11.04.2013 Views

Noções de toxicologia, monitoramento humano e avaliação de risco

Noções de toxicologia, monitoramento humano e avaliação de risco

Noções de toxicologia, monitoramento humano e avaliação de risco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Noções</strong> <strong>de</strong> <strong>toxicologia</strong>,<br />

<strong>monitoramento</strong> <strong>humano</strong> e<br />

<strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>risco</strong><br />

Eduardo M. De Capitani<br />

Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Intoxicações - DCM-<br />

FCM-HC-Unicamp


Toxicologia - Definições<br />

estudo dos efeitos adversos causados por<br />

substâncias químicas sobre organismos<br />

vivos<br />

estudo da natureza <strong>de</strong>sses efeitos e<br />

<strong>de</strong>terminação da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

ocorrência<br />

ciência que lida com venenos e seus<br />

efeitos


Tabletes <strong>de</strong> argila adsorvente (Terra sigillata) da Grécia Antiga<br />

Terra sigillata com<br />

timbres turcos<br />

(<strong>de</strong>signando a<br />

origem)<br />

Cowen DL & Helfand WH. Pharmacy, an illustradted history. New York, H N Abrams Inc.Publ.1990<br />

Ilhas <strong>de</strong> Lemmos, Melos e<br />

Samos


Paracelsus (1493-1541)<br />

Toxicon: conceito do agente tóxico como<br />

entida<strong>de</strong> química<br />

Experimentação: essencial no estudo das<br />

respostas à exposição ao toxicon<br />

Distinção entre proprieda<strong>de</strong>s tóxicas e<br />

terapêuticas das substâncias = dose<br />

Especificida<strong>de</strong> das ações tóxicas


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória<br />

Forense


Divisões da Toxicologia<br />

1. DESCRITIVA ou PROSPECTIVA<br />

– Experimental<br />

– estudos <strong>de</strong> curto prazo<br />

<strong>de</strong>finição do grau <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> = DL50<br />

– estudos <strong>de</strong> longo prazo<br />

órgão alvo e tipo <strong>de</strong> lesão<br />

efeitos carcinogênicos<br />

efeitos teratogênicos<br />

<strong>de</strong>finição da NEL ou NOEL


DL 50 aguda aproximada <strong>de</strong> alguns agentes<br />

químicos representativos (mg/kg)<br />

Álcool etílico 10.000<br />

Cloreto <strong>de</strong> sódio 4.000<br />

Sulfato ferroso 1.500<br />

Sulfato <strong>de</strong> morfina 900<br />

Fenobarbital 150<br />

DDT 100<br />

Picrotoxina 5<br />

Nicotina 1<br />

d-tubocurarina (curare) 0,5<br />

Tetrodotoxina 0,1<br />

Dioxina (TCDD) 0,001<br />

Toxina botulínica 0,00001<br />

Casarett & Doull’s Toxicology, 1986


Padrão <strong>de</strong> resposta biológica a elementos essenciais e não<br />

essenciais. Entre C1 e C2 ocorre ativida<strong>de</strong> metabólica normal<br />

RESPOSTA<br />

Morte<br />

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _<br />

Efeitos Elemento essencial<br />

irreversíveis<br />

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _<br />

Efeitos Ambos<br />

Reversíveis<br />

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _<br />

Efeitos Elemento<br />

Bioquímicos não essencial<br />

Não Deletérios<br />

__________________________________________________<br />

C1 C2<br />

Concentração<br />

DOSE


Curva dose -resposta para substâncias carcinogênicas<br />

Casarett & Doulls Toxicology, 1986


Proporção <strong>de</strong> Substâncias Químicas Avaliadas para<br />

Carcinogenicida<strong>de</strong> e Percentual <strong>de</strong> Positivida<strong>de</strong><br />

