Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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cérebro, bem considerado, não é mais do que um sexto sentido –<br />
o da razão.<br />
Aparelho seriador por excelência, o cérebro contém, efetivamente,<br />
o prisma nervoso destinado a julgar as sensações; de um<br />
lado, recebe as sensações externas pelos sentidos, do outro as<br />
sensações internas viscerais; aquelas já estão devidamente preparadas<br />
à seriação final, porque a força percorre os nervos com<br />
uma diferenciação realizada, que varia para cada um deles, tanto<br />
o nervo como o prisma, angulando o movimento que o atravessa.<br />
A disposição anatômica do sistema espino-ganglionar, que<br />
representa uma espécie de harpa estendida no meio do corpo<br />
vivo, e o próprio cordão medular, que é em forma prismática,<br />
favorecem singularmente essa marcha serial da força para o<br />
cérebro; mas, como toda sucessão de angulação cria diferenças<br />
seriais, existe em fisiologia, como em ótica e acústica, uma<br />
conseqüência fatal desses desvios: é o que se chama cromatismo.<br />
O cromatismo orgânico, originado da angulação dos tecidos,<br />
do mesmo modo que o cromatismo ótico, nasce da disposição<br />
mais ou menos regular dos aparelhos de detalhe, engendra o<br />
fantástico, a desigualdade de percepção e o erro; é à lente focal<br />
do cérebro que cabe o papel de reerguer os desvios seriais do<br />
organismo; as vísceras vêm procurar na caixa cerebral os contatos<br />
que lhes convêm, enquanto que os sentidos externos trazem<br />
as impressões do exterior; desse duplo conflito nascem as idéias<br />
gerais, as idéias abstratas, os juízos, os raciocínios, as deduções<br />
que hierarquizam os indivíduos e os especializam. Essas ressonâncias<br />
especiais, nascidas da série, despertam no ser o sentir,<br />
eretismo objetivo, e o querer, eretismo subjetivo; do choque<br />
destes dois eretismos saem o livre-arbítrio e a consciência, que<br />
imprimem ao equilíbrio vital a sua cor tonal, a sua individualidade.<br />
A vontade, essa balança sensível do indivíduo e da humanidade,<br />
como tão acertadamente lhe chama Hoefer, é de fato a<br />
nossa verdadeira característica tonal; é ela que, determinando<br />
todos os nossos atos, determina a nossa motilidade: