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Ata da 45 ª reunião extraordinária do COEMA - Sema - Governo do ...

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ATA DA <strong>45</strong><strong>ª</strong> REUNIÃO<br />

EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO<br />

ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE –<br />

<strong>COEMA</strong>, REALIZADA EM 19 DE<br />

SETEMBRO DE 2011.<br />

Aos 19 dias <strong>do</strong> mês de SETEMBRO de <strong>do</strong>is mil e onze, no Auditório <strong>da</strong> Secretaria<br />

Estadual de Meio ambiente - SEMA, sito à Travessa Lomas Valentinas, nº 2717,<br />

Marco, Belém/PA, realizou-se, a <strong>45</strong><strong>ª</strong> Reunião Extraordinária <strong>do</strong> Conselho Estadual de<br />

Meio Ambiente – <strong>COEMA</strong>, sob a presidência <strong>da</strong> Dra. Teresa Luisa Mártires Coelho<br />

Cativo Rosa, Secretária Estadual de Meio Ambiente e com a presença de<br />

Conselheiros e convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Dan<strong>do</strong> início à <strong>45</strong><strong>ª</strong> Reunião Extraordinária <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>,<br />

passou à seguinte pauta com as palavras <strong>da</strong> Presidente: I- Abertura: Bom Dia, hoje<br />

se inicia a quadragésima quinta <strong>reunião</strong> <strong>do</strong> nosso conselho, onde <strong>da</strong> abertura eu<br />

queria me reportar à <strong>reunião</strong> anterior, perguntar se tem alguém aqui representan<strong>do</strong> o<br />

Ministério Público? Então na ausência <strong>do</strong> representante <strong>do</strong> Ministério Público que<br />

pediu vistas sobre a questão <strong>do</strong> CCIR eu acho que nós podemos seguir a nossa pauta<br />

como está coloca<strong>da</strong> aos senhores. Bom, começaríamos pela leitura e discussões <strong>da</strong>s<br />

atas <strong>da</strong> 42<strong>ª</strong> e 43<strong>ª</strong> <strong>reunião</strong> <strong>extraordinária</strong> <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong> e também eu gostaria para efeito<br />

de tempo e resulta<strong>do</strong> que ficasse condiciona<strong>da</strong> a leitura <strong>do</strong>s senhores e depois<br />

man<strong>da</strong>sse por e-mail qualquer discordância com relação ao texto. Dr. Xavier:<br />

Secretária como foi distribuí<strong>da</strong> antecipa<strong>da</strong>mente eu pediria inclusive a dispensa <strong>da</strong><br />

leitura. Dra. Teresa: Pois não, então nós fizemos as correções devi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> texto <strong>da</strong><br />

42<strong>ª</strong>, que quan<strong>do</strong> eu cobrei <strong>da</strong> minha equipe eles já tinham feito, mas na hora de ro<strong>da</strong>r,<br />

ro<strong>da</strong>ram a que não estava já definitiva e aí então as correções foram feitas e se<br />

ninguém tiver na<strong>da</strong> a opor nós vamos considerá-las como aprova<strong>da</strong>s. Na ordem <strong>do</strong> dia<br />

o primeiro assunto diz respeito à deliberação <strong>da</strong> composição <strong>da</strong> câmara técnica para<br />

julgamento de processos punitivos. Na <strong>reunião</strong> passa<strong>da</strong> foi levanta<strong>da</strong> por um<br />

conselheiro a necessi<strong>da</strong>de de nós deliberarmos sobre uma câmara técnica específica<br />

em função <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> número de processos que têm, não só distribuí<strong>do</strong>s, como<br />

também ain<strong>da</strong> conosco na secretaria <strong>do</strong> Conselho. Como faz parte ain<strong>da</strong> <strong>da</strong> ordem <strong>do</strong><br />

dia a elaboração <strong>da</strong> câmara técnica <strong>da</strong> revisão <strong>do</strong> regimento, penso eu, que deveria<br />

essa análise de processos punitivos não vir para ser distribuí<strong>da</strong> pelo Conselho, ela<br />

viria depois de uma análise, por quê? Porque isso foi uma coisa que acabou se<br />

decidin<strong>do</strong> internamente na SEMA e que ao final acabou congestionan<strong>do</strong> o Conselho<br />

não se avançan<strong>do</strong> <strong>do</strong> ponto de vista <strong>da</strong> secretaria e a gente poderia trabalhar<br />

