Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
primeiro tempo do fenômeno sensitivo; e o segundo tempo é a<br />
sensibilidade.<br />
Dependendo absolutamente de um efeito de retorno do movimento<br />
expansivo para a condensação, é necessário à sensação,<br />
para que se manifeste a conseqüência da contratibilidade (a<br />
sensibilidade), que a retirada da força nervosa, sobre os centros,<br />
se faça sem embaraço, que o enormon se contraia sobre si mesmo<br />
por um movimento centrípeto; e como não pode haver sensação<br />
sem percepção, é ainda necessário que o cérebro, o órgão<br />
das percepções, esteja com o resto do organismo na relação<br />
exigida. Em outros, para que o ser perceba nitidamente as sensações,<br />
é mister que a tonalidade devidamente equilibrada entretenha<br />
uma harmonia regulada entre a dupla corrente centrípeta e<br />
centrífuga, sendo essa harmonia necessária ao fenômeno de<br />
recorrência, que se denomina sensibilidade.<br />
Tudo que elimina ou embaraça essa dupla corrente, tudo que<br />
impede com violência, por exemplo, as forças centralizadas do<br />
enormon para a periferia em um excesso de expansão exagerada,<br />
como a cólera, o ímpeto guerreiro, o êxtase (quer seja artístico,<br />
científico, erótico ou religioso), obscurece, por isso mesmo, a<br />
sensibilidade: o combatente, no ardor da luta, não sente, na<br />
ferida, o que lhe penetra a carne; o mártir, exaltado pela fé, sorri<br />
para o carrasco; o amor materno compraz-se em suas dores; em<br />
tempos remotos, miraculados fanáticos não suportavam impassíveis<br />
as violências mais monstruosas, sem que lhes adviesse<br />
nenhum mal ou conseqüência desastrosa?<br />
Esses estados de alta tensão para a periferia, pelos curiosos<br />
casos patológicos que apresentam, têm mais de uma vez desorientado<br />
a Ciência; mas, quer se produzam fortuitamente ou por<br />
um violento esforço da vontade, não é menos verdade que esses<br />
estados de alta tensão periférica colocam, inconscientemente ou<br />
voluntariamente, o indivíduo ao abrigo de qualquer invasão<br />
mórbida e dos desfalecimentos a que uma grande dor poderia dar<br />
causa; dir-se-ia que, debaixo dessa influência, o organismo se<br />
encouraça contra todas as invasões: o homem, cujo enormon for<br />
suficientemente tenso, pode afrontar impunemente todos os<br />
contágios miasmáticos; o corajoso nadador, na irradiação da