12.04.2013 Views

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ao pensar que se pôde, por instantes, conceber a esperança de<br />

reconstituir em sua irradiação funcional, normal, a fonte esgotada<br />

da vitalidade, projetando na máquina orgânica algumas partículas<br />

novas de sangue ou de sucos animais (mesmo que fosse o<br />

resíduo da polpa nervosa), não podemos deixar de aventar em<br />

nosso espírito essa singular pretensão da ingênua simplicidade<br />

daquele fabricante de bonés da rua S. Diniz, que, tendo conseguido<br />

fortuna, mandara edificar uma quinta nos subúrbios de<br />

Paris. “Tendo encomendado uma bomba e como lhe perguntassem<br />

os operários onde deviam colocar essa bomba, que haviam<br />

trazido, dissera-lhes: no pátio. Mas, onde está o poço? – O poço,<br />

exclamou o fabricante de bonés, o poço... ó, tem graça! Pois se<br />

eu tivesse um poço julgáveis que teria comprado uma bomba?”<br />

Os transfusores não estão partilhando o erro do nosso boneteiro,<br />

que, com toda a ingenuidade acreditava que qualquer<br />

mecanismo engendra o movimento de vida que ele manifesta, e<br />

que uma bomba pode dar água sem o manancial produtor que a<br />

alimente? A vida não está no sangue, nem tampouco nos órgãos,<br />

simples depositários e transformadores das forças. O corpo, esse<br />

mecanismo que vemos funcionar, não engendra o movimento;<br />

recebe-o, ao contrário, de uma origem misteriosa e oculta, em a<br />

qual não seria mais que um cadáver.<br />

Para fazer uma idéia da vitalidade, é necessário considerar o<br />

ser sob o ponto de vista de sua estrutura ideal; o movimento vital<br />

se nos manifesta, então, como resultante das forças essencializadas,<br />

apoiadas na polpa nervosa e estendidas do centro à circunferência,<br />

à guisa desses espectros da Física, que possuem um ponto<br />

central de concentração e pontos periféricos de dilatação. Toda a<br />

harmonia do sistema repousa no estado de tonalização equilibrada<br />

desse espectro orgânico, e a força livre ambiente, sob a forma<br />

essencializada que toma na rede nervosa, é, na realidade, o<br />

agente plástico e ordenador do jogo funcional das partes.<br />

É, portanto, o aparelho nervoso, e não o sangue, o intermediário<br />

obrigatório entre o meio cósmico e o elemento atômico dos<br />

tecidos; é ele o órgão essencial de transmissão e trocas entre o<br />

ser vivo e o meio que o cerca; é, como lhe chama muito bem<br />

Claude Bernard, o grande regulador fisiológico; e é só a ele que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!