Tratamento da obsessão

Especial
Apesar de nos faltar comprovações científicas, há
fortes evidências de que o processo obsessivo,
que é caracterizado por manipulações e interposições
de fluídos tóxicos, exerce papel importante na
fisiopatogenia das doenças do corpo físico e espiritual,
às vezes, evoluindo com quadros gravíssimos.
Não temos a pretensão de criar confrontos entre
a ciência médica e a doutrina espírita, mas, sim, apresentar
oportunidade de reflexão objetiva, visando ao
aprofundamento de questões específicas. É chegada
a hora em que a ciência deve ser respeitada pelos
espíritas e aquela compreender a importância dos
fundamentos do espiritismo na elucidação dos fatos,
porquanto, até então, todos têm falhado, apesar de
toda a capacitação de recursos técnicos e humanos.
Vivemos um momento de grandes aflições, em que
a busca de valores materiais, visando suprir às necessidades
do Ser, de maneira equivocada, têm trazido
muitos desequilíbrios, com intensas perturbações de
ordem física e mental. A propósito, o professor Ives
Lecrubie, psquiatra francês, em entrevista concedida
ao Comitê Brasileiro para Prevenção e Tratamento da
Depressão, relatou que, de 3% a 6% da população do
planeta sofre de estados depressivos e que há um aumento
de 1% de casos novos a cada ano, conforme
dados recentes da Organização Mundial da Saúde.
Do ponto de vista da doutrina espírita, sabemos
que o ser espiritual encarnado é constituído de:
Espírito - é a sede de consciência do Ser. É o princípio
inteligente do Universo. É o campo das causas.
Cada espírito é uma unidade indivisivel;
Perispírito – É o envoltório semimaterial, fluídico,
do espírito. É uma substância vaporosa aos olhos,
retirada do fluído cósmico universal de cada globo.
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AS CAUSAS, OS TIPOS E FORMA DE ATUAÇÃO DOS OBSESSORES
E O TRATAMENTO EFICAZ DA OBSESSÃO
Por Indoval Moreli Heiderick
É o intermediário entre o corpo físico e o espírito. É
o campo dos efeitos;
Corpo Físico - É um conglomerado de fluidos
ponderáveis. É energia condensada, constituída por
células, tecidos, orgãos, sistemas e aparelhos.
O Ser Espiritual, centelha divina, consciência cósmica,
caminha no universo em busca de aprendizado.
Isso é feito de modo específico através das reencarnações,
usando-se o perispírito, que é o agente
modelador do corpo físico.
Estabelecido o processo reencarnatório, o Ser tem
a oportunidade de exercitar-se em função de seu livre-arbítrio,
assumindo condutas e comportamentos,
através de pensamentos, palavras e atos, que se traduzem
em aquisições de energias. Assim sendo, “a
semeadura é livre e a colheita é obrigatória”. Com
certeza, estamos todos sujeitos às medidas educativas
das leis divinas, que sempre estiveram em disponibilidade.
Não podemos esquecer a palavra do codificador,
quando afirma que “O espiritismo é capaz de incorporar
à sua doutrina tudo aquilo que, depois de passar
pelo crivo da razão e resistir à pesquisa científica,
seja útil e benéfico ao homem”.
Histórico
Hipócrates, 460 anos a.C., relacionava as doeças
nervosas com as alterações dos humores. Na Idade
Média já se fazia a relação entre as doenças nervosas
e processos demoníacos.
Em todas as épocas da história da civilização humana
tivemos os obsidiados. Alguns casos envolviam
seres que se celebrizaram pelos atos. Citaremos

alguns deles: Nabucodonosor II, rei dos caldeus, pastava
nos jardins do palácio como um animal. Tibério,
envolvido por muitos espíritos cobradores, cometeu
grandes equívocos, com muita maldade. Muitos
“endemoninhados” foram tratados na época de Jesus.
Calígula e Gengis–Khan marcaram presença por
causa de seus desatinos. Domício Nero, em função
de grandes desequilíbrios, entre tantos equívocos,
mandou assassinar a mãe e a esposa e, depois, as encontrava
em desdobramento. Celline, depois de
gravar no metal as imagens de sua própria vida, apunhalava
os transeuntes à noite, de tocaia.
Dostoievski sofria de ataques epiléticos. Maupassant,
em um ataque de loucura, cortou a própria
garganta e depois morreu indiferente a tudo.
Nietzsche perambulou pelos asilos de alienados. Van
Gogh cortou as orelhas num momento de insanidade
e as enviou de presente para a sua amada, findando
posteriormente sua vida com um tiro.
