homem! O meu tratamento operava maravilhas! Não<br />

mais era olhado de soslaio, por cima do ombro!<br />

Por espaço de um quarto de hora tive que sofrer a tagarelice<br />

prolixa do marido e da mulher.<br />

Encontrei no Sr. P. o mesmo acolhimento; ele estava sentado<br />

e inquieto com a minha pequena demora; temia, por momentos,<br />

que não me visse: falou-me dos salutares efeitos obtidos, prestou-se<br />

a tudo com rara complacência, creio até que esboçou um<br />

gracioso sorriso. Que diferença dos dias precedentes, em que me<br />

fazia tão má cara!<br />

Jamais ousaria esperar êxito tão rápido e completo: duas sessões,<br />

as de 25 e 26, tinham bastado para trazer uma melhora; a<br />

terceira, a de 27, devia acentuá-la consideravelmente.<br />

De fato, quando no dia 28 à tarde fui visitar o doente, ele tivera<br />

desde a véspera várias dejeções, e, coisa muito notável, os<br />

vômitos não tinham reaparecido.<br />

Por esse motivo, cada dia eu crescia na estima do doente e<br />

dos serviçais, e o meu amor-próprio satisfeito tomou larga desforra<br />

dos primeiros tempos. Mas esqueci-me de que a Rocha<br />

Tarpéia não dista do Capitólio! No dia 30, uma tempestade<br />

formidável devia desabar-me sobre a cabeça!...<br />

Nesse dia, à minha chegada, o porteiro e sua mulher receberam-me<br />

consternados: “Ah! Senhor, exclamou ele, o doente está<br />

numa situação desoladora! Desde ontem às cinco horas da tarde,<br />

faz-se necessário colocá-lo à banca de 2 em 2 horas; ele não<br />

evacua. Diz que vai morrer e que o querem matar. Minha mulher<br />

e eu estamos numa dobadoura; com estas idas e vindas e o<br />

serviço da casa, compreende que se isto durar muito tempo, não<br />

podemos continuar. Que fazer?” E levantavam os braços ao céu<br />

como desesperados, entregando-me a chave do aposento.

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