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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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O próprio Mésmer, nos seus aforismos, condena todo gênero<br />

de excitação:<br />

“Quando se excitam crises violentas em um sonâmbulo –<br />

diz ele (Aph. 342) –, entretém-se nos órgãos um estado de<br />

elasticidade forçada, que diminui na fibra a faculdade de reagir<br />

sobre si mesma e sobre os humores que ela contém;<br />

donde se segue uma espécie de inércia entretendo o estado<br />

contra-natureza que se ocasiona.”<br />

Mésmer, com os seus tratamentos públicos e a sua famosa<br />

câmara das crises, parece, entretanto, em contradição com seus<br />

próprios princípios; seus inimigos não puderam deixar de revoltar-se<br />

nesse ponto, e vivamente criticaram os seus discípulos,<br />

dizendo-lhes: “Como? Condenais toda manifestação espetaculosa,<br />

toda experiência pública, quando o vosso mestre dava cotidianamente<br />

o exemplo daquilo que proibis?...”<br />

A isso responderemos que é preciso ter em vista as circunstâncias<br />

e dificuldades dum começo; Mésmer, apesar de todos os<br />

inconvenientes previstos, devia passar por elas, a fim de tornar<br />

conhecido e propagado o seu método; oberado pelo número de<br />

assistentes nos tratamentos públicos que inaugurara, não querendo<br />

deixar os doentes expostos a serem tocados por todos, foi, por<br />

assim dizer, constrangido a organizar “a câmara das crises”; mas<br />

seus processos foram em breve conhecidos por grande número<br />

de iniciados; estes julgaram-se autorizados a invadir o santuário,<br />

para verem melhor os doentes: a câmara das crises tornou-se<br />

então um lugar banal, cuja entrada o mestre não teve forças para<br />

proibir. “Nada veio suavizar os desgostos do homem honesto,<br />

forçado a deixar assim profanar os meios empregados”, diz de<br />

Puységur. Mésmer lastima-se amargamente, nas suas memórias,<br />

das exagerações, dos abusos e dos absurdos, aos quais a sua<br />

descoberta deu lugar, e das estranhas aplicações feitas por<br />

homens que só dispunham dum conhecimento muito superficial<br />

do assunto. Que diria hoje o mestre em face dos desvios funestos<br />

a que se inclinam os princípios hipnóticos adotados e preconizados<br />

pela ciência oficial?

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