Schumann, notável compositor, atirou-se ao Reno,
foi salvo pelos amigos e internado num hospício,
onde acabou seus dias. Edgard Allan Poe sucumbiu
arrasado pelo álcool, tendo visões infernais.
A medicina, em todas as épocas, tentou ajudar
esses seres, inclusive na fase inicial de seus estudos.
Especificamente no campo da psquiatria, alguns estudiosos
já relacionavam algumas doenças de origem
nervosa e as mentais à influência dos espíritos; todavia,
os preconceitos da época impediram que as
pesquisas avançassem.
Lembremo-nos ainda do grande missionário, João
Evangelista, que nos aponta no Apocalipse, cap.XXI –
V.8: “Quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis,
e aos homicidas, e aos fornicários, e aos
feiticeiros, e aos idólotras e a todos os mentirosos, a
sua parte terá o lago que arde com fogo e enxofre”.
Com certeza, todos estarão sujeitos a grandes
sofrimentos, em função de merecimentos, independentemente
da categoria social e intelectual do indivíduo,
apresentar-se-ão como obsidiados, psicóticos,
psicopatas etc.
Conceitos
Na conceituação do codificador, “trata-se do domínio
que alguns espíritos podem adquirir sobre certas
pessoas. São sempre os espíritos inferiores que
procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum
constrangimento. A obsessão apresenta caracteres diversos,
que é necessário distinguir, e que resultam do
43

Especial
DESDE A ANTIGÜIDADE, OS POVOS DO ORIENTE, COMO OS HINDUS E CHINESES, POR
EXEMPLO, JÁ CONHECIAM E ESTUDAVAM AMPLAMENTE A INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES
grau do constrangimento e da natureza dos efeitos
que produzem” (Allan Kardec, O Livros dos Médiuns).
Na avaliação de Manuel Philomeno de Miranda, “A
obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente,
é enfermidade de longo curso, exigindo terapia
especializada, de segura aplicação e de resultados
que não se fazem sentir apressadamente”. (Divaldo
Pereira Franco, Nos Bastidores da Obsessão).
Segundo Suely Caldas, “A obsessão é uma cobrança
que bate às portas da alma. É um processo bilateral.
Faz se presente porque existe, de um lado, o cobrador,
sequioso de vingança, sentindo-se ferido e
injustiçado, e, de outro, o devedor, trazendo impressas
no seu perispírito as matizes da culpa, do remorso
ou do ódio que não se extinguiu” (Suely Caldas
Schubert, Obsessão-Desobsessão).
Considerando-se a complexidade do assunto, entendemos
ser a obsessão uma influência energética,
nociva, causada por um ou mais espíritos, que, de
forma conciente ou não, manipula ou inocula fluidos
tóxicos de maneira contínua e persistente.
Causas
Sob o ponto de vista global, podemos afirmar que
as causas de obsessão se alicerçam em nossas imperfeições,
quais sejam: vícios, paixões exacerbadas,
perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos
a pessoas e objetos, que nos colocam em sintonia
vibratória com os espíritos desencarnados em
função da afinidade moral, estando então o Ser sujeito
a reajustes e resgates específicos.
Na visão de Emmanuel e Scheila, as possíveis causas
da obsessão, apresentadas através das obras
psicografadas por Francisco Cândido Xavier, são: a cabeça
e as mãos desocupadas; a palavra irreverente; a
boca maledicente; a conversa inútil e fútil prolongada;
a atitude hipócrita; o gesto impaciente; a inclinação
pessimista; a conduta agressiva; o apego demasiado
a coisas e pessoas; o comodismo exagerado; a solidariedade
ausente; a idéia de que os outros são ingratos
ou maus; a pretensão de que nosso trabalho é
excessivo; o desejo de apreço e reconhecimento; o impulso
de exigir mais dos outros do que de nós mesmos;
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NOS DISTÚRBIOS ORGÂNICOS, ALGO QUE SOMENTE AGORA ESTÁ SE
POPULARIZANDO NO OCIDENTE
fuga para o álcool ou drogas estupefacientes.
Na análise de O Livro dos Médiuns, publicada no
Boletim Mednesp – 2, Ney Prieto Peres aponta as seguintes
causas de obsessão: vingança de espíritos
contra pessoas que o fizeram sofrer nesta ou em vidas
anteriores; desejo simples de fazer os outros sofrerem,
por ódio, inveja, covardia; desejo de usufruir
dos mesmos condicionamentos que tinham na vida
física, o que induz os seus afins a cometê-los; apego
às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando
em vida; interesse em destruir, desunir, dominar,
provocar o mal, manter distúrbios, sobretudo de espíritos
inteligentes das hostes inferiores.