conforme eu já me manifestei, mais ou menos próximo como se tem na SEFA, onde a<br />

gente tem uma câmara que antes de ir para o Tribunal de Julgamento a gente<br />

pudesse fazer a análise desses pedi<strong>do</strong>s que vem com relação a esses autos, caso<br />

concordemos hoje, nós deixaríamos para tratar a deliberação <strong>do</strong> primeiro item já na<br />

avaliação e propositura <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça de regimento, se houver concordância ou se<br />

houver outra idéia. Porque no regimento a gente já pode trabalhar outra idéia. Bom, já<br />

que houve concordância de to<strong>do</strong>s, nós então passaríamos para a deliberação <strong>da</strong><br />

composição <strong>da</strong> câmara técnica, eu diria, para a revisão e adequação <strong>do</strong> regimento<br />

interno <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>, então como senhores a palavra. Quem se manifesta? Se não<br />

houver manifestação eu vou propor, vou escolher. Bom, eu vou começar com<br />

indicação <strong>do</strong> representante Dr. Justiniano Netto porque tem si<strong>do</strong> o nosso assessor


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jurídico <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>, então eu pergunto quais <strong>do</strong>s órgãos aqui gostariam de se fazer<br />

representar? Dr. Eval<strong>do</strong> que acabou de chegar, nosso bom dia, já faz parte então<br />

dessa câmara técnica. Dr. Justiniano: Ele tem cadeira cativa. Dra. Teresa:<br />

Federação <strong>da</strong> Agricultura, Secretaria de Pesca, FETIPA, Dr. Zurita que representa a<br />

ONG IDA. Marco Antônio Carrera, representan<strong>do</strong> os servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> SEMA: Um<br />

representante <strong>do</strong> Sindiambiental. Dra. Teresa: Bom, um representante não <strong>do</strong><br />

sindiambiental, que o sindicato não tem representação aqui nesta câmara, no nosso<br />

conselho tem um representante <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> SEMA que nós propusemos que<br />

fosse o sindicato, então um representante <strong>do</strong> servi<strong>do</strong>r <strong>da</strong> SEMA. Bom, a SEPAQ está<br />

na condição de convi<strong>da</strong><strong>da</strong>, então na<strong>da</strong> a impede também que ten<strong>do</strong> o conselho formal,<br />

possamos convi<strong>da</strong>r especialistas que nos ajudem na elaboração <strong>da</strong> revisão <strong>do</strong><br />

regimento, então estan<strong>do</strong> composta a câmara que seria: FIEPA, FAEPA, OAB, SEMA,<br />

FETIPA. Secretário de agricultura o senhor não gostaria que a sua secretaria tivesse<br />

representação. Dr. Hildegar<strong>do</strong> Nunes, representante <strong>da</strong> SAGRI: Secretária,<br />

naturalmente eu tenho to<strong>do</strong> o interesse de contribuir, mas já quero aqui valer, só para<br />

nos atentarmos, porque nas câmaras técnicas está o pressuposto <strong>do</strong>s quatro<br />

componentes. Dra. Teresa: É, nós já excluímos aqui. Nós colocamos aqui os quatro e<br />

colocamos os demais pela natureza <strong>do</strong> assunto que vamos tratar que diz respeito a<br />

to<strong>do</strong>s, ain<strong>da</strong> mais, quero lembrar que nós estamos com a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> aprovação<br />

<strong>da</strong> Assembleia Legislativa ain<strong>da</strong> esse ano, <strong>do</strong> fortalecimento <strong>do</strong> nosso sistema<br />

estadual de meio ambiente com mu<strong>da</strong>nças significativas, com a criação <strong>do</strong> instituto de<br />

águas, então é muito importante que a gente dê uma densi<strong>da</strong>de para essa câmara<br />

técnica que vai estu<strong>da</strong>r a revisão <strong>do</strong> regimento. Alguém quer se manifestar sobre o<br />

assunto? Com a palavra o representante <strong>do</strong> IDEFLOR Ednei Barbosa: O IDEFLOR<br />

gostaria de participar também. Dra. Teresa: Inclua o IDEFLOR. Bom, está composta a<br />

câmara. Tomou a palavra o secretário de Pesca Henrique Sawaki: Eu queria fazer<br />

uma solicitação em que a secretaria com essa área de pesca e aqüicultura não faz<br />

parte <strong>da</strong> composição <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong> e nós gostaríamos que ela fosse incluí<strong>da</strong>, pois, como<br />

ela é uma enti<strong>da</strong>de nova e a formação foi anterior a criação <strong>da</strong> SEPAQ, nós<br />

gostaríamos que ela fosse incluí<strong>da</strong> no Conselho, porque to<strong>da</strong> a ativi<strong>da</strong>de aqüicola e<br />

pesqueira cabe a nós participarmos e gostaríamos que entrasse em votação ou<br />

consenso para poder fazer parte <strong>do</strong> conselho. Dra. Teresa: Nós estamos trabalhan<strong>do</strong><br />

para isso, floresta, pesca, água, a gente não pode deixar de ver como vetores de<br />

desenvolvimento estratégico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> na nossa propositura <strong>da</strong> adequação <strong>da</strong><br />

estrutura <strong>da</strong> nossa secretaria que o governa<strong>do</strong>r tão bem entendeu e deu uma<br />

dimensão muito maior, crian<strong>do</strong> inclusive um instituto de águas. Eu não posso ain<strong>da</strong><br />

garantir 100%, porque ele encaminha o projeto e a Assembleia Legislativa vai votar<br />

esse projeto, mas o nosso Conselho ganha uma estatura maior, ele passa a estar<br />

vincula<strong>do</strong> a nossa secretaria especial, porque estamos como SEMA, liga<strong>do</strong> a ela. A<br />

SEMA cria a estatura de ser a grande secretaria responsável pela política, mas to<strong>da</strong>s<br />

as vinculações vão se <strong>da</strong>r a partir dessa secretaria. Aí nós vamos ter um conselhão<br />

que vai ter os olhos para o IDEFLOR, para o instituto de águas, para SEMA e assim<br />

por diante. Então eu acho que ganhamos to<strong>do</strong>s nós como política de governo e o<br />

nosso conselho passa a ter a estatura que lhe cabe. Dr. José Leal: Bom dia<br />

presidente, eu sou representante <strong>da</strong> ONG suplente e queria aproveitar esse momento<br />

para levantar uma questão, uma reflexão. O que faz uma ONG suplente no <strong>COEMA</strong>?<br />

Eu procurei participar no ano passa<strong>do</strong> e neste ano de to<strong>da</strong>s as reuniões e confesso<br />

que represento inclusive um setor que considero fun<strong>da</strong>mental no Esta<strong>do</strong> que é o


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mineral e a gente não consegue ter uma participação efetiva, a não ser nos momentos<br />

<strong>da</strong>s reuniões, então eu gostaria de aproveitar esse momento e dizer primeiro que nós<br />

queremos participar e segun<strong>do</strong> que a gente possa fazer uma reflexão em cima dessa<br />

questão, por que são apenas duas ONGs com ativi<strong>da</strong>des volta<strong>da</strong>s para as questões<br />

ambientais, mas de interesses às vezes diferentes. A IDA que é a ONG titular se fez<br />

presente também em to<strong>da</strong>s as reuniões e nós ficamos praticamente como ouvintes,<br />

quan<strong>do</strong> muito fazen<strong>do</strong> intervenções sem poder efetivamente participar. Eu gostaria<br />

muito que isso fosse observa<strong>do</strong> e refleti<strong>do</strong> para que a gente possa ocupar essa ONG<br />

que se faz presente e se representa aqui de outra forma, obriga<strong>do</strong>. Dra. Teresa:<br />

Alguém quer se posicionar sobre a colocação <strong>do</strong> conselheiro? Toma a palavra o<br />

Convi<strong>da</strong><strong>do</strong> Dr. Xavier: Secretária, esse conselho têm proporciona<strong>do</strong> algumas alegrias<br />

e eu estou ven<strong>do</strong> uma delas aqui agora ven<strong>do</strong> o LEAL se oferecen<strong>do</strong> para trabalhar.<br />

Nós queremos sim! Queremos ele, logicamente que o suplente é expectativa, pois na<br />

ausência <strong>do</strong> titular ele assume, mas de qualquer maneira nós temos permiti<strong>do</strong> a<br />

presença <strong>do</strong>s suplentes inclusive no conselho, eu acho também que poderíamos<br />

trazer para as câmaras técnicas e uma figura na quali<strong>da</strong>de dessa a gente não pode<br />

dispensar nesse conselho não. Eu vejo com tanta alegria esse oferecimento <strong>do</strong> Leal.<br />

Dra. Teresa: Mais alguém? Bom, então nós não só agradecemos a manifestação <strong>do</strong><br />

interesse <strong>do</strong> Dr. Leal, nós ratificamos as palavras <strong>do</strong> Dr. Xavier. Eu quero fazer um<br />

registro <strong>da</strong>s reuniões já realiza<strong>da</strong>s sob a minha coordenação, elas têm si<strong>do</strong> abertas,<br />

elas têm si<strong>do</strong> participativas e quanto mais massa crítica nós tivermos aqui dentro para<br />

pensar na questão ambiental que é tão estratégica, necessária para o nosso Esta<strong>do</strong>,<br />

melhor nós vamos ter condições de deliberar sobre assuntos aqui trata<strong>do</strong>s. Bom,<br />

então ficamos acordá-los que trataremos <strong>da</strong> questão de julgamentos de processos<br />

punitivos quan<strong>do</strong> estu<strong>da</strong>rmos a revisão <strong>do</strong> regimento, como nós já selecionamos aqui<br />

e já deliberamos sobre a câmara técnica, nós pela secretaria e pela SEMA, vamos<br />

tomar to<strong>da</strong>s as providências necessárias para o levantamento <strong>da</strong>s informações,<br />

organização, tu<strong>do</strong> para que possamos então ter a primeira <strong>reunião</strong> <strong>da</strong> câmara técnica<br />

com esse material disponível para nós podermos trabalhar. Outro item <strong>da</strong> pauta diz<br />

respeito à possibili<strong>da</strong>de de liberação de licença apenas com apresentação <strong>do</strong><br />

protocolo <strong>do</strong> CCIR com ou sem autentici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> título e na última <strong>reunião</strong> foi pedi<strong>do</strong><br />

vistas pelo Ministério Público e eu quero submeter aos senhores se deixamos em<br />

aberto até que o conselheiro possa se manifestar sobre o assunto. Dr. Xavier: Isso é<br />

dá maior importância para o governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, então como o Ministério Público pediu<br />

vistas, então nós devemos aguar<strong>da</strong>r a apresentação <strong>do</strong> relatório <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

Dra. Teresa: To<strong>do</strong>s concor<strong>da</strong>m? Então aprova<strong>do</strong>. Prosseguin<strong>do</strong> nós teríamos a<br />

apresentação <strong>do</strong> parecer formula<strong>do</strong> pela câmara técnica de recursos pesqueiros e <strong>da</strong><br />

minuta de resolução que dispõe sobre critérios <strong>da</strong> caracterização de ativi<strong>da</strong>des e<br />

empreendimentos aqüicolas sustentável <strong>da</strong> agricultura familiar, empreende<strong>do</strong>r rural<br />

familiar entre os povos e comuni<strong>da</strong>des tradicionais como de interesse social pêra fins<br />

de produção, intervenção e recuperação de áreas de APP e outras providências para<br />

ser aprecia<strong>da</strong> e discuti<strong>da</strong> na manhã de hoje em nossa <strong>reunião</strong>. Com a palavra o<br />

relator presidente <strong>da</strong> câmara técnica específica Dr. Justiniano Netto: Bom dia a<br />

to<strong>do</strong>s. Colegas, secretária, ain<strong>da</strong> não será possível relatar essa resolução ao plenário,<br />

emitir nosso parecer, porque nós não reunimos a Câmara de Recursos Pesqueiros,<br />

nós fizemos a convocação na sexta-feira passa<strong>da</strong> e o tempo foi muito curto,<br />

recebemos com menos de duas semanas para poder convocar câmara, reunir, fazer<br />

parecer, mas, então convocamos na sexta-feira passa<strong>da</strong>, a <strong>reunião</strong> será agora dia 23,


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na próxima sexta-feira, eu já dei uma estu<strong>da</strong><strong>da</strong> no assunto e vejo que a proposição<br />

que nos foi encaminha<strong>da</strong> pelo departamento técnico <strong>da</strong> SEMA é pertinente e tem<br />

amparo legal, basicamente o que a SEMA espera é que este Conselho aprove a<br />

possibili<strong>da</strong>de de empreendimentos aqüicolas não maiores que três hectares. São<br />

tanques de psicultura de no máximo 3 hectares pelo que vi aqui e que estejam<br />

situa<strong>do</strong>s nas áreas de APP e a possibili<strong>da</strong>de de legalizar e regularizar esses tanques<br />

que já estão implementa<strong>do</strong>s. Essa proposição encontra amparo na resolução 369 <strong>do</strong><br />

CONAMA que estabelece uma série de ativi<strong>da</strong>des que põem ser considera<strong>da</strong>s de<br />

pequeno impacto ambiental e que podem ser exerci<strong>da</strong>s na APP, então lá no artigo 11,<br />

dessa resolução 369, de 2006, ela diz: considera-se intervenção ou supressão de<br />

vegetação eventual e de baixo impacto em APP, ai vai traçan<strong>do</strong> uma série de<br />

hipótese, como: abertura de pequenas vias de acesso, implantação de corre<strong>do</strong>r de<br />

acesso de pessoas e animais para obtenção de água, implantação de trilhas para o<br />

ecoturismo, ai vem o último inciso que é o 11 que diz que outras ações de ativi<strong>da</strong>des<br />

similares reconheci<strong>da</strong>s como de eventual e de baixo impacto ambiental pelo conselho<br />

estadual de meio ambiente, e aí que se encaixa a proposição técnica <strong>da</strong> SEMA, ela<br />

quer encaixar como ativi<strong>da</strong>de similar, peculiar, característica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará esses<br />

empreendimentos aí, esses tanques de criação de pesca de no máximo 3 hectares,<br />

que não ultrapassem 5% <strong>da</strong> área de APP, quer dizer, tem to<strong>do</strong> um rigor, um critério.<br />

Então uma rápi<strong>da</strong> análise que eu fiz na resolução que nos foi encaminha<strong>do</strong>, eu<br />

considerei pertinente a matéria e possivelmente será relata<strong>do</strong> de forma favorável a<br />

este plenário, porém, precisamos reunir a câmara de assuntos pesqueiros, que eu lhe<br />

confesso, é a primeira vez, eu não sabia nem que a FIEPA fazia parte dessa <strong>reunião</strong>,<br />

porque durante os quatro anos nunca reunimos, eu sou membro de assuntos minerais<br />

e <strong>da</strong> infraestrutura, então essa vai ser a primeira vez, mas já convi<strong>da</strong>mos os colegas,<br />

salvo engano, já tem a SAGRI, a FETAGRI e eu acho que a ONG IDA, salvo engano,<br />

aí tem que confirmar, mas SAGRI e FETAGRI com certeza. Então nós já fizemos o<br />

convite por e-mail e, no dia de hoje, entre hoje e amanhã, vamos confirmar pelo<br />

telefone, a <strong>reunião</strong> vai ser aqui na SEMA, às 10h <strong>da</strong> sexta-feira, junto com a Dra. Lúcia<br />

Porpino e a equipe técnica dela para ver se a gente consegue analisar e já ter um<br />

parecer para submeter na próxima <strong>reunião</strong> ordinária <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong> que eu creio que vai<br />

ser no início de outubro. Dra. Teresa Cativo: Se to<strong>do</strong>s concor<strong>da</strong>rem, eu só queria<br />

acrescentar que a SEPAQ está solicitan<strong>do</strong> ser incluí<strong>da</strong> já na condição de convi<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

até que a gente possa reavaliar as câmaras técnicas. Dr. Justiniano: Já se sinta<br />

convi<strong>da</strong><strong>do</strong> então para estar presente, como observa<strong>do</strong>r, interessa<strong>do</strong> na matéria, na<br />

próxima sexta-feira, às 10h, aqui na SEMA lá na sala <strong>da</strong> Lúcia Porpino. Com a<br />

palavra o secretário <strong>da</strong> SEPAQ Henrique Sawaki: Eu só queria fazer um comentário<br />

em relação à SAGRI, quan<strong>do</strong> a SEPAQ foi formaliza<strong>da</strong> automaticamente to<strong>da</strong>s as<br />

ativi<strong>da</strong>des de pesca que eram <strong>da</strong> SAGRI passaram para a SEPAQ, talvez nesse<br />

ínterim aí que está ocorren<strong>do</strong> é que tomaram o nome <strong>da</strong> SAGRI pensan<strong>do</strong> que ain<strong>da</strong> é<br />

a SAGRI que executa as ativi<strong>da</strong>des e nós gostaríamos que to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des de<br />

pesca e aqüicultura a partir de agora, dentro <strong>do</strong> sistema, passe a ser para nós,<br />

