Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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a tão completa que, no fim de alguns meses de tratamento, seria<br />
difícil, à primeira vista, distinguir a perna doente da que o não<br />
era.<br />
No curso do tratamento, Miavril teve de atravessar períodos<br />
de sofrimentos atrozes. Logo que o <strong>Magnetismo</strong> começou a<br />
imprimir reação vital nessa massa informe, onde a sensibilidade<br />
extinguira-se há tanto tempo, violentas dores se fizeram sentir,<br />
dores tão vivas que mais de uma vez o paciente atemorizou-se e<br />
quase perdeu a coragem, acreditando numa recrudescência do<br />
mal; mas eu tranqüilizava-o como podia, afirmando que aquela<br />
volta inesperada da sensibilidade devia ser o prelúdio da cura<br />
que estava próxima.<br />
Essa sucessão de crises dolorosas, mas felizmente muito curtas,<br />
pôs a cura em tão bom andamento, que resolvi aplicar o<br />
<strong>Magnetismo</strong> somente em dois em dois dias, e o tratamento<br />
começado em 8 de agosto de 1872, cessou no dia 24 de março de<br />
1873. Foram necessárias cento e catorze magnetizações para<br />
reduzir radicalmente essa grave afecção: o prognóstico do Sr.<br />
Perreau ficou assim justificado, nossa perseverança recebia a sua<br />
recompensa.<br />
Não poderei dizer quão feliz me considerei diante desse êxito<br />
tão completo: essa experiência concludente dava-me a certeza de<br />
que o <strong>Magnetismo</strong>, despertando a ação vital, podia não somente<br />
de maneira geral restabelecer o equilíbrio da saúde perturbada,<br />
como ainda esse agente precioso possuía, também, o maravilhoso<br />
poder de agir diretamente sobre os tecidos orgânicos, modificá-los,<br />
reduzi-los, transformá-los de maneira a restabelecer o seu<br />
estado normal; era uma primeira observação que outros fatos,<br />
não menos comprobatórios, deviam em breve confirmar, impelindo-me<br />
a uma série de experiências e investigações que, poucos<br />
meses depois, decidira a minha retirada do Exército.<br />
Quando em 1876 vim fixar residência em Paris, tive ocasião<br />
de encontrar-me com o Dr. Barão Larrey, membro do Instituto e<br />
inspetor geral do serviço médico do Exército; citei-lhe esse<br />
curioso caso de cura; o Barão de Larrey, que só acreditava na<br />
influência do <strong>Magnetismo</strong> em afecções nervosas, admirou-se<br />
muito dos resultados obtidos num caso de degenerescência tão