(ratos e camundongos)<br />

Proporção Percentual<br />

Substâncias naturais 73/127 57%<br />

Substâncias sintéticas 257/432 59%<br />

Pesticidas naturais 35/64 55%<br />

Toxinas <strong>de</strong> fungos 14/23 61%<br />

Substâncias<br />

encontradas no café<br />

torrado<br />

19/28 68%<br />

Remédios 117/241 49%<br />

Modificado <strong>de</strong> Ames & Gold, 1999


Comparação <strong>de</strong> dosagem com relação a PESO e SUPERFÍCIE<br />

CORPÓREA<br />

Peso<br />

g<br />

Dosagem<br />

mg/kg<br />

Dose<br />

mg/animal<br />

Superficie<br />

corpórea<br />

cm 2<br />

Dosagem<br />

mg/cm 2<br />

camundongo 20 100 2 46 0,043<br />

rato 200 100 20 325 0,061<br />

cobaio 400 100 40 565 0,071<br />

coelho 1500 100 150 1270 0,118<br />

gato 2000 100 200 1380 0,145<br />

macaco 4000 100 400 2980 0,134<br />

cachorro 12000 100 1200 5770 0,207<br />

homem 70000 100 7000 18000 0,388<br />

Casarett & Doull’s Toxicology, 1996<br />

homem x camundongo: peso = 3.500 x maior<br />

superfície corpórea = 390 x


Toxicologia Descritiva ou<br />

Prospectiva<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> curvas DOSE-RESPOSTA<br />

extrapolação <strong>de</strong> dados para os <strong>humano</strong>s:<br />

condições artificiais <strong>de</strong> exposição<br />

diferenças metabólitas entre espécies<br />

não <strong>de</strong>fine mecanismos <strong>de</strong> ação


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

– A) Ação direta<br />

sem intermediação com moléculas alvo<br />

– B) Interação com molécula alvo<br />

inibição enzimática<br />

– C) Através <strong>de</strong> receptores moleculares<br />

bloqueio <strong>de</strong> canais iônicos, p.ex<br />

– D) Interação molecular levando à distúrbio<br />

na “reparação” bioquímica<br />

necrose, fibrose, câncer


CHUMBO<br />

inibição<br />

inibição<br />

inibição<br />

inibição<br />

Hb<br />

ALA-D<br />

ALA-U<br />

CPU<br />

EP<br />

ZPP


HbFe 2+<br />

SANGUE TECIDOS<br />

MeHbFe 3+<br />

MeHbFe 3+ CN<br />

HbFe 2+<br />

CN<br />

NO - Citocromo<br />

2<br />

oxidase - Fe3+ nitritos<br />

nitratos<br />

Na 2S 2O 3<br />

tiossulfato <strong>de</strong> Na<br />

Tiocianato URINA<br />

CN


Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carcinogênese em estágio único ou<br />

múltiplos estágios<br />

Carcinogênese Iniciação Promoção Progressão<br />

Célula<br />

normal<br />

Célula<br />

iniciada<br />

Tumor<br />

benigno<br />

Célula<br />

maligna<br />

Tumor<br />

maligno<br />

Exposição em<br />

dose<br />

suficiente à<br />

substância<br />

carcinogênica<br />

Exposição<br />

limitada em<br />

dose e<br />

duração<br />

Exposição<br />

continuada<br />

ou a<br />

promotor <strong>de</strong><br />

tumor<br />

Exposição<br />

continuada<br />

ou a<br />

progressor <strong>de</strong><br />

tumor<br />

Modificado <strong>de</strong> Baxter CS. Carcinogenesis. In: Brooks S. et al (Eds)<br />