SEPAQ, que tem to<strong>da</strong> a responsabili<strong>da</strong>de dentro <strong>do</strong> decreto de criação, então<br />

agradeço o convite e vamos participar dessa <strong>reunião</strong>. Dra. Teresa Cativo: Daqui a<br />

pouco eu vou ter oportuni<strong>da</strong>de de manifestar sobre algumas adequações que nós<br />

estamos propon<strong>do</strong> na nossa estrutura funcional, aí eu acho que nós vamos<br />

regulamentar algumas questões em Decretos e cabe a gente rever inclusive a questão<br />

<strong>do</strong> conselho. Mais alguém sobre o assunto? Então aprovo o encaminhamento que foi


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<strong>da</strong><strong>do</strong> pelo senhor Justiniano. Prosseguin<strong>do</strong>, nós teríamos a apresentação <strong>do</strong> parecer<br />

formula<strong>do</strong> pela câmara técnica de recursos agropecuários e florestais <strong>da</strong> resolução<br />

que dispõe sobre licenciamento ambiental simplifica<strong>do</strong> de ativi<strong>da</strong>des de manejo<br />

florestal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará para ser aprecia<strong>do</strong> e discuti<strong>do</strong> nesta ocasião. Por favor,<br />

relator Dr. Hildegar<strong>do</strong>. Dr. Hildegar<strong>do</strong> Nunes representante <strong>da</strong> SAGRI: Bem senhora<br />

presidenta, <strong>da</strong> mesma forma que o item anterior, esta câmara técnica é composta pela<br />

SAGRI, pela Federal <strong>da</strong> agricultura, pela federação <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> agricultura e<br />

pelo IDA. Nós não tivemos condições de fazer a <strong>reunião</strong> na semana passa<strong>da</strong>, mas<br />

temos já <strong>da</strong> parte <strong>da</strong> SAGRI elenca<strong>do</strong>s os pontos que consideramos pertinentes,<br />

alteração em cima <strong>da</strong> proposta que foi apresenta<strong>da</strong>, mas eu solicito a este conselho<br />

de que possamos ter um prazo maior, primeiro para reunir a comissão para ter o<br />

posicionamento <strong>do</strong>s outros integrantes <strong>da</strong> câmara técnica e segun<strong>do</strong>, senhora<br />

presidente, tem um assunto que acaba sen<strong>do</strong> recorrente e que tem a ver exatamente<br />

com essa composição <strong>do</strong> conselho e <strong>da</strong>s câmaras técnicas. Está em via de ser<br />

edita<strong>do</strong>, sob a liderança <strong>do</strong> IDEFLOR, um decreto que trata exatamente <strong>do</strong> manejo<br />

florestal comunitário e por outro la<strong>do</strong> houve essa composição dentro <strong>do</strong> conselho que<br />

trata praticamente <strong>do</strong> mesmo assunto. O IDEFLOR, <strong>da</strong> mesma forma que a SEPAQ,<br />

como são órgãos de criação recente, não integram o conselho e nem as câmaras<br />

técnicas, porque a época de suas criações não foi feita a adequação desta<br />

composição <strong>do</strong> conselho e aí eu quero referen<strong>da</strong>r a posição <strong>do</strong> secretário Sawaki de<br />

que a SAGRI como no passa<strong>do</strong> coordenava essa política aqüicola e pesqueira, ain<strong>da</strong><br />

aparece a SAGRI como integrante <strong>da</strong>s câmaras técnicas especificamente, porque <strong>do</strong><br />

conselho, naturalmente além <strong>da</strong> SEPAQ, a SAGRI tem um papel a desempenhar, mas<br />

eu solicitaria este prazo, para que pudéssemos fazer a <strong>reunião</strong> <strong>da</strong> câmara técnica na<br />

composição formal que está estabeleci<strong>da</strong>, mas ten<strong>do</strong> o IDEFLOR como participante,<br />

para já poder termos essa construção conjunta, até porque como já disse está em via<br />

de edição pelo senhor governa<strong>do</strong>r esse Decreto que trata <strong>do</strong> manejo florestal<br />

comunitário e aí não faz nenhum senti<strong>do</strong> nós termos uma posição <strong>do</strong> governo através<br />

de um Decreto e estarmos trabalhan<strong>do</strong> aqui em algo completamente fora <strong>da</strong> sintonia,<br />

já que cabe ao IDEFLOR a política florestal no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará por parte <strong>do</strong> executivo<br />

