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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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cessariamente perturba a evolução normal da moléstia; e,<br />

quando mesmo tenha o tratamento um êxito favorável, ignora-se<br />

absolutamente o que adviria se se tivesse abandonado a<br />

moléstia a si mesma. É ainda mil vezes pior, quando o tratamento<br />

não dá resultado, porque a perplexidade do médico<br />

aumenta com a ignorância em que fica depois desse revés,<br />

sobre o alcance da ação medicamentosa.”<br />

Em qualquer eventualidade, fica o médico, pois, no vácuo e<br />

não pode pronunciar-se acerca da oportunidade dos meios curativos<br />

que emprega, nem sobre o seu valor real.<br />

Não há um só clínico honesto e consciencioso que não sofra<br />

com esta cruel perplexidade; e o honrado professor Trousseau,<br />

confessando suas ansiedades, procura atirar a culpa ao próprio<br />

doente:<br />

“É bem triste, mas cumpre se diga bem alto: os doentes<br />

querem ser enganados. Encaram com maus olhos os médicos<br />

que os curam sem remédio. Impacientes por se restabelecerem,<br />

querem a nossa intervenção a todo o transe. Ao médico<br />

compete resistir, enganar essa legítima impaciência, receitando<br />

panacéias sem valor, que não venham agravar o estado<br />

patológico.” (Conferência da Associação Politécnica,<br />

pág. 41).<br />

Não está aí uma confissão manifesta do princípio Natura medicatrix,<br />

de que falávamos há pouco? Por que, pois, não estudar<br />

a feição natural das moléstias? Por que não procurar os meios<br />

mais seguros e expeditos para produzir a reação vital?<br />

Não se nos vem dizer: que a Natureza dá o empurrão à cura<br />

e faz mais que todos os agentes da Matéria Médica? Que o<br />

médico, por um intervenção intempestiva, arrisca perturbar a<br />

cada momento a evolução normal? Por que passar além e não se<br />

abster? É que se não tem o corajoso desinteresse nem a franqueza<br />

de confessar a verdade ao doente, e que, pela rotina ou necessidade<br />

de ofício, prefere-se arriscar tudo para tudo ganhar como<br />

se arriscassem uma partida de dados.

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