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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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mento, são outros tantos agentes modificadores, que devem ser<br />

levados em conta.<br />

Não vemos os organismos sofrerem a influência medicamentosa<br />

de maneira muito diversa? Por exemplo: o que mata um, não<br />

nutre outro, ou vice-versa? E a quantidade de noz-vômica que<br />

mata o homem não é suportada, sem inconveniente, pelo porco?<br />

Podemos administrar altas doses de arsênico ao cavalo, mas ele<br />

sucumbe a uma exígua dose de fósforo. O coentro selvagem é<br />

nocivo às vacas e não causa dano aos burros; a semente de salva<br />

é, em geral, o veneno dos pássaros. O que se dá com o homem,<br />

dá-se com os animais; um em quem algumas folhas de agrião<br />

bastam para determinar uma erupção na pele (fato que tivemos<br />

muitas vezes ocasião de observar), pode impunemente absorver<br />

doses enormes de láudano de Sindenham (assim como o constata<br />

o Dr. Trousseau); tal dose inofensiva para este tornar-se-á tóxica<br />

para aquele; sob influências variáveis, os centros de eletividade<br />

mudam e se modificam; as substâncias ingeridas tornam-se<br />

perigosas por acumulação, ou se nulificam uma a outra por efeito<br />

contrário: cada corpo em a Natureza possui o seu pólo químico,<br />

ou por outra, o seu antídoto.<br />

Como julgar e prever, no meio de tal complexidade de resultados<br />

inesperados, aquilo que convém à natureza da moléstia, à<br />

sua marcha, ao seu grau, à sua sede, ao estado do órgão especialmente<br />

afetado, ao temperamento do indivíduo?<br />

Mas, objetar-se-á, é este precisamente o intuito da Ciência; é<br />

aí onde se manifesta, em todo o seu brilho, o talento do médico.<br />

Bem desejaríamos acreditá-lo; entretanto, considerando-se<br />

seriamente, é muito de temer que essa ciência tão complicada<br />

não esteja muitíssimo acima das nossas fracas concepções humanas<br />

e, com Hufeland (que parece partilhar essa opinião),<br />

acreditamos que é mil vezes preferível passar sem medicamentos,<br />

em caso de moléstia, do que tomar um que não convenha e<br />

arrisque comprometer gravemente o organismo. Se se trabalhasse<br />

em pesquisar até que minimum de dosagem é preciso para<br />

obter a evolução benéfica que se quer produzir no organismo,<br />

ainda bem. Mas é justamente o contrário que se tem praticado e<br />

o Formulário Magistral limita-se a fazer conhecer o maximum

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