Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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voltou progressivamente aos nervos atrofiados; botões inflamados<br />
e dolorosos surgiram no trajeto desses nervos, desde o<br />
ângulo da maxila até ao olho; no começo de dezembro, toda a<br />
parte esquerda da face tornou-se extremamente dolorosa e por<br />
momentos acreditou-se numa agravação do mal; mas, ao contrário,<br />
era a vida que voltava a essas regiões desde tanto tempo<br />
privadas de movimento e de excitação nervosa, porque, a partir<br />
de então, a cura caminhou rápida. A vista deixou de estar congestionada,<br />
as pálpebras e a arcada superciliar recuperaram a<br />
mobilidade, os músculos da face arredondaram-se e fortificaramse,<br />
a boca endireitou-se, a língua moveu-se livremente, e, em 23<br />
de março de 1873, no mesmo espaço de tempo que o seu camarada<br />
Miavril, após 135 sessões, Robert, radicalmente curado,<br />
recomeçou o seu serviço ativo.<br />
Esta segunda experiência, vindo confirmar a primeira, provava-me<br />
mais uma vez tudo quanto podia dar a ação perseverante e<br />
bem dirigida do <strong>Magnetismo</strong>; fortificou-me contra o cepticismo<br />
dos profissionais, que, de prevenção, negam aquilo que não<br />
querem estudar nem compreender.<br />
Quando apresentei o meu doente curado ao médico do Batalhão,<br />
ele contentou-se em levantar os ombros com indiferença e<br />
dizer: “Não há nada que admirar; contra todas as nossas previsões,<br />
curam-se doentes por si mesmos, sem se saber como.<br />
Estareis em erro, se pensardes que concorrestes para isso de<br />
qualquer maneira.”<br />
3 o caso – Cura de um quisto multilocular<br />
Meses depois, nos primeiros dias de julho de 1873, o Sr. L.,<br />
conselheiro do Tribunal de Angers, veio procurar-me. Ouvira<br />
falar das experiências a que me entregava e vinha pedir-me<br />
opinião acerca de sua filha. O caso era bastante grave: a menina<br />
L., de trinta anos de idade, estava sofrendo dum quisto multilocular,<br />
que invadira toda a região do abdômen. O mal, que se<br />
produzira havia já dez anos, tinha começado por uma anemia; a<br />
anemia, porém, é uma moléstia tão comum atualmente nas<br />
jovens, que não despertou imediatos cuidados. O próprio médico,<br />
sem procurar profundar as causas do deperecimento progres-