Na avaliação de nosso mentor espiritual André
Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, psicografado
por Francisco Cândido Xavier, caminhamos pelo universo
“sentidos e reconhecidos pelos nossos afins,
temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos
irmãos que caminham em posição inferior à nossa.
Isto porque exteriorizamos, de maneira invariável, o
reflexo de nós mesmos nos contatos de pensamentos
a pensamentos, sem necessidade das palavras de simpatias
ou repulsões fundamentais”. O mesmo mentor,
em outra obra psicografada por Francisco Cândido
Xavier e Waldo Vieira (Mecanismo da Mediunidade),
nos diz: “É o pensamento contínuo fluxo energético,
incessante, revestido de poder criador inimaginável,
(...). A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza
particularmente todos os centros da alma e, conseqüentemente,
todos os núcleos endócrinos e junturas
plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe
o espírito de recursos para os serviços da emissão
e recepção ou exteriorização dos próprios pensamentos
e assimilações dos pensamentos alheios”.
Mecanismo
É necessário que compreendamos que a obsessão
existe entre os espíritos encarnados e desencarnados,
reciprocamente, e, inclusive, pode ter o seu
início logo após a fecundação, no ventre materno,
quando se estabelece o processo reencarnatório que,
com certeza, acontecerá em função de débitos, merecimentos
e projeto espiritual. Assim sendo, em sin-

tonia com as leis universais, o Ser estará sujeito a manipulações
e inoculações de fluidos tóxicos no seu
campo eletromagnético, com agressões específicas a
seu corpo perispiritual e mental, repercutindo no seu
corpo físico. É comum o espírito querer obsidiar e
acompanhar as suas vítimas anos a fio antes do nascimento
e até depois do desencarne.
Ensina-nos André Luiz, no livro No Mundo Maior,
que os “nervos, zona motora e lobos frontais, no
corpo carnal, traduzindo impulsividade, experiências
e noções superiores da alma constituem campos
de fixação na mente encarnada ou desencarnada”.
Enquanto a medicina, a partir de 1964, com Donald
e Klen (EUA), inicia nova fase de pesquisas, procurando
evidenciar a relação entre doenças mentais
e nervosas e as privações de neurotransmissores cerebrais,
André Luiz mais uma vez nos ensina que “...
os verdugos comumente senhoriam os neurônios do
hipotálamo, acentuando a sua própria dominação
sobre o feixe que liga ao córtex frontal, controlando
as estações sensíveis do centro coronário que aí se
fixam, para o governo das excitações, e produzem nas
sua vítimas, quando contrariadas em seus desígnios,
EM TODAS AS ÉPOCAS DA HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO HUMANA TIVEMOS OS OBSIDIADOS.
ALGUNS CASOS ENVOLVIAM SERES QUE SE CELEBRIZARAM POR SEUS ATOS
inibições de funções viscerais diversas, mediante
influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático.
No tocante à criatura humana, o obsessor
passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita
simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas,
situações esta que , em muitos casos, se prolonga
além da morte física do hospedeiro, conforme a
natureza e a extensão dos compromissos morais entre
credor e devedor”.
Já outro mentor espiritual, Bezerra de Menezes,
no livro A Loucura sob um Novo Prisma, diz que, “nos
casos de loucura propriamente dita, rompe-se a harmonia
de ação da alma e do cérebro, do ser pensante
e do orgão da manifestação do pensamento”.
O cérebro pois, perturbado em sua função e não
podendo transmitir integralmente o pensamento tal
como a alma formulou, determina a loucura. Seria a
loucura com lesão cerebral. Nesse caso, temos a incapacidade
material do cérebro para receber e transmitir
fielmente as cogitações do espírito. Nos casos em
que o Esquirol não encontrou lesão cerebral, trata-se
de loucura psíquica, moral ou por obsessão, em que o
processo acontece por influência dos espíritos. A alma,
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Especial
aqui, formula os seus pensamentos como sempre, sem
a mínima perturbação e, de sua parte, o cérebro está
nas melhores condições para transmiti-los.
Efeitos
Uma vez instalada a obsessão, podemos concluir
que ela se caracteriza por um processo dinâmico em
que, numa fase inicial, temos uma intoxicação
fluídica no perispírito. Decorre sempre das imperfeições
morais, o que permite a interferência de espíritos
que, em alguns casos, levam o paciente a perder
a vontade e o livre-arbítrio.
