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A Atividade Humana do Trabalho [Labor] em Hannah Arendt ...

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seria até secundária quan<strong>do</strong> comparada à alienação da Terra (“subjacente a to<strong>do</strong> o<br />

desenvolvimento das ciências naturais na era moderna”), que “tornou-se e continua<br />

sen<strong>do</strong> a característica da ciência moderna” (HC, p. 240).<br />

Finalmente, por que motivo a análise das “capacidades humanas gerais que<br />

decorr<strong>em</strong> da condição humana e são permanentes, isto é, que não pod<strong>em</strong> ser<br />

irr<strong>em</strong>ediavelmente perdidas enquanto a própria condição humana não é mudada”, e a<br />

análise histórica cujo propósito seria o de “retraçar até suas origens a moderna alienação<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>” (HC, pp. 6-7) -que são a intenção declarada desta obra- deveriam<br />

necessariamente conduzir <strong>Arendt</strong>, neste capítulo relativo ao trabalho, a ler <strong>em</strong> certas<br />

distinções estabelecidas por Locke e por Smith uma distinção bastante questionável<br />

entre duas atividades humanas fundamentais –trabalho e obra- e a ver na concepção<br />

marxiana <strong>do</strong> trabalho, uma “apresentação da atividade improdutiva <strong>do</strong> trabalho na falsa<br />

roupag<strong>em</strong> da obra e da fabricação”, isso porque Marx queria justificar assim “o seu<br />

apelo de justiça para os trabalha<strong>do</strong>res” (HC, p. 279)?<br />

Esta questão nos obrigaria a escrever um outro tipo de trabalho, que não se<br />

limitaria a apresentar, de maneira crítica, um capítulo de sua obra, mas que tentaria<br />

explicitar o pensamento político de <strong>Arendt</strong>.<br />

Referências Bibliográficas<br />

ARENDT, H. The Origins of Totalitarianism [OT], New York, Harcourt, Brace & Co., 1951. Segunda<br />

edição, com um novo capítulo, “Ideology and Terror: A Novel Form of Government”, e um<br />

Epílogo, “Totalitarian Imperialism: Reflections on the Hungarian Revolution”, New York,<br />

World Publishing Co., Meridien Books, 1958. Terceira edição, com uma nova Introdução, e<br />

s<strong>em</strong> o Epílogo acrescenta<strong>do</strong> à segunda edição, New York, Harcourt, Brace & World, 1966.<br />

_________. The Human Condition [HC], Chicago, University of Chicago Press, 1958. Tradução<br />

brasileira de Roberto Raposo, com uma “Introdução” de Celso Lafer: A Condição <strong>Humana</strong>,<br />

Rio de Janeiro, Forense Universitária / Salamandra, São Paulo, EDUSP, 1981. Tradução<br />

francesa de George Fradier, com um “Prefácio” de Paul Ricoeur: Condition de l’homme<br />

moderne, Paris, Calmann-Lévy, 1983 (2ª ed.).<br />

_________. Between Past and Future: Eight Exercises in Political Thought. New York, Viking Press,<br />

1968 (edição revista e aumentada). Tradução francesa de Patrick Lévy: La crise de la<br />

culture: Huit exercices de pensée politique, Paris, Gallimard, 1972. Tradução brasileira de<br />

Mauro W. Barbosa de Almeida, com uma “Introdução” de Celso Lafer: Entre o Passa<strong>do</strong> e o<br />

Futuro, São Paulo, Perspectiva, 1972.<br />

ARON, R. Essai sur les libertés [1965], Coll. Pluriel, Paris, Calmann-Lévy, 1976 (edição revista e<br />

aumentada).<br />

CAHIERS DE L'HERNE- MARTIN HEIDEGGER (Michel Haar, ed.), Paris, 1983.<br />

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