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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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Desordens funcionais e perturbações nervosas, tal deveria ser<br />

o campo acanhado das virtudes curativas do Hipnotismo; pela<br />

própria confissão dos partidários deste método, toda a terapêutica<br />

hipnótica se resumiria, pois, no seguinte: opor uma desordem<br />

a uma outra desordem; obtém-se a ordem da confusão, por<br />

simples acaso, do mesmo modo que se atira uma moeda para o ar<br />

a fim de ver se cai em cunho ou coroa; quanto às lesões orgânicas<br />

profundas, que exigiam para sua reparação o concurso equilibrado<br />

de todas as forças vitais do ser, os hipnotistas, bem<br />

entendido, colocaram-nas fora de sua competência; tiveram<br />

razão, porque a base de seu método curativo sendo a sugestão,<br />

isto é, o assenhoreamento das faculdades volitivas do sonâmbulo<br />

às do operador, não podiam eles cogitar de educar, pela única<br />

influência exterior de que dispõem, outra coisa mais do que<br />

simples hábitos físicos ou morais. Compreende-se facilmente<br />

que, pela força imperativa da vontade, se possa agir em certos<br />

limites sobre um ser crédulo e inconsciente, como o é todo o<br />

sensitivo hipotáxico colocado artificialmente no estado hipotáxico.<br />

Sugere-se a um menino que não mais seja preguiçoso, a um<br />

ébrio que não beba mais, a um mentiroso que fale verdade; mas<br />

o que já não seria compreensível, é que uma sugestão, por mais<br />

enérgica que fosse, pudesse chegar a reduzir uma luxação, a<br />

combater uma cárie, ou a desembaraçar o organismo de um<br />

quisto ou tumor.<br />

Os efeitos benéficos que os hipnotistas atribuem aos seus<br />

processos (nos limites restritos que eles próprios fixaram), nos<br />

parecem ainda muito contestáveis; não somos os únicos a emitir<br />

esta apreciação, que tende, desde alguns anos, a generalizar-se;<br />

por toda a parte em que outrora as experiências de hipnotismo e<br />

fascinação alcançaram tão grande voga, o governo interveio e<br />

proibiu-as no interesse da saúde pública.<br />

Depois de se haver sido de uma excessiva tolerância a esse<br />

respeito, começa-se, finalmente, a ouvir as judiciosas advertências<br />

dos magnetizadores que, com reserva prudente, inspirada<br />

por sua grande experiência, não cessavam de dizer a quem<br />

quisesse ouvi-los: “Não façais experiências. Não as façais nunca.<br />

São mais que inúteis, são perigosas... Limitai-vos a observar as

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