Environmental Medicine. St Louis, Mosby, 1995


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Toxicologia Analítica<br />

Define e utiliza métodos <strong>de</strong> dosagens <strong>de</strong><br />

substâncias químicas em diversos meios:<br />

fluídos biológicos<br />

fâneros<br />

águas<br />

ar<br />

solo<br />

alimentos


Toxicologia Analítica<br />

Trabalha com níveis baixos<br />

– µg , ng , ppm , ppb , ppt<br />

Deve evitar e controlar várias fontes <strong>de</strong><br />

contaminação possíveis:<br />

– processo <strong>de</strong> coleta, transporte e<br />

armazenagem<br />

– manipulação das amostras em bancada<br />

– processos <strong>de</strong> extração - reagentes


Fenol na urina X Benzeno no ar


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Toxicologia Clínica<br />

– Estudo dos efeitos CLÍNICOS<br />

sinais e sintomas<br />

alterações <strong>de</strong> exames complementares<br />

– Definição <strong>de</strong> CRITÉRIOS<br />

DIAGNÓSTICOS das intoxicações<br />

conjunto <strong>de</strong> sinais e sintomas + alterações<br />

laboratoriais + exames complementares


Toxicologia Clínica<br />

Define o TRATAMENTO das<br />

intoxicações<br />

– medidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação externa e<br />

interna<br />

– uso <strong>de</strong> antídotos<br />

Propõe e interpreta<br />

MONITORAMENTO BIOLÓGICO


Principais quelantes em uso clínico terapêutico e suas respectivas<br />

indicações<br />

AGENTE QUELANTE<br />

(nome científico) e [nome comercial]<br />

1. Dimercaprol (BAL) ou (2,3dimercaptopropanol)<br />

2. DMPS (ácido dimercapto propanil-1sulfônico)<br />

[Dimaval ® ; Unithiol ® ]<br />

3. DMSA (ácido dimercaptosuccínico)<br />

[Chemet ® ; Succimer ® ]<br />

4. (D-penicilamina) [Cuprimine ® ;<br />

Depen ® ]<br />

5. EDTACaNa2 (ácido etilenodiaminotetracético<br />

cálcico dissódico) [Versenato<br />

<strong>de</strong> Ca]<br />

6. Desferoxamina (mesilato <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sferoxamina) [Desferal ® ; DFO]<br />

7. (N-acetilcisteina) [Acetilcisteina; Nacetil;<br />

Mucomyst ® ]<br />

METAIS QUELADOS<br />

E OUTROS USOS TERAPÊUTICOS<br />

As, Hg, Pb, Au<br />

As, Hg, Pb<br />

Pb, As, Hg, Al<br />

Cu, Pb, As, Hg, Au,<br />

Doença <strong>de</strong> Wilson, cirrose<br />

biliar<br />

Pb<br />

Fe<br />

8. (N-acetil-D,L-penicilamina) Hg<br />

9. Azul da Prússia (Fe4[Fe(CN)6]3)<br />

[Ferrocianeto férrico; Ferrocianeto <strong>de</strong> K]<br />

10. (Dihidrocloreto <strong>de</strong> trientina)<br />

[Trientina ® ; Trien ® ]<br />

11. DTPACaNa3 (ácido dietilenoaminopentacético<br />

cálcico trissódico)<br />

FONTE: Modificado <strong>de</strong> ANGLE, 1995.<br />

Hg, Co,<br />

Acetoaminofen<br />

137 Cs, Ta<br />

Cu,<br />

Doença <strong>de</strong> Wilson<br />

239 Pu


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Toxicologia Ocupacional<br />

Avalia o <strong>risco</strong> toxicológico no ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho<br />

propõe e interpreta<br />

MONITORAMENTO BIOLÓGICO<br />

– dados da higiene industrial<br />

– LT da <strong>toxicologia</strong> regulatória<br />

propõe medidas gerais e específicas <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> <strong>risco</strong>s toxicológicos


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Toxicologia ambiental<br />

Avalia <strong>risco</strong> toxicológico no nível<br />

ambiental geral<br />

ECOTOXICOLOGIA<br />

interface com inúmeras disciplinas


QUÍMICA<br />

TOXICOLOGIA ECOLOGIA<br />

ECOTOXICOLOGIA<br />

DISCIPLINAS<br />

ASSOCIADAS<br />

FISIOLOGIA<br />

ECOSSISTEMAS BIOQUÍMICA<br />

MICROBIOLOGIA<br />

GENÉTICA<br />

GEOLOGIA<br />

AVALIAÇÃO DE RISCO METEOROLOGIA<br />

OCEANOGRAFIA<br />

MATEMÁTICA<br />

MODELAMENTO<br />

SER HUMANO<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

GERENCIAMENTO


Geologic<br />

contamination<br />

Airborne Dust<br />

from volcanic<br />

activity<br />

Trace<br />

elements<br />

in rocks Soil<br />

Weathering<br />

Leaching<br />

Water<br />

Naturally<br />

contaminated<br />

aquifers<br />

Antopogenic<br />

contamination


Contaminação por arsênio no mundo<br />

From: Selinus O, Frank A. Medical Geology, In: Moller L, Environmental Medicine, 2000.


