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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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O Dr. Durand de Gros, conformando-se quase ao mesmo<br />

princípio, mas concedendo na produção do fenômeno uma parte<br />

mais importante à fixação da atenção e à concentração do<br />

pensamento do que à fadiga visual resultante da convergência<br />

dos olhos, empregava um disco de zinco, de dois centímetros de<br />

diâmetro, cujo centro era formado por um prego de cobre encravado<br />

em outro metal: ele conservava esse botão a 45 centímetros,<br />

mais ou menos, do corpo, na altura da cintura, como um<br />

ponto de mira, sobre o qual devia o paciente fixar os olhos<br />

durante quinze ou vinte minutos sem pestanejar e concentrando<br />

toda a sua atenção. Logo que o via absorvido nessa contemplação<br />

sem oscilar as pálpebras, fechava-lhe os olhos por meio de<br />

brandas e suaves fricções e punha-lhe uma das mãos sobre a<br />

cabeça, aplicando-lhe fortemente o polegar à testa. Os hipnotistas<br />

da escola atual usam dos mesmos processos, com ligeiras<br />

variantes: à fixação do olhar sobre objetos brilhantes, juntam<br />

projeções de luz elétrica, pressão dos globos oculares ou dos<br />

polegares, fricções do vértex e violentas pancadas de “tã-tã”, que<br />

atacam e fazem vibrar o sentido do ouvido; empregam também o<br />

vulgar fole das nossas lareiras e certo espelho chamariz de<br />

toutinegras, aperfeiçoado e formado de fragmentos de espelhos<br />

encaixados em dois pedaços prismáticos, feitos de madeira e<br />

dispostos em cruz, a que se imprime um movimento de rotação<br />

que traz em breve ao paciente perturbação e fadiga do aparelho<br />

ótico, fazendo-o cair no estado de sonambulismo provocado.<br />

Enfim, os fascinadores, apesar das sua pretensão de não quererem<br />

confundir-se com os hipnotistas, não se afastam de modo<br />

algum dos processos empregados por estes últimos: desde o<br />

padre Faria que, colocando os seus pacientes em poltronas e<br />

fazendo-os concentrar-se, dava-lhes rapidamente e em voz de<br />

estentor esta ordem imperativa: “Dorme!”, – até Donato, que<br />

sobre as mãos abertas e espalmadas, fazia colocar as do seu<br />

paciente, dizendo-lhe que fizesse peso sobre elas, e depois,<br />

inesperadamente, lançava-lhe um olhar acerado como a ponta de<br />

uma espada; todos, sem exceção, por uma ação violenta e imprevista<br />

sobre o sentido do ouvido ou da vista, procuram produzir<br />

o mesmo efeito que os hipnotistas com suas pancadas de “tã-

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