Dissertação de Heitor César Costa de Oliveira - Mestrado ...
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Autores (Lovelock e Wright, 2001; Gianesi e Correa, 2010) afirmam que as expectativas podem variar entre diferentes grupos demográficos, como homens e mulheres, consumidores mais velhos e mais novos e entre trabalhadores com ocupações diferentes. Para Blackwell (2008), a expectativa é influenciada por diferenças individuais (recursos do usuário, motivação, conhecimento, atitudes, personalidade, valores e estilo de vida) e por questões complexas, denominadas de ambientais (cultura, classe social, influência pessoais, família, localização). Outro fator que influencia na formação das expectativas é a comunicação. De acordo com Corrêa e Caon (2008) este fator tem influência sobre o grau de expectativa do usuário e está em geral no controle do prestador de serviço. Nesse sentido, para Grönroos (2009) as mensagens podem ser utilizadas para realizar promessas e assim gerenciar as expectativas. No entanto, as promessas inconsistentes ou até a ausência de uso da comunicação de forma ajustada ao público podem causar danos à avaliação da qualidade. A respeito da comunicação Gianesi e Corrêa (2010) dizem que a propaganda, como qualquer outro tipo de comunicação, transmitida ao usuário deve gerar expectativas compatíveis com a capacidade do sistema de operações. No que diz respeito à capacidade produtiva para Kotler e Keller (2006), os cidadãos estão se tornando cada vez mais conscientes de que a administração pública não corresponde às demandas que a sociedade civil apresenta. Cidadãos exigem do Estado muito mais do que o Estado pode fornecer e a causa imediata da lacuna criada é produto de uma gestão que não põe os anseios da sociedade como arco para lançar o serviço em um ambiente de exigência de qualidade. Lovelock e Wright (2001) comentando sobre o serviço público diz que quanto às expectativas, no Brasil, elas são baixas devido à lentidão e a burocracia, o que leva as pessoas a duvidar da capacidade de resposta às solicitações, preferindo utilizar serviços das organizações privadas, restando um serviço público rotulado como de qualidade duvidosa. 2.2.3 Desempenho de Serviços Revelada as questões de formação da expectativa, resta saber os fatores que influenciam o desempenho, já que uma das maneiras de medir a qualidade, em termos serviço, é através da comparação entre o que o usuário espera e o que 38
ecebe. Neste sentido a medição das percepções dos usuários ajuda a elucidar como se posiciona a organização em termos de execução do serviço. Para Bateson e Hoffman (2001) por causa da natureza de produção e consumo do serviço, os usuários não podem ser considerados como consumidores passivos dos serviços, eles também são parte ativa na produção que influenciam na qualidade e na velocidade do serviço, principalmente quando parte do serviço necessita de informações que só o próprio usuário detém, ou nos casos de serviços legais, quando a movimentação do processo depende de atos do próprio beneficiário, mas que por desconhecer a técnica, falha. Zeithaml e Bitner (2003) complementa o raciocínio dizendo que parte da variabilidade do desempenho origina-se, nos usuários, pois mesmo em casos que servidores sejam 100% consistentes na prestação do serviço, a variável incontrolável, que é o usuário, poderá causar falhas no desempenho do serviço e por todo um trabalho a perder, ou seja, torná-lo ineficaz. Lovelock e Wright (2001) dizem que com relação ao usuário, a comunicação além de influenciar na expectativa, pode também influenciar no desempenho do serviço, pois pode ser utilizada de maneira pedagógica, educacional e até com o fito de treinamento, principalmente quando se têm muitos usuários novos ou quando se trata de serviços que exigem certo conhecimento específico. Assim, ensinar o usuário, também passa a ser tarefa do prestador de serviços. Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) abordando a questão do desempenho no aspecto dos servidores (pessoal de contato) dizem que no sentido de buscar as pessoas certas um dos cuidados especiais deve estar no recrutamento, ou seja, que não se deve só ater-se à certificações e formação técnica, pois isto não é o bastante para dar novo impulso à organização, é preciso avaliar comportamentos e instrumentos organizacionais que ponham a instituição no alinhamento das expectativas dos usuários. Kotler e Keller (2006) dizem que, em regra, os usuários julgarão a qualidade do serviço, em grande parte, pela avaliação das pessoas que estão fornecendo o serviço. Assim, as empresas bem sucedidas empenham considerável esforço no recrutamento, treinamento e motivação dos seus profissionais, principalmente daqueles que entram em contato direto com o usuário. Grönroos (2009) diz, quanto ao desempenho, que servidores, sistemas, bens, tecnologias e recursos físicos e usuários têm de ser cuidadosamente 39
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Autores (Lovelock e Wright, 2001; Gianesi e Correa, 2010) afirmam que as<br />
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ambientais (cultura, classe social, influência pessoais, família, localização).<br />
Outro fator que influencia na formação das expectativas é a comunicação.<br />
De acordo com Corrêa e Caon (2008) este fator tem influência sobre o grau <strong>de</strong><br />
expectativa do usuário e está em geral no controle do prestador <strong>de</strong> serviço. Nesse<br />
sentido, para Grönroos (2009) as mensagens po<strong>de</strong>m ser utilizadas para realizar<br />
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inconsistentes ou até a ausência <strong>de</strong> uso da comunicação <strong>de</strong> forma ajustada ao<br />
público po<strong>de</strong>m causar danos à avaliação da qualida<strong>de</strong>.<br />
A respeito da comunicação Gianesi e Corrêa (2010) dizem que a<br />
propaganda, como qualquer outro tipo <strong>de</strong> comunicação, transmitida ao usuário <strong>de</strong>ve<br />
gerar expectativas compatíveis com a capacida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> operações. No que<br />
diz respeito à capacida<strong>de</strong> produtiva para Kotler e Keller (2006), os cidadãos estão se<br />
tornando cada vez mais conscientes <strong>de</strong> que a administração pública não<br />
correspon<strong>de</strong> às <strong>de</strong>mandas que a socieda<strong>de</strong> civil apresenta. Cidadãos exigem do<br />
Estado muito mais do que o Estado po<strong>de</strong> fornecer e a causa imediata da lacuna<br />
criada é produto <strong>de</strong> uma gestão que não põe os anseios da socieda<strong>de</strong> como arco<br />
para lançar o serviço em um ambiente <strong>de</strong> exigência <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
Lovelock e Wright (2001) comentando sobre o serviço público diz que quanto<br />
às expectativas, no Brasil, elas são baixas <strong>de</strong>vido à lentidão e a burocracia, o que<br />
leva as pessoas a duvidar da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta às solicitações, preferindo<br />
utilizar serviços das organizações privadas, restando um serviço público rotulado<br />
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