Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
perestesia ou sua paralisia; faz sustar uma hemorragia ou renascer uma perturbação biológica qualquer.” No estado de relação bem equilibrado, o sonâmbulo magnético, achando-se num estado de tensão suficientemente elevado, não necessita, como no estado ordinário, de fazer passar as sensações pela análise do seu cérebro; ele sofre como que espontaneamente as impressões que recebe, do mesmo modo que uma corda vibra simpaticamente por igualdade de tensão; é, pois, necessário em toda experiência ter em vista esta sensibilidade de ressonância magnética ideoplástica, que, na realidade, é a origem de inúmeros erros de apreciação, de que se acha cheio o estudo desses fenômenos. “Não é mais motivo de dúvida entre os sábios hipnotizadores – diz o Dr. Ochorowicz – que ao fazer-se experiências num sonâmbulo sensível se possa incutir-lhe suas teorias, seus conhecimentos, seus temores, suas suposições mesmo, e que deste modo, sem nos precatarmos, conseguimos divertir, acreditando fazer descobertas. O que diríeis dum físico que, desejando fazer uma medida galvanométrica delicada, enchesse os bolsos de fragmentos de ferro ou de ímãs? É precisamente o caso dos experimentadores em Hipnotismo: não conservam uma neutralidade cabal nas suas investigações; esquecem que suas presunções, repercutindo-se no sonâmbulo eminentemente sensível, venham, depois, induzilos em erro.” Daí, essa produção perpétua de teorias diversas e classificações novas, onde a unidade dos princípios desaparece sob a onda de apreciações confusas, resultante da multiplicidade das aparências sob as quais se ostenta o fenômeno: Os três estados característicos do sono hístero-epiléptico, de Charcot, os nove estados, de Pierre Janet, a causa que produz e desfaz, de Dumontpellier, as zonas histerógenas, de Charcot, hipnógenas, de Pitres, dinamógenas, de Féré, erógenas, de Chambord, reflexógenas, de Heidenhein, noutras, de Rocha, os pontos de imbibição, de Brown-Séquard, o vígil hipnotismo, de Charles Richet, o magnetismo molecular geométrico, de Tony Molin, os transferts, de
Luys, a ação dos medicamentos a distância, de Bourru e Burot, etc., e todas as outras teorias especulativas desse gênero, que nada possuem de positivo; os experimentadores, na produção dos fenômenos que obtêm, parecem esquecer completamente a parte que devem representar estes dois fatores essenciais: a idiossincrasia do sonâmbulo e o temperamento do operador. Efetivamente, tudo depende, em grande parte, da individualidade psicofisiológica daquele que experimenta, das suas vistas pessoais e do seu modo de operar. Tal obtém, de preferência, fenômenos de paralisia e letargia; tal outro, só produz a hiperestesia e a catalepsia. Este acarreta quase sempre espasmos, crises convulsivas; seus sonâmbulos são verdadeiros demônios, aos quais dificilmente se consegue dominar e conduzir; aquele, ao contrário, só produz bem-estar e calma; seus sonâmbulos são dóceis, obedientes e disciplinados. Há magnetizadores que quase nunca conseguem fazer adormecer; e quando, por acaso, o sono sobrevém naturalmente sob sua influência, esse sono muito benéfico não se complica de desordem alguma; não há, sequer, espasmos, paralisias ou contraturas. Alguns há que só atuam por sugestão; outros, debalde procuram empregá-la. Ora, estas múltiplas modalidades não são mais do que os graus ou as fases de um só e mesmo fenômeno, que um experimentador hábil pode conseguir à vontade, pela justa regularização do instrumento que emprega. Que ele leve a sua ação diretamente sobre o encéfalo, atuando com violência ou de maneira contínua sobre os centros sensoriais, alcançará toda a série dos fenômenos neuromusculares: letargia, catalepsia, êxtase, etc.; reduzirá o eu consciente e produzirá o automatismo, considerando-se deste modo no domínio dos fenômenos que se conveio chamar hipnóticos. Que concentre, pelo contrário, sua ação sobre esse centro frênico importante do epigástrio, chamado o plexo solar; que poupe o encéfalo, que não empregue senão ações brandas e progressivas, que nada provoque e se conserve neutro, aguardando tudo da Natureza em vez de substituir-se a ela; em outras palavras, que deixe o fenômeno desenvolver-se livremente, e nenhum dos fenômenos neuromusculares da letargia e da catalepsia aparecerão; o eu
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uma perturbação biológica qualquer.”<br />
No estado de relação bem equilibrado, o sonâmbulo magnético,<br />
achando-se num estado de tensão suficientemente elevado,<br />
não necessita, como no estado ordinário, de fazer passar as<br />
sensações pela análise do seu cérebro; ele sofre como que espontaneamente<br />
as impressões que recebe, do mesmo modo que uma<br />
corda vibra simpaticamente por igualdade de tensão; é, pois,<br />
necessário em toda experiência ter em vista esta sensibilidade de<br />
ressonância magnética ideoplástica, que, na realidade, é a origem<br />
de inúmeros erros de apreciação, de que se acha cheio o<br />
estudo desses fenômenos.<br />
“Não é mais motivo de dúvida entre os sábios hipnotizadores<br />
– diz o Dr. Ochorowicz – que ao fazer-se experiências<br />
num sonâmbulo sensível se possa incutir-lhe suas teorias,<br />
seus conhecimentos, seus temores, suas suposições mesmo,<br />
e que deste modo, sem nos precatarmos, conseguimos divertir,<br />
acreditando fazer descobertas. O que diríeis dum físico<br />
que, desejando fazer uma medida galvanométrica delicada,<br />
enchesse os bolsos de fragmentos de ferro ou de ímãs? É<br />
precisamente o caso dos experimentadores em Hipnotismo:<br />
não conservam uma neutralidade cabal nas suas investigações;<br />
esquecem que suas presunções, repercutindo-se no sonâmbulo<br />
eminentemente sensível, venham, depois, induzilos<br />
em erro.”<br />
Daí, essa produção perpétua de teorias diversas e classificações<br />
novas, onde a unidade dos princípios desaparece sob a onda<br />
de apreciações confusas, resultante da multiplicidade das aparências<br />
sob as quais se ostenta o fenômeno: Os três estados característicos<br />
do sono hístero-epiléptico, de Charcot, os nove estados,<br />
de Pierre Janet, a causa que produz e desfaz, de Dumontpellier,<br />
as zonas histerógenas, de Charcot, hipnógenas, de Pitres, dinamógenas,<br />
de Féré, erógenas, de Chambord, reflexógenas, de<br />
Heidenhein, noutras, de Rocha, os pontos de imbibição, de<br />
Brown-Séquard, o vígil hipnotismo, de Charles Richet, o magnetismo<br />
molecular geométrico, de Tony Molin, os transferts, de