Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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O ser em quem o centro vital se conservar alto, não duvida de<br />
nada, não se admira de nada, nem recua diante de coisa alguma;<br />
aquele em quem o centro vital se conservar baixo é triste, moroso,<br />
inquieto, hesitante, cheio de humores negros e de fraquezas.<br />
Quando esse centro flutua instável, à guisa das mediantes das<br />
melodias primitivas, entre as modalidades maiores e menores, o<br />
ser torna-se caprichoso e fantástico; o seu espírito passará sem<br />
transição da alegria para a melancolia.<br />
É a posição baixa ou elevada, direita ou esquerda, superficial<br />
ou profunda desse centro figurado de equilíbrio, que classifica os<br />
homens não somente por gradações de espírito e de caráter,<br />
como ainda pelas modalidades de temperamento.<br />
É na variabilidade incessante desse equilíbrio tonal que reside<br />
a flutuação da saúde. Tudo o que vier influenciá-lo, mais ou<br />
menos profundamente, dá origem a um desvio patológico.<br />
Esse equilíbrio se modifica com a idade e os meios. Na criança,<br />
o centro vital é muito elevado: ri, salta e canta; mas também<br />
está sujeita às convulsões, às moléstias nervosas e inflamatórias,<br />
como ainda aos espasmos que afetam especialmente a face e os<br />
membros superiores.<br />
No ancião o centro vital se abaixa, arrastando juntamente<br />
com a tristeza e a hipocondria todo o cortejo das afecções do<br />
fígado, do estômago, dos intestinos, bexiga e também a hidropisia<br />
ou a paralisia dos membros inferiores.<br />
A loucura, as nevralgias, a epilepsia, não são mais do que<br />
fraquezas de movimentos, simples impotência de tensão, trazida<br />
pelo próprio abuso dessa tensão; pois que nada concorre mais<br />
para a destruição da tensão vital que a embriaguez das paixões e<br />
a ação exultante ou deprimente dos vícios.<br />
Tudo concorre para entreter ou destruir essa tensão, e cada<br />
um de nós, criança, adulto, mulher ou ancião, condensa a força<br />
livre e a organiza na razão do seu equilíbrio tonal; é, pois, na<br />
faculdade que possuem os organismos de acomodar e organizar a<br />
força livre a seu proveito, que assenta sua potência ou sua fraqueza;<br />
é o grau de tensão que podem realizar, que lhes assegura