Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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órgãos, ela no-los mostra em sua unidade sintética, uniformemente<br />
regidos pelas leis fixas e imutáveis da série, da limitação<br />
e da tonalidade; repetindo-os na renovação de cada fenômeno:<br />
só há uma vida, porque só há uma força; só há uma vida, porque<br />
só há uma lei encarregada de especializar, de individualizar, de<br />
organizar a força, de tonalizá-la enfim.<br />
Se Mésmer, procurando com afinco atribuir os fenômenos físicos<br />
a um só e mesmo princípio e desembaraçar desse modo as<br />
veredas da Ciência das numerosas entidades que nela se cumula,<br />
tivesse partido da hipótese de uma força primordial em vez de<br />
apoiar-se, como fez, sobre a divisibilidade infinita da matéria,<br />
teria, com certeza, conseguido com mais proveito fazer compreender<br />
a imponderabilidade do <strong>Magnetismo</strong> e de suas irradiações.<br />
Mas, estabelecendo na décima terceira proposição de sua<br />
primeira Memória sobre <strong>Magnetismo</strong>, em 1779, o princípio:<br />
“Observa-se pela experiência o fluxo de matéria cuja sutileza<br />
penetra todos os corpos sem perder notavelmente a sua atividade”<br />
materializou, efetivamente, com esta comparação, aquilo que<br />
longe de ser um fluxo de matéria, não é mais que manifestação<br />
da força, e deu assim origem a esse equívoco da substancialidade<br />
fluídica, de que tem sido o <strong>Magnetismo</strong> mais ou menos vítima,<br />
e que ainda ultimamente lhe atraía da parte de um dos nossos<br />
modernos sábios esta crítica indébita: “Nunca compreendi<br />
como um homem inteligente e conhecedor dos princípios fundamentais<br />
da Fisiologia possa admitir uma tal transmissão fluídica.”<br />
(Brown-Séquard).<br />
Não. <strong>Magnetismo</strong> não é um fluido, por mais sutil que o suponhamos,<br />
como não o é a eletricidade, a luz, o calor, e o som.<br />
Esses fenômenos são, em diversos graus, simples modalidade da<br />
força una, indivisível, que sob o império de uma lei una e imutável<br />
qual ela, se seria, se limita e se tonaliza, desdobrando na<br />
Natureza todas as modalidades de dispersão e de condensação<br />
realizáveis, e em suas mutações incessantes, criando correntes<br />
contrárias, chave de todas as metamorfoses.<br />
Essa força universal, protéica, era bem conhecida dos antigos;<br />
os hindus chamavam-lhe akasa, os hebreus, aôr; é o telesma de<br />
Hermes, o azoth dos alquimistas, a serpente da Bíblia; é a luz