Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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efrigerante à febre tifóide. Mas há nisso um erro que o célebre<br />
fisiologista Claude Bernard combateu o mais que pôde, demonstrando<br />
que na febre não se conhecem ainda os fenômenos íntimos<br />
de troca, de redução e de oxidação que se passam nos<br />
tecidos; e que, ao contrário, começa-se a entrever muito claramente<br />
a natureza das influências que pode exercer sobre eles o<br />
aparelho geral de regulação calorífica, o sistema nervoso. É,<br />
pois, à rede nervosa que é necessário dirigir-se, para combater o<br />
desacordo tonal; a superelevação do calor vital não é, como disse<br />
criteriosamente o professor Peter, senão um sintoma da moléstia<br />
e não a sua causa; e não é baixando bruscamente o calor vital,<br />
por um processo mecânico ou químico, que se chegará a atingir a<br />
origem do mal; tudo quanto se pode fazer, agindo deste modo, é<br />
perturbar ainda mais, por um choque violento, o equilíbrio<br />
nervoso.<br />
Anestésicos – Ao lado dos antitérmicos, o progresso da ciência<br />
moderna colocou os anestésicos.<br />
Anestésicos e antitérmicos suprimem a dor, e é isto principalmente<br />
que constitui a sua grande voga; mas, se suprimem a<br />
dor, é porque atuam sobre o cérebro e a medula, paralisando-os;<br />
o efeito é, portanto, aparente. Não nos iludamos; o clorofórmio,<br />
o éter, o cloral, o sulfonal, a cocaína, a morfina e seus congêneres<br />
são os mais temíveis agentes deprimentes do sistema nervoso;<br />
param os batimentos do coração, causam náuseas e vertigens,<br />
suores profusos, dilatam os vasos cutâneos e cianosam o sangue.<br />
Não atuam somente sobre os elementos nervosos, mantendo os<br />
nervos nas tonalidades baixas da sensibilidade geral; são também<br />
violentos venenos musculares, aumentada a dose, provocam<br />
ataques tetânicos, análogos aos produzidos pela estricnina; os<br />
músculos antipirinados ou anestesiados não respondem mais<br />
pela contração à excitação, e a fibra muscular, sob esta influência<br />
perniciosa, sobre uma espécie de coagulação, que dá ao músculo<br />
uma rigidez de que ele não se despoja senão quando a célula<br />
nervosa sai por si mesma da sua anestesia; uma muito freqüente<br />
repetição desse estado compreende-se que traga, com o correr do<br />
tempo, uma decadência profunda dos sistemas nervoso e muscular,<br />
e consecutivamente a ruína completa da tonalidade.