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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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Encontrei o padre B. num quinto andar, em pequeno aposento<br />

modestamente mobilado: cama de ferro, algumas cadeiras de<br />

palhinha, tosca mesa de madeira branca empilhada de livros,<br />

alguns papéis; pendentes da parede, diversos quadros religiosos.<br />

Era um homem de sessenta anos, baixo, magro, cujos traços<br />

manifestavam sofrimento.<br />

Fizemos desde logo intimidade.<br />

Falou-me dos sofrimentos atrozes que suportava havia dois<br />

meses, dia e noite, sofrimentos que o privavam do sono e impediam-no<br />

de alimentar-se; descobrindo as pernas, mostrou-me a<br />

direita, toda deformada; já não havia vestígios da barriga da<br />

perna; o joelho estava intumescido e luzidio, e, sobre a curva,<br />

duas cicatrizes tão profundas que se podia introduzir ali o punho,<br />

davam a idéia da passagem de uma bala que tivesse atravessado<br />

os músculos da coxa de lado a lado.<br />

– Fostes ferido? – perguntei.<br />

– Sim e não – respondeu sorrindo, tristemente – este mal vem<br />

de longa; vou explica-me.<br />

“Sou filho de lavradores, passei toda a mocidade no campo.<br />

“Tinha apenas dez anos quando fui acometido subitamente de<br />

grandes dores no joelho. Essas dores acarretaram-me alta febre e<br />

durante muitos dias fiquei em completo delírio, o que fez, por<br />

momentos, acreditar a meus pais que eu estava perdido. O médico<br />

do lugar chamou um colega em conferência, um jovem doutor<br />

que passava por muito hábil; decidiram eles ser necessário, sem<br />

demora, abrirem-me o joelho, que estava muito inchado. Feita a<br />

operação, saiu da ferida não pus, como esperavam, mas uma<br />

substância carnosa da grossura quase de uma sanguessuga. A<br />

ferida cicatrizou, e só cinco ou seis semanas depois é que os<br />

médicos reconheceram que o mal devia provir de uma inflamação<br />

do periósteo do osso do fêmur. Restabeleceram um cautério<br />

na sede do mal. A intumescência e as dores diminuíram sensivelmente.<br />

Mas, ao fim de cinco a seis meses, ainda não podia<br />

caminhar senão de muletas.<br />

“Por esse tempo, ao descer a escada tive a infelicidade de dar<br />

uma queda e fraturar a perna, precisamente no lugar doente.

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