Dissertação de Heitor César Costa de Oliveira - Mestrado ...
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1 INTRODUÇÃO<br />
Atualmente, a economia <strong>de</strong> serviços está para a economia industrial, assim<br />
como, um dia, a economia industrial esteve para a economia baseada na agricultura<br />
(FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2005).<br />
Na economia do século XXI, cada vez mais as atenções estão voltadas para<br />
o setor <strong>de</strong> serviços, vez que, apresenta uma tendência <strong>de</strong> crescimento nos números<br />
<strong>de</strong> ocupações e na participação do produto interno bruto (PIB), em comparação aos<br />
setores da agropecuária e indústria. Isto <strong>de</strong>monstra que os serviços, em maior ou<br />
menor escala, passaram a ter uma participação importante na economia das nações<br />
(TÉBOUL, 2008).<br />
Enquanto o emprego industrial diminuiu aproximadamente 28%, o setor <strong>de</strong><br />
serviços emprega 144 milhões <strong>de</strong> pessoas, ou 65% da mão-<strong>de</strong>-obra da Comunida<strong>de</strong><br />
Europeia. De acordo com o Bureau of labor and Statistics, para o período <strong>de</strong> 2002 a<br />
2112, as ocupações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>verão respon<strong>de</strong>r por mais <strong>de</strong> 96% <strong>de</strong> todo<br />
crescimento do mundo e, no mesmo ritmo, o mesmo ocorrerá na Comunida<strong>de</strong><br />
Europeia e no Japão (HOFFMAN et al, 2010).<br />
Neste cenário <strong>de</strong> crescimento, estatísticas do Banco Mundial, divulgadas em<br />
2004, <strong>de</strong>monstraram que o setor <strong>de</strong> serviços é responsável por mais <strong>de</strong> 50% do<br />
Produto Nacional Bruto (PNB) das nações da América Latina e do Caribe, e que o<br />
setor <strong>de</strong> serviços emprega mais da meta<strong>de</strong> da mão-<strong>de</strong>-obra na Argentina,<br />
Venezuela, Uruguai, Equador, México, Panamá e Brasil (LOVELOCK e WRIGHT,<br />
2001).<br />
No Brasil, dados do Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa e Geografia (IBGE)<br />
apontam esse avanço, <strong>de</strong>monstrando que o peso do setor industrial encolheu <strong>de</strong><br />
27,3% em 2008 para 25,4% do PIB em 2009. Ao mesmo tempo, o setor <strong>de</strong> serviços<br />
ampliou sua participação <strong>de</strong> 66,7% para 68,5% (IBGE, 2010).<br />
No que diz respeito aos serviços judiciais, relevante é o impacto <strong>de</strong> suas<br />
<strong>de</strong>spesas em relação ao PIB nacional. De acordo com o relatório Justiça em<br />
Números do CNJ (2010) as <strong>de</strong>spesas da justiça nacional em relação ao PIB é da<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,65%, ou seja, R$ 23.879.860.039 dos R$ 3.674.964.000.000 do produto<br />
interno bruto brasileiro.<br />
Já com relação ao volume, nada menos que 18,7 milhões <strong>de</strong> processos<br />
tramitaram na justiça estadual em 2009, sendo que aproximadamente 4,0 milhões<br />
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