Considerando-se o grau de intoxicação de nosso
campo eletromagnético, trazido de vidas passadas,
mais o acumulado na presente encarnação e, não havendo
buscas pessoais específicas nem introdução de
uma terapêutica eficaz, com certeza, entraremos na
segunda fase do processo, que é caracterizada pelas
disfunções orgânicas de toda sorte, com manifestações
de sinais e sintomas generalizados, tanto no
corpo físico como no mental, todavia, sem elucidação
diagnóstica por exames complementares. Se o Ser
continua a caminhada, sem procurar restabelecer a
harmonia e sem buscas objetivas, fatalmente passaremos
à terceira fase, onde teremos alterações das
estruturas celulares do corpo físico, tais como:
fibrosites, neoplasias benignas e malignas, septicemias
etc.
A propósito, Allan Kardec, em A Genêse, relata que
“Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como
que envolto e impregnado de um fluido pernicioso que
neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele...”.
Ainda nos ensina o codificador que “Sendo o
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NOS CASOS DE OBSESSÃO GRAVE, O OBSIDIADO FICA COMO QUE ENVOLTO E
IMPREGNADO DE UM FLUIDO PERNICIOSO QUE NEUTRALIZA A AÇÃO DOS
A visão espírita da
clonagem. E mais:
druidismo, desdobramento,
combate
às drogas, William
Crookes etc.
cód.: R-CESP05
R$4,50
FLUIDOS SALUTARES E OS REPELE
Uma visão integral
do homem. E mais:
mocidades espíritas,
cremação, psicologia
e apometria,
xintoísmo etc.
cód.: R-CESP06
R$4,50
perispírito dos encarnados de natureza idêntica a dos
fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade,
como uma esponja se embebe de um líquido. Esses
fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto
mais direta quando, por sua expansão e irradiação,
o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos
dobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre
o organismo material com quem se acha em contato
molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o
corpo ressente uma impressão salutar; se são maus,
a impressão é penosa. Se os eflúvios maus são permanentes
e energéticos, podem ocasionar desordens
físicas; não é outra a causa de certas enfermidades”.
Considerando o sistema nervoso, em seu todo,
como o organismo de sustentação aos fluidos perispirituais,
podemos concluir que o processo obsessivo,
em sua fase inicial, estará sempre voltado ao
campo das energias e, posteriormente, ao corpo físico,
com danos irreversíveis ao mesmo, e, em alguns
casos, podemos levar o indivíduo ao desencarne.
Classificação
Considerando-se as diversas faces que envolvem
os mecanismos da obsessão, apresentamos, sob o
ponto de vista didático, a presente classificação, visando
a melhor compreensão do processo obsessivo.
Quanto à forma de ação: Ativa - Ocorre quando
o Ser espiritual que faz o obsessão tem consciência
do que executa e assim o faz em função de objetivos
específicos; Passiva - Acontece quando o Ser espiritual
que executa o processo obsessivo não tem
consciência do que faz.. Age pelas leis das afinidades
dos fluidos.
A reencarnação. E
mais: terapia de vidas
passadas, tabagismo,criminalidade,
animismo, arte
espírita etc.
cód.: R-CESP07
R$4,50
Os espíritos obsessores.
E mais: transcomunicação,cinema,
genialidade,
racismo, a gênese,
sexualidade etc.
cód.: R-CESP08
R$4,50

MUITOS PAIS SENTEM REPULSA PELOS FILHOS, AINDA EM GESTAÇÃO, DEVIDO A ANTIPATIAS COM ORIGEM EM OUTRAS ENCARNAÇÕES,
TORNANDO-SE AUTÊNTICOS OBSESSORES. SOMENTE O AMOR PODERÁ DISSOLVER OS LAÇOS DE ÓDIO ENTRE ANTIGOS INIMIGOS
Quanto à localização: Física – É o caso em que o
obsessor age manipulando e inoculando fluidos tóxicos
no perispírito, que rerpercutem no corpo físico e
promovem o adoecimento dos orgãos;
Psíquica – Nesse caso, o obsessor atua na manipulação
e inoculação de fluidos tóxicos no
psiquismo, especificamente naquilo que entendemos
como atributos do espírito, tais como pensamento,
atenção, concentração, percepção etc.
Quando ocorre a influência, perturbando a transmissão
do pensamento, fica alterada a comunicação
entre o agente e o instrumento.
Quanto à intensidade: (Livro dos Médiuns, cap.
XXIII, item 238):
Simples – Esse processo se dá em função da manipulação
de fluidos de pouca densidade, apresentando-se
como pequenas intoxicações que levam ao corpo
físico e mental sinais e sintonias de pouca intensidade.
