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Magnetismo Curativo Psicofisiologia / Alphonse Bue

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ótula; os músculos apresentam tremores e sobressaltos<br />

constantes; sinto alternadamente calor ardente e frio intenso;<br />

a carne e a epiderme são de uma sensibilidade tal que me parece<br />

que a carne está desnudada; qualquer contacto, por mais<br />

leve que seja, é um sofrimento para mim.<br />

Não tenho esperança alguma de restabelecer-me pelos<br />

meios comuns; e, ouvindo falar de vós, venho apelar para os<br />

vossos bons cuidados, a fim de tirar-me desta situação lamentável,<br />

se efetivamente julgais que o <strong>Magnetismo</strong> pode<br />

intervir beneficamente neste caso.<br />

(Assinado) D.”<br />

Comovido com essa extensa narração de sofrimentos, fui visitar<br />

o doente.<br />

De simples operário, o Sr. D. tornara-se um dos importante<br />

negociantes da cidade de Angers; encontrei-o na pequena sala de<br />

sua residência, todo vestido, envolto em cobertores, estendido<br />

num canapé e incapaz de fazer qualquer movimento. Era assim<br />

que ele passava dias e noites e havia deliberado não mais despirse<br />

para deitar, por isso que qualquer movimento ou contato lhe<br />

arrancava gritos. Fez-me de novo a narrativa dos seus males e<br />

mostrando-me um revólver sobre a mesa, ao alcance da mão,<br />

disse banhado em lágrimas: “Há muito tempo que teria acabado<br />

com a vida se não tivesse mulher e filhos”.<br />

No dia seguinte, comecei o tratamento magnético. Desde as<br />

primeiras sessões tive a inestimável satisfação de obter um<br />

resultado que permitiu favorável prognóstico sobre o êxito do<br />

tratamento; manifestou-se uma melhora sensível, as crises diminuíram<br />

pouco a pouco de intensidade, o sono voltou. Ao fim de<br />

duas ou três semanas, o doente conservava-se de pé e podia dar<br />

alguns passos, a princípio apoiando-se em duas bengalas e<br />

arrastando dificilmente as pernas; mais tarde, com maior facilidade.<br />

Finalmente, o tratamento fez tais progressos, que, dois meses<br />

depois, nos primeiros dias de dezembro, encontrei o Sr. D. em<br />

tão boas condições que cessei de prodigalizar-lhe cuidados e<br />

confiei-o ao seu primeiro empregado, um jovem muito inteligen-

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