estadual. Então era isso que eu queria trazer ao conselho e realmente reiterar a<br />

importância dessa revisão <strong>da</strong> composição, pois, isso acaba<strong>da</strong> trazen<strong>do</strong> problemas em<br />

nossa funcionali<strong>da</strong>de por você ter órgãos que são os competentes, que tem em sua<br />

missão institucional cui<strong>da</strong>r de determina<strong>do</strong>s setores políticos, mas que não estão<br />

formalmente integra<strong>do</strong>s nem no conselho e nem nas câmaras técnicas, essa é nossa<br />

manifestação senhora presidente. Dra. Teresa: O Dr. Netto pediu a palavra. Dr.<br />

Justiniano Netto: Eu queria complementar um pouco a fala <strong>do</strong> secretário Hildegar<strong>do</strong>,<br />

eu conversei no sába<strong>do</strong> longamente com o Dr. Colares que é o Diretor geral <strong>do</strong><br />

IDEFLOR, pois ele me ligou até preocupa<strong>do</strong> com o possível sombreamento entre<br />

aquilo que ele planeja desenhar de política florestal, e aí se inclui o manejo<br />

comunitário, e uma eventual resolução deste conselho. Então eu expliquei para ele o<br />

objeto dessa Resolução e ele por sua vez me explicou o objeto <strong>do</strong> Decreto. O Decreto<br />

na ver<strong>da</strong>de vai propor uma política estadual de manejo comunitário, ele não vai tratar<br />

de procedimentos, são princípios, são questões genéricas, então não trata <strong>do</strong><br />

procedimento em si. De posse desse Decreto o IDEFLOR já até publicou o edital na<br />

sexta-feira onde pretende contratar uma consultoria jurídica para elaborar uma minuta<br />

de uma nova lei de gestão florestal no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. A nossa Lei em que pese não<br />

ser antiga, a 6462, mas ela já está defasa<strong>da</strong> pelo tempo, porque tivemos aí grandes


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mu<strong>da</strong>nças, grandes avanços, novos institutos como a concessão florestal e a nossa lei<br />

acabou fican<strong>do</strong> para trás. Então, a idéia <strong>do</strong> IDEFLOR é fazer to<strong>da</strong> uma revisão<br />

tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> manejo comunitário, <strong>do</strong> manejo de florestas priva<strong>da</strong>s e <strong>do</strong> manejo de<br />

florestas públicas e aí eu expliquei para ele que essa resolução se propunha a<br />

estabelecer um procedimento específico para exploração florestal nas áreas de<br />

várzeas. Por quê? Porque com a revogação <strong>da</strong> IN 40 que foi feita pela SEMA e digase<br />

de passagem uma revogação até necessária, pois realmente havia algumas<br />

inconsistências naquela instrução, a principal delas é que não havia naquela IN 40 a<br />

exigência de ART que é uma exigência básica, pois o artigo 15 <strong>do</strong> código florestal diz:<br />

Que as floretas primitivas <strong>da</strong> Amazônia só podem ser explora<strong>da</strong>s mediante a projetos<br />

técnicos e você não pode imaginar um projeto técnico, por mais simplifica<strong>do</strong> que seja,<br />

sem a presença de um responsável técnico e aqui está o nosso amigo Leal que<br />

representa além <strong>da</strong> ONG suplente aqui também representa o CREA e muitas vezes<br />

faz a defesa <strong>do</strong> CREA aqui dentro desse Conselho, então havia necessi<strong>da</strong>de<br />

realmente de ter uma ART por mais simplifica<strong>do</strong> que fosse o procedimento. Nessa<br />

resolução que está sen<strong>do</strong> analisa<strong>da</strong> pelo <strong>COEMA</strong>, já há essa previsão, há o inventário<br />

florestal simplifica<strong>do</strong> e há sim um responsável técnico pelo projeto. Então qual é o<br />

nosso problema hoje? Com a revogação <strong>da</strong> IN 40 nós não temos nenhum marco legal<br />

para os ribeirinhos, sobretu<strong>do</strong> aqueles <strong>do</strong> Marajó que desejarem fazer um pequeno<br />

projeto de exploração, e, diga-se de passagem, são projetos de 80, 100, 200 metros<br />

cúbicos, é muito pequeno realmente o volume que eles exploram, mas hoje não tem<br />