Área<br />

controle<br />

Poluição por Cádmio na bacia do<br />

rio Usui, no Japão<br />

Áreas<br />

afetadas


Geochemical<br />

analysis


Avaliação <strong>de</strong> Risco<br />

Toxicológico<br />

Monitoramento Ambiental<br />

Monitoramento Biológico <strong>de</strong><br />

Exposição<br />

Monitoramento Biológico <strong>de</strong><br />

Efeito


Monitoramento Biológico<br />

MB leva em conta absorção por todas as<br />

vias, além da pulmonar<br />

Po<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar diferenças individuais <strong>de</strong><br />

absorção relacionadas a:<br />

4 fatores dietéticos<br />

4 hábitos alimentares e <strong>de</strong> higiene pessoal<br />

4 tabagismo e alcoolismo


Monitoramento Biológico<br />

integra exposições incluindo as extra<br />

ambiente <strong>de</strong> trabalho:<br />

4 doméstica<br />

4 lazer / hobbies<br />

4 hábito tabágico<br />

4 dieta<br />

4 medicamentos <strong>de</strong> uso crônico


PREVENÇÃO DE EFEITOS ADVERSOS<br />

MONITORAMENTO AMBIENTAL<br />

DOSE<br />

INTERNA<br />

Monitorização<br />

biológica da<br />

exposição<br />

DOSE<br />

EXTERNA Tlv TLV<br />

(a) (b)<br />

(c)<br />

LTB (IBE)<br />

EFEITOS<br />

ADVERSOS<br />

Monitorização<br />

biológica <strong>de</strong><br />

efeitos<br />

adversos<br />

PREVENÇÃO DETECÇÃO<br />

DE PRECOCE<br />

EFEITOS DE<br />

EFEITOS


Pressupostos básicos do<br />

Monitoramento Biológico<br />

Conhecimento aprofundado da<br />

<strong>toxicologia</strong> do elemento ou<br />

substância em questão quanto à:<br />

4 absorção<br />

4 distribuição<br />

4 cinética <strong>de</strong> compartimentos<br />

4 biotransformação<br />

4 via <strong>de</strong> excreção preferencial


Divisões da Toxicologia<br />

1. Descritiva ou prospectiva<br />

2. Mecanismos <strong>de</strong> ação tóxica<br />

3. Toxicologia analítica<br />

4. Toxicologia clínica<br />

5. Toxicologia ocupacional<br />

6. Toxicologia ambiental<br />

7. Toxicologia regulatória


Toxicologia regulatória<br />

Define “Limites <strong>de</strong> Tolerância”<br />

Utiliza dados produzidos pela:<br />

– <strong>toxicologia</strong> experimental<br />

curvas dose resposta e doses <strong>de</strong> não efeito<br />

– estudos epi<strong>de</strong>miológicos<br />

dados <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> relacionados<br />

com dosagens ambientais e <strong>monitoramento</strong>s<br />

biológicos


Toxicologia regulatória<br />

1940: primeiros esforços para estabelecer<br />

limites seguros <strong>de</strong> exposição a substâcias<br />

químicas motivados basicamente por:<br />

– ambientes <strong>de</strong> trabalho contaminados<br />

– resíduos <strong>de</strong> pesticidas em alimentos<br />

Hipótese do<br />

LIMIAR<br />

versus<br />

Teorias <strong>de</strong> Resposta<br />

DICOTÔMICA<br />

Tóxico x Não Tóxico


Toxicologia regulatória<br />

Anos 50: Fitzhugh, Lehman e Truhaut<br />

propõem AID (IDA) para pesticidas e aditivos<br />

alimentares baseadas em NOAELs<br />

experimentais<br />

citavam dados que sugeriam:<br />

– sensibilida<strong>de</strong> humana média seria cerca <strong>de</strong> 10 vezes<br />

maior que a <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> experimentação<br />

– pessoas suscetíveis seriam 10 vezes mais sensíveis<br />

que a média da população normal<br />

– fator <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> 100 para cálculo <strong>de</strong> LT