“Verifica-se quando um espírito malfazejo se
impõe a um médium, intrometendo-se contra a sua
vontade nas comunicações que recebe...”;
Fascinação – É um processo mais grave, considerando-se
que a manipulação de fluidos se dá no pensamento,
com a interposição dos mesmos. “É uma
ilusão produzida pela ação direta do espírito sobre o
pensamento do médium e que paralisa, de alguma
forma, seu julgamento com respeito às comunicações.
O médium fascinado não se crê enganado. Nesse
caso, participam espíritos ardilosos, muito inteligentes,
que usam de todos os recursos para envolver suas
vítimas. Nínguém está live desse tipo de obsessão...”;
Subjugação – É um processo bastante grave que
envolve o domínio completo do pensamento e da vontade
do Ser. “É uma opressão que paralisa vontade
daquele que a sofre e o faz agir ao seu malgrado.
Numa palavra, a pessoa está sob um verdadeiro jugo”.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro
caso, o Ser é obrigado a tomar decisões
freqüentemente absurdas e comprometedoras. No
caso da subjugação corporal, o indivíduo é constrangido
a praticar os atos mais ridículos possíveis, apesar
de ter consciência do que faz, faz contra a sua
vontade. Há, nesse tipo de obsessão, manipulação e
interposição de fluidos muito densos, em que o Ser
apresenta alterações das funções mentais pela ação
intensional de outra mente, em que a razão declina,
a vontade enfraquece, os sentimentos se deteriorizam
e os hábitos mudam (Bezerra de Menezes).
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Especial
Quanto ao tipo: Auto-Obsessão – Nesse caso, o Ser
é responsável por todos os sinais e sintomas que apresenta,
julgando ser ele o mentor intelectual de todos
os seus equívocos, passados e presentes. Assim
sendo, em dado momento da vida, começa a tomar
conciência dos fatos e, a partir daí, exercita-se em
culpas que geram cobranças. Então, teremos os conflitos
interiores, com os pensamentos fixados em alguma
coisa, tanto na vigília como em desdobramento.
Após a instalação do quadro, caminha com desinteresse
total pela vida, isola-se e apresenta baixas
vibrações em seu campo eletromagnético, permitindo,
a partir desse momento, a afinização com irmãos
em grandes desequilíbrios, grandes cobradores, evoluindo,
assim, com graves quadros específicos que
caracterizam as doenças nervosas e mentais.;
Hetero-Obsessão – É um quadro que se carcteriza
pela influência de espíritos encarnados ou desencarnados
junto a outros seres que também podem estar
em condições iguais. Esse processo pode ser ativo ou
passivo, com ação direta no corpo físico ou mental,
e sua intensidade pode variar de leve a moderada ou
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SOMENTE ATRAVÉS DE UMA VIDA
PAUTADA NO AMOR E NA BONDADE,
ALIANDO-SE À BUSCA DE
CONHECIMENTOS ESPIRITUAIS, É
QUE PODEREMOS NOS PROTEGER
DE POSSÍVEIS OBSESSORES
grave, dependendo do merecimento do Ser envolvido.
Podemos classificá-la em quatro situações:
1- Obsessão entre encarnados – muito comum,
principalmente nos relacionamentos entre
membros da família, considerando-se que o
lar é ambiente propício a reajustes e resgates.
Teremos, então, esposas dominadoras, mães
neuróticas, maridos desajustados e incompreensíveis,
filhos rebeldes etc., criando, assim,
um meio de ódios, raivas, violências, ciúmes, invejas,
com grandes desiquilíbrios entre os seres
que se bombardeiam mutuamente pelos pensamentos;
2 – Obsessão de encarnados para com
os desencarnados – é um processo muito mais
freqüente do que se possa imaginar. Os espíritos
desencarnados partem para a Pátria Espiritual e
deixam aqui seus entes queridos, os amigos com os
quais estavam envolvidos por vícios ou paixões e
outras afinidades. Nesse novo plano, desejam fazer
mudanças de comportamento e de conduta, traçando
novos rumos; todavia, por vezes, sentem-se “chamados”,
atraídos por pensamentos, palavras e atos
dos encarnados e, muitas vezes, ficam imantados ao
seu campo eletromagnético; 3 – Obsessão de desencarnados
para com os encarnados – é a interferência
que ocorre em função de ligações afetivas, paixões,
ódios, vinganças etc., trazendo grandes desarmonias,
tanto para o corpo físico como mental, promovendo
junto ao Ser uma série de sinais e sintomas,
com doenças específicas; 4 – Obsessão de desencarnados
para com os desencarnados – esse tipo de obsessão
ocorre em condições idênticas às dos outros.
No mundo espiritual, os seres se ligam em função das
afinidades, desejos e paixões e, a partir daí, temos
um grande número de espíritos que são dominados e
escravizados por outros espíritos.
Continua na próxima edição
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