Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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12.04.2013 Views

e da integridade individuais, para esse estado perfeito de que procuram desviar-se o menos possível. Manter o ritmo vital na tonalidade que lhe convém é, pois, o segredo da vida dos organismo; deve ser este igualmente o objetivo de toda a terapêutica racional; importa-nos, então, saber de que maneira se comporta o sistema nervoso, esse maravilhoso instrumento de tensões vitais, esse admirável regulador do organismo, que em nosso esquema reduzimos à sua mais simples expressão, figurando-o por meio de um círculo envolvendo os demais sistemas. O circuito nervoso, à primeira vista, apresenta três grupos distintos: 1 o o sistema ganglionar; 2 o o ráquis; 3 o o encéfalo. 1 o – O Sistema ganglionar é esse conjunto de inumeráveis células disseminadas em gânglios e plexos nas profundezas do organismo, formando “grupos ou reuniões de grupos que se tornam outros tantos centros independentes de movimentos combinados, sucessivos ou alternados, correspondendo a excitações determinadas”. É o centro dos atos orgânicos chamados inconscientes, encarregado de coordenar as energias dos diversos elementos dos tecidos; este sistema representa a forma mais rudimentar da vida nervosa abaixo da escala dos seres. 2 o – O Ráquis, situado na região dorsal dos vertebrados e que nos invertebrados é substituído pelos cordões nervosos ganglionares da região ventral, põe em relação íntima e permanente o sistema ganglionar e o sistema encefálico; é o laço natural entre o pólo cérebro-bucal, que preside às ingestões e o pólo gênitoanal, que preside às excreções, unindo desse modo a função de oxigenação e a de hidrogenação, e operando por sua expansão no saco formado pelo aparelho muscular, essa espécie de invólucro do animal interno pelo animal externo, do qual falaremos em breve. A secção do cordão medular, que se estende ao longo da coluna vertebral, afeta uma forma prismática muito nítida, e, do mesmo modo que uma lâmina de estilete triangular, o ráquis caminha através do buraco occipital e vai inserir-se com suas raízes e anexos nas circunvoluções do cerebelo e do cérebro.

Com os seus numerosos pares de nervos espinhais, constituído cada um por duas raízes distintas, reunidas para formar um nervo misto, que se vai distribuir depois a todos os sistemas da economia, o ráquis, pela sua disposição anatômica, representa uma verdadeira harpa estendida no meio do tronco, espécie de instrumento prismático, prestes a receber e a seriar todas as ressonâncias que lhe chegam dos sentidos pelo cérebro, ou das vísceras pelo sistema ganglionar. É o centro dos atos reflexos. 3 o – O encéfalo, finalmente, alojado em uma caixa óssea resistente e bem fechada, ocupa o alto do edifício; é, ao mesmo tempo, o ponto de partida e de chegada de todas as expansões nervosas, e tudo quanto parte deste santuário ou aí chega, passa por um dos desfiladeiros mais apertados do organismo – o orifício occipital. A parte do ráquis que atravessa esse orifício com os seus anexos íntimos forma o que se chama o bulbo ou medula alongada; é aí, em nossa opinião, o ponto mais notavelmente interessante da rede nervosa, e nunca seria demais chamarmos a atenção sobre essa região encefálica, onde, indubitavelmente, vêm cruzar-se duas correntes antagônicas, das quais uma, a que chega pelos sentidos, parte do exterior, e a outra, subindo pelo ráquis, parte do sistema ganglionar e do interior visceral. Nesta região, o coroamento da medula (camadas óticoestriadas) e suas expansões (protuberância anular, pedúnculos, tubérculos, etc.) formam um dédalo complexo onde vêm convergir os nervos dos sentidos (paladar, olfato, visão, audição), e os nervos que, por suas funções, estão mais ou menos afetos à expressão das emoções da alma ou ao ritmo do coração e dos pulmões, tais como o patético, o lacrimal, o facial, o trigêmeo e o pneumogástrico; este deve ser, de alguma forma, o órgão de recepção do encéfalo. O cerebelo com seus dois lóbulos, montado sobre a medula alongada e suas irradiações, vem completar o jogo desta região encéfalo-raquidiana, desempenhando, fora das outras propriedades fisiológicas que se lhe podem atribuir, a importante função de obturador sobre o trajeto das correntes sensorial e visceral, de que acabamos de falar.

e da integridade individuais, para esse estado perfeito de que<br />

procuram desviar-se o menos possível.<br />

Manter o ritmo vital na tonalidade que lhe convém é, pois, o<br />

segredo da vida dos organismo; deve ser este igualmente o<br />

objetivo de toda a terapêutica racional; importa-nos, então, saber<br />

de que maneira se comporta o sistema nervoso, esse maravilhoso<br />

instrumento de tensões vitais, esse admirável regulador do<br />

organismo, que em nosso esquema reduzimos à sua mais simples<br />

expressão, figurando-o por meio de um círculo envolvendo os<br />

demais sistemas.<br />

O circuito nervoso, à primeira vista, apresenta três grupos<br />

distintos: 1 o o sistema ganglionar; 2 o o ráquis; 3 o o encéfalo.<br />

1 o – O Sistema ganglionar é esse conjunto de inumeráveis células<br />

disseminadas em gânglios e plexos nas profundezas do<br />

organismo, formando “grupos ou reuniões de grupos que se<br />

tornam outros tantos centros independentes de movimentos<br />

combinados, sucessivos ou alternados, correspondendo a excitações<br />

determinadas”. É o centro dos atos orgânicos chamados<br />

inconscientes, encarregado de coordenar as energias dos diversos<br />

elementos dos tecidos; este sistema representa a forma mais<br />

rudimentar da vida nervosa abaixo da escala dos seres.<br />

2 o – O Ráquis, situado na região dorsal dos vertebrados e que<br />

nos invertebrados é substituído pelos cordões nervosos ganglionares<br />

da região ventral, põe em relação íntima e permanente o<br />

sistema ganglionar e o sistema encefálico; é o laço natural entre<br />

o pólo cérebro-bucal, que preside às ingestões e o pólo gênitoanal,<br />

que preside às excreções, unindo desse modo a função de<br />

oxigenação e a de hidrogenação, e operando por sua expansão<br />

no saco formado pelo aparelho muscular, essa espécie de invólucro<br />

do animal interno pelo animal externo, do qual falaremos em<br />

breve.<br />

A secção do cordão medular, que se estende ao longo da coluna<br />

vertebral, afeta uma forma prismática muito nítida, e, do<br />

mesmo modo que uma lâmina de estilete triangular, o ráquis<br />

caminha através do buraco occipital e vai inserir-se com suas<br />

raízes e anexos nas circunvoluções do cerebelo e do cérebro.

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