Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
métodos medicais pertencentes ao sistema das impressões físicas.” Entre as apreciações dadas sobre o Magnetismo por esses homens do ofício, por esses sábios de alta competência e a opinião levianamente formulada, que há pouco citamos, há grande distância! O magnetismo já não é simples artimanha entre mistificadores e mistificados; é uma das forças mais admiráveis da Natureza, capaz não somente de operar curas, como ainda de produzir faculdades novas; é (no dizer do Dr. Durand de Gros) “o resumo quintessencial de todas as potências terapêuticas da Natureza!” Sob esse aspecto, o Magnetismo aparece-nos então como devendo favorecer o movimento espiritualista que tende, dia a dia, e cada vez mais, a vencer o positivismo filosófico e a substituir as obscuras tradições materialistas da medicina organicista pelas luminosas concepções de um dinamismo vital, novo. É incontestável que uma evolução se prepara, um movimento se opera, e esse movimento se efetua no próprio seio das nossas academias! “Assistimos – diz Emile Gautier no Figaro – a um fenômeno estranho! O eixo da humana intelectualidade se desloca! O pensamento moderno, que ainda ontem, eivado de extraordinário realismo, proscrevia sistematicamente o ideal de suas especulações e entendia só dar importância ao que se apalpa, se mede e se pesa, o pensamento moderno, tende visivelmente a espiritualizar-se! Do mesmo modo que a caça ferida, que faz sua investida, ele volta em grandes vôos às esferas etéreas onde por tanto tempo pairou. Não há, por assim dizer, um só ramo da atividade cerebral que, pouco ou muito, não traga na hora presente o vestígio desta mudança inesperada. O movimento acabou por ganhar as ciências, compreendendo-se nelas até a Medicina, a mais concreta de todas, e que outrora, por não haver encontrado a alma sob o escalpelo, produzira irreconciliável materialismo.
Foi o professor Albert Robin, um dos espíritos mais penetrantes da Faculdade, que se encarregou, em pleno cenáculo acadêmico, de dar o primeiro passo?” O Sr. A. Robin acaba efetivamente de fazer à Academia uma comunicação, que aniquila as idéias adquiridas; contrariamente à opinião da Escola, ele declara que uma enfermidade não está, como geralmente se julga, necessariamente ligada a uma lesão material, porém, que qualquer perturbação mórbida é essencialmente, antes de tudo, de ordem puramente dinâmica. Como tipo de sua demonstração, o Sr. A. Robin toma por exemplo de albuminúria fosfatúrica e propõe-se a estender mais tarde o seu raciocínio a todas as moléstias. Eis aí, de fato, uma tese que não é para afligir-nos, porque traz aos nossos trabalhos uma confirmação brilhante; damo-nos por felizes em concordar com o Sr. Albert Robin sobre um assunto que nos empenhamos a elucidar desde muito tempo, acalentados pela esperança de que, rompendo com os preconceitos que embaraçam a Ciência, conseguir-se-á, talvez, dilatar finalmente o campo dos intuitos que devem um dia iluminar a Fisiologia do futuro. Outros já enveredaram por essa estrada do progresso e trouxeram ao dinamismo terapêutico a contribuição de seus ensaios e trabalhos. O Dr. Michail Braun, de Trieste, e o Dr. Garnault provaram, com aplicações recentes, que se reconstituía a vitalidade das mucosas e restabelecia-se a nutrição dos tecidos por simples massagem vibratória. Estes senhores andaram mal apenas num sentido: foi, em nossa opinião, substituir a mão por um aparelho mecânico e privarem-se, assim, do elemento essencialmente vital que, com mais segurança, podia contribuir para a cura. O Sr. Dandel de Montellier, partidário declarado do dinamismo, eleva ainda mais as suas vistas filosóficas, porque procura estabelecer sua doutrina médica na metafísica pura. 8 Em sua Synthèse de l’Univers, 9 procura demonstrar que o conhecimento da moléstia em si e o dos processos que cumpre pôr em prática para curar decorrem naturalmente das propriedades
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Foi o professor Albert Robin, um dos espíritos mais penetrantes<br />
da Faculdade, que se encarregou, em pleno cenáculo<br />
acadêmico, de dar o primeiro passo?”<br />
O Sr. A. Robin acaba efetivamente de fazer à Academia uma<br />
comunicação, que aniquila as idéias adquiridas; contrariamente à<br />
opinião da Escola, ele declara que uma enfermidade não está,<br />
como geralmente se julga, necessariamente ligada a uma lesão<br />
material, porém, que qualquer perturbação mórbida é essencialmente,<br />
antes de tudo, de ordem puramente dinâmica. Como tipo<br />
de sua demonstração, o Sr. A. Robin toma por exemplo de<br />
albuminúria fosfatúrica e propõe-se a estender mais tarde o seu<br />
raciocínio a todas as moléstias.<br />
Eis aí, de fato, uma tese que não é para afligir-nos, porque<br />
traz aos nossos trabalhos uma confirmação brilhante; damo-nos<br />
por felizes em concordar com o Sr. Albert Robin sobre um<br />
assunto que nos empenhamos a elucidar desde muito tempo,<br />
acalentados pela esperança de que, rompendo com os preconceitos<br />
que embaraçam a Ciência, conseguir-se-á, talvez, dilatar<br />
finalmente o campo dos intuitos que devem um dia iluminar a<br />
Fisiologia do futuro.<br />
Outros já enveredaram por essa estrada do progresso e trouxeram<br />
ao dinamismo terapêutico a contribuição de seus ensaios e<br />
trabalhos.<br />
O Dr. Michail Braun, de Trieste, e o Dr. Garnault provaram,<br />
com aplicações recentes, que se reconstituía a vitalidade das<br />
mucosas e restabelecia-se a nutrição dos tecidos por simples<br />
massagem vibratória. Estes senhores andaram mal apenas num<br />
sentido: foi, em nossa opinião, substituir a mão por um aparelho<br />
mecânico e privarem-se, assim, do elemento essencialmente vital<br />
que, com mais segurança, podia contribuir para a cura.<br />
O Sr. Dandel de Montellier, partidário declarado do dinamismo,<br />
eleva ainda mais as suas vistas filosóficas, porque procura<br />
estabelecer sua doutrina médica na metafísica pura. 8<br />
Em sua Synthèse de l’Univers, 9 procura demonstrar que o conhecimento<br />
da moléstia em si e o dos processos que cumpre pôr<br />
em prática para curar decorrem naturalmente das propriedades