Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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diversas, radicais, substituições, equivalentes, flutua de uma<br />
hipótese para outra. A Geologia, para explicar as evoluções do<br />
solo, ainda luta entre duas hipóteses contraditórias, as teorias<br />
netuniana e plutoniana. A Matemática, que passa entretanto pela<br />
mais positiva das ciências, só repousa sobre axiomas e postulados,<br />
cujo número e natureza têm mais ou menos variado e sobre<br />
cujos valores os matemáticos não estão de acordo.<br />
Finalmente, a teoria atômica, base fundamental de todas as<br />
outras (por isso que não existe uma mudança no Universo que<br />
não se refira a um deslocamento ou a uma combinação de átomos),<br />
é de todas, efetivamente, a mais discutível. Os partidários<br />
desta hipótese admitem que os átomos são pequeníssimas partículas<br />
sólidas, de natureza imutável, separadas umas das outras<br />
por um éter tão hipotético como essas próprias partículas; e<br />
como os fenômenos mais vulgares de metamorfose, principalmente<br />
os da Química, não pudessem encontrar explicação na<br />
suposição de átomos materiais imóveis, eles concederam a cada<br />
átomo uma soma inerente de força suscetível de movê-lo: deramlhe<br />
uma alma. Prazer e desgosto, desejo e aversão, atração e<br />
repulsão, são qualidades comuns a todos os átomos; dotados de<br />
sensibilidade e de vontade (mas de vontade inconsciente), são<br />
levados a se aproximarem ou desviarem uns dos outros; as<br />
afinidades eletivas de que os átomos são dotados, afinidades<br />
fatais que os impelem invencivelmente uns para os outros, dão<br />
origem, por meio de agregações mais ou menos simpáticas,<br />
primeiramente às moléculas, depois aos cristais e aos plastides, e<br />
finalmente aos organismos; desenhando assim, hierarquicamente,<br />
desde as aglomerações elementares até os processos orgânicos<br />
mais complexos, o grande turbilhão de átomos que constitui a<br />
evolução vital.<br />
Eis o mundo atômico, tal como no-lo apresentam. É debalde,<br />
concedendo-se ao átomo material uma alma eterna e imutável<br />
como ele, julgar-se poder conciliar a concepção atomística com a<br />
concepção dinâmica. Se os partidários do atomismo acreditaram<br />
livrar-se desse modo da pecha de materialismo, enganaram-se<br />
redondamente: sua concepção, pelo contrário, é a expressão do<br />
mais puro materialismo, e, como muito bem o diz Louis Lucas, é