Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue
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Portanto, toda a ciência médica reside na pesquisa dos meios<br />
que podem sustentar, secundar, dirigir os esforços da Natureza, o<br />
único e exclusivo agente da cura.<br />
Mas, para conhecer esses meios, torna-se indispensável, antes<br />
de tudo, saber em que consiste o equilíbrio vital, isto é, a saúde,<br />
e os desvios desse equilíbrio, isto é, a moléstia. Será necessário<br />
criar uma Fisiologia ou ciência do homem com saúde, depois<br />
uma Patologia ou ciência do homem doente, e finalmente uma<br />
Terapêutica ou arte de tratar as moléstias.<br />
Pois bem; é triste dizê-lo, mas após dois mil anos de esforços,<br />
estamos quase tão adiantados como no primeiro dia, ou – porque<br />
não dizê-lo? – ainda estamos mais atrasados, pois, no entravamento<br />
inextricável de todas as doutrinas, a que as pesquisas<br />
deram origem, nasceu uma tal confusão, que o assunto, longe de<br />
esclarecer-se, obscureceu-se ainda mais. Para falar acertadamente<br />
e com a confissão dos próprios médicos mais distintos, não<br />
temos atualmente Fisiologia, nem Patologia, nem Terapêutica.<br />
O Diagnóstico, sem o qual não poderá haver Prognóstico seguro<br />
nem Terapêutica certa, não existe. Em vão tem-se tentado descrever<br />
as moléstias na sua origem, causas, marcha e conseqüências;<br />
procurou-se, infrutuosamente, uma classificação metódica e<br />
racional para esses desvios da saúde.<br />
Uns propuseram um método de classificação baseado na Anatomia;<br />
grande número, porém, de moléstias, principalmente as<br />
nevroses, não têm sede determinada e nem deixam traço algum<br />
de lesão material, depois da morte. Outros, imitando o método<br />
dos naturalistas e botânicos, julgaram poder classificar as moléstias<br />
em classes, gêneros e espécies, como os animais e as plantas;<br />
mas esse método, chamado nosológico ou filosófico, apresenta<br />
o grave inconveniente de fazer aproximações forçadas,<br />
reunindo num mesmo grupo afecções muito dessemelhantes.<br />
Essa classificação não dá, aliás, nenhuma explicação das causas,<br />
que se conservam sempre tão vagas, tão obscuras, tão desconhecidas<br />
mesmo.<br />
Sobre que bases se poderia, com efeito, estabelecer uma ordem<br />
racional? Sobre a das desordens orgânicas, cuja inconstân-