11.04.2013 Views

línguas analíticas e línguas sintéticas

línguas analíticas e línguas sintéticas

línguas analíticas e línguas sintéticas

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DEPARTAMENTO DE LETRAS<br />

Chomskiana. Essa visão greenberguiana alia-se ao funcionalismo pelo<br />

fato de acreditar que a estrutura lingüística pode ser explicada basicamente<br />

em termos de funções lingüísticas 37 . Nos anos 70 a escola<br />

tipológico-funcional é associada aos nomes de Talmy Givòn, Paul<br />

Hopper e Sandra Thompson.<br />

114<br />

A CLASSIFICAÇÃO TIPOLÓGICA<br />

OU FILOLOGIA COMPARATIVA 38<br />

A classificação tipológica procura descrever vários tipos lingüísticos<br />

encontrados entre as <strong>línguas</strong> a partir de um único parâmetro<br />

gramatical.<br />

Suas primeiras manifestações calcavam-se na classificação<br />

morfológica das <strong>línguas</strong>. Adam Smith apresenta, em 1761, uma das<br />

primeiras propostas de classificação tipológica que é depois retomada<br />

pelos irmãos Friedrich (1808) e August von Schlegel (1818). August<br />

destacou-se pelo fato de apresentar, sob o domínio das <strong>línguas</strong><br />

flexivas 39 , a distinção entre “<strong>línguas</strong> <strong>analíticas</strong>” e “<strong>línguas</strong> <strong>sintéticas</strong>”,<br />

traduções dos termos compounded e uncompounded de Smith<br />

e, a partir do Chinês, sugeriu um terceiro tipo de <strong>línguas</strong>, isto é, as<br />

“sem estrutura”. Uma língua sintética, segundo essa perspectiva,<br />

possui maior complexidade da sua flexão, que expressa de forma<br />

amalgamada caso, gênero, número, tempo, aspecto etc., ao passo que<br />

uma língua “analítica” faz uso de construções perifrásticas (com verbos<br />

auxiliares, preposições etc). Segundo Coseriu (1980: 141), tratase<br />

de uma “distinção tipológica de validade geral”. Daí vêm as dicotomias<br />

“<strong>línguas</strong> sintáticas” e “<strong>línguas</strong> morfológicas”, “<strong>línguas</strong> paradigmáticas”<br />

e “<strong>línguas</strong> sintagmáticas” etc que, em última instância,<br />

não passam da distinção entre <strong>línguas</strong> antigas (como o Grego, o Latim<br />

e o Sânscrito) e <strong>línguas</strong> modernas da Europa (Francês, Inglês,<br />

Espanhol, Italiano, Português etc), tendo na sua base a palavra como<br />

unidade básica da língua. A classificação tripartite de Schlegel dá o-<br />

37 Chomsky, ao contrário parte de um ponto de vista formalista.<br />

38 “Classificação Tipológica” é de Croft (1993), “Filologia comparativa” é de Lyons (1979).<br />

39 O que chamamos “flexão” foi bastante aprofundado pelos estóicos, que deram origem ao<br />

termo caso que permanece até hoje. Os alexandrinos, dando continuidade ao trabalho dos estóicos,<br />

estabeleceram “cânones”, ou paradigmas, de flexão (Lyons, 1979).<br />

SOLETRAS, Ano VI, N° 11. São Gonçalo: UERJ, jan./jun.2006

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!