12.04.2013 Views

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

humor passava, sucessivamente, por todas as alternativas, desde<br />

a violência do desespero, até o mais profundo abatimento.<br />

Entre cada acesso, cuja reprodução tinha a desoladora regularidade<br />

das febres intermitentes, o doente não gozava nenhuma<br />

espécie de calma, porque as angústias e as apreensões do próximo<br />

ataque pesavam dolorosamente no seu cérebro. Esses sintomas<br />

pareceram-me característicos de um mau funcionamento do<br />

fígado, em vez de os de uma gastralgia; tanto mais que Léon de<br />

L. tinha tido alguns desgostos e contratempos, acerca da sua<br />

promoção. Comuniquei-lhe o meu diagnóstico, de novo insisti<br />

tenazmente para que recorresse ao <strong>Magnetismo</strong>. Léon de L.,<br />

porém, apesar da sincera amizade que me votava, apesar do vivo<br />

desejo de restabelecer-se, estava imbuído dos preconceitos da<br />

sociedade em que vivia. Acerca do <strong>Magnetismo</strong>, era de uma<br />

incredulidade profunda: por outro lado, os que o rodeavam eram<br />

muito timoratos e religiosos; sua mulher, cuja devoção era<br />

grande, vendo no <strong>Magnetismo</strong> uma prática perigosa, proibida<br />

pela Igreja, não menos contribuía para afastá-lo de um recurso<br />

em que ele tinha apenas confiança medíocre.<br />

Quando lhe afirmei que tinha o fígado doente e não o estômago,<br />

riu-se da minha pretensão de ler melhor o seu estado do<br />

que os numerosos médicos que se haviam já pronunciado sobre o<br />

sofrimento. Não insisti.<br />

Uma tarde, ao entrar em casa, cerca de seis horas, encontrei<br />

um bilhete da Sra. de L. pedindo-me com insistência que fosse<br />

ver o pobre amigo, acabrunhado por uma crise mais violenta que<br />

as outras. Parti imediatamente e encontrei-o de cama, sofrendo<br />

mais do que nunca. Desesperado, desanimado, já não tendo<br />

confiança em qualquer medicação, entregou-se às minhas mãos:<br />

“Afinal, magnetiza-me – disse –, já que pretendes que isso<br />

me pode fazer bem; mas asseguro-te que já não tenho coragem e<br />

começo a crer que não há remédio para a minha moléstia.”<br />

Animei-o da melhor maneira que pude, comecei a magnetizálo<br />

imediatamente.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!