Toxicologia regulatória<br />

EPA em 1991 projetou custo <strong>de</strong> 140<br />

bilhões <strong>de</strong> US$ / ano a partir <strong>de</strong> 1997<br />

<strong>de</strong>vido a regulações ambientais nos EUA<br />

– “worst case assumptions”<br />

– “princípio da precaução”<br />

– possibilida<strong>de</strong> X probabilida<strong>de</strong><br />

– política X ciência


Variáveis <strong>de</strong> importância<br />

envolvidas em <strong>toxicologia</strong><br />

Variáveis físico-químicas da substância:<br />

– Elemento químico / compostos (especiação)<br />

– substância orgânica / inorgânica<br />

– radicais presentes


Diferenças toxicológicas das várias formas <strong>de</strong> mercúrio<br />

Sais<br />

Inorgânicos<br />

HgCl2<br />

Sais<br />

Orgânicos<br />

MeHg<br />

Elementar /<br />

Metálico<br />

Hg o<br />

Absorção Excreção Quadro clínico Tratamento<br />

15% por<br />

VO<br />

Ótima por<br />

VO<br />

Nenhuma<br />

por VO<br />

Ótima por<br />

via<br />

inalatória<br />

Renal • Irritante <strong>de</strong> mucosas<br />

• Gastroenterite grave<br />

• Choque<br />

• IRA<br />

Fezes • Alterações neurológicas<br />

centrais e periféricas<br />

• malformações<br />

congênitas graves<br />

(doença <strong>de</strong> Minamata)<br />

Renal • “eretismo mercurial”<br />

• tremores finos <strong>de</strong><br />

extremida<strong>de</strong>s<br />

• alterações<br />

Neurocomportamentais<br />

• Pneumonite química<br />

Quelante<br />

ineficaz<br />

Quelante<br />

ineficaz<br />

Quelante<br />

eficaz nos<br />

quadros<br />

agudos


Variáveis <strong>de</strong> importância<br />

envolvidas em <strong>toxicologia</strong><br />

Variáveis físico-químicas da substância:<br />

– substância pura / compostos<br />

– substância orgânica / inorgânica<br />

– radicais presentes<br />

– pKa<br />

– biodisponibilida<strong>de</strong><br />

– coeficiente <strong>de</strong> partição Solvente/Água<br />

hidrossolubilida<strong>de</strong> / lipossolubilida<strong>de</strong>


Variáveis <strong>de</strong> importância<br />

envolvidas em <strong>toxicologia</strong><br />

Variáveis físico-químicas da substância:<br />

– ação cumulativa<br />

conceito <strong>de</strong> “carga corpórea”<br />

– tipo <strong>de</strong> aerodispersói<strong>de</strong>s<br />

poeiras<br />

gases<br />

vapores FUMAÇA<br />

névoas<br />

neblinas


Variáveis <strong>de</strong> importância<br />

envolvidas em <strong>toxicologia</strong><br />

Classificação dos agentes tóxicos<br />

– potência <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong><br />

DL50<br />

– tipo <strong>de</strong> efeito predominante<br />

órgão alvo ou sistemas mais afetados<br />

– grupo químico / função química<br />

– tipo <strong>de</strong> uso predominante<br />

– natural / sintético


Variáveis <strong>de</strong> importância<br />

envolvidas em <strong>toxicologia</strong><br />

Características <strong>de</strong> exposição:<br />

– AGUDA / CURTO PRAZO<br />

– CRÔNICA<br />

longo prazo contínua<br />

– doses altas x doses baixas<br />

longo prazo intermitente<br />

– doses altas x doses baixas


Relações temporais entre exposição e efeitos tóxicos<br />

Fonte: Environmental and Occupational Health Sciences Institute


Sítio <strong>de</strong> ação<br />

Receptores<br />

ligado--livre<br />

Reservatório<br />

tecidual<br />

ligado--livre<br />

Substância<br />

química<br />

Sítio <strong>de</strong><br />

absorção<br />

Circulação<br />

sistêmica<br />

ligado<br />

livre<br />

FASE da<br />

cinética<br />

Liberação<br />

Absorção<br />

Distribuição<br />

Metabolismo<br />

Excreção<br />

PARÂMETRO<br />

Cinético<br />

Biodisponi<br />

-bilida<strong>de</strong><br />

Volume <strong>de</strong><br />

distribuição<br />

Eliminação<br />

Fichtl, 1999


Saliva<br />

leite<br />

suor<br />

Pulmão<br />

Ar<br />

exalado<br />

EXCREÇÃO<br />

Intestinos<br />

Fezes<br />

ELIMINAÇÃO<br />

Fígado<br />

Bile<br />

Rins<br />

Urina<br />

METABOLISMO<br />

Fígado<br />

Pulmões<br />

Intestinos<br />

Plasma<br />

outros órgãos<br />

.....<br />

Metabólitos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!