marco legal e nós estamos na entressafra <strong>do</strong> Marajó. A safra <strong>do</strong> Marajó é quan<strong>do</strong><br />

chove, é quan<strong>do</strong> a água levanta e ele consegue puxar a madeira, agora está na<br />

entressafra, então se nós não tivermos, aí eu expliquei para o Colares, um marco legal<br />

no máximo até o mês de outubro, estouran<strong>do</strong> novembro, mas o ideal é até outubro,<br />

para <strong>da</strong>r tempo de novembro, dezembro os ribeirinhos prepararem os seus<br />

pequeninos projetos com apoio de prefeituras, com apoio de associações e apoio até<br />

de empresas, submeterem a SEMA para que janeiro, fevereiro no máximo esteja<br />

libera<strong>do</strong>, eles vão perder a safra de 2012. Aí eu expliquei ao Colares e ele entendeu,<br />

se despreocupou e falou que não via problema nenhum, agora Colares, se no futuro<br />

esse projeto de lei que vocês vão apresentar, que vai ser aprecia<strong>do</strong> pela Assembleia,<br />

votar algum procedimento que contraria essa resolução <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>, a resolução vai<br />

ter que se adequar, porque uma lei estadual é superior a resolução <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>.<br />

Então, só para deixar claro para o Hildegar<strong>do</strong> e para to<strong>do</strong>s os conselheiros, eu creio<br />

que não está haven<strong>do</strong> nenhum desconforto <strong>da</strong> parte <strong>do</strong> IDEFLOR e seria muito bom, e<br />

aí eu achei excelente a sugestão <strong>do</strong> Dr. Hildegar<strong>do</strong>, que o IDEFLOR já pudesse<br />

acompanhar essa discussão para que ele esteja bem a par <strong>do</strong> que está sen<strong>do</strong> vota<strong>do</strong><br />

aqui e quem sabe até contribui com alguma sugestão, só para esclarecer. Dra.<br />

Teresa: Mais alguém quer se manifestar sobre o assunto? Dr. Arman<strong>do</strong> Soares: Eu<br />

queria só chamar atenção de um detalhe muito importante dessa exploração que está<br />

sen<strong>do</strong> trata<strong>da</strong> agora que é a proibição <strong>do</strong> corte <strong>da</strong> seringueira, pois a seringueira,<br />

nessas áreas, está com a exploração para<strong>da</strong> e nós estamos fazen<strong>do</strong> um esforço<br />

<strong>da</strong>na<strong>do</strong> para ver se reativamos o seringal nativo e é preciso se ter cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, porque já<br />

há uma proibição legal <strong>do</strong> corte <strong>da</strong> seringueira e eu queria só chamar atenção para<br />

isso, para que se evite que se corte a seringueira enquanto a gente está fazen<strong>do</strong> um<br />

esforço brutal para reativar a ativi<strong>da</strong>de. Dra. Teresa: Mais alguém? Está registra<strong>do</strong><br />

Doutor. Secretário Hildegar<strong>do</strong> Nunes: Sobre esse tema que foi suscita<strong>do</strong> pelo Dr.<br />

Arman<strong>do</strong> que representa a FAEPA neste conselho, na discussão que nós tivemos no


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âmbito <strong>da</strong> secretaria, além <strong>da</strong> análise que nós fizemos <strong>da</strong> proposição que a FIEPA<br />

encaminhou com relação a esta questão florestal <strong>do</strong>s ribeirinhos e que o Neto agora<br />

esclareceu adicionalmente, a secretaria de agricultura está finalizan<strong>do</strong> para<br />

encaminhar a este conselho também uma proposição de alteração de uma resolução<br />

que permite no caso a exploração <strong>do</strong>s seringais nativos, assim como outros produtos<br />

que nós temos, a exemplo <strong>do</strong> açaí e <strong>do</strong> palmito, e aí eu quero narrar, porque estive<br />

recentemente com algumas comuni<strong>da</strong>des aqui <strong>da</strong> região <strong>do</strong> Combu, para o processo<br />

<strong>do</strong> manejo <strong>do</strong> açaizal há a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> retira<strong>da</strong> de algumas estirpes para que<br />

facilite e aumente o processo produtivo <strong>da</strong> fruta, hoje, pelo que existe em nossas<br />

resoluções e legislações, o ribeirinho não pode aproveitar o palmito dessa retira<strong>da</strong>,<br />

então ele joga fora, tem que estragar, porque não é permiti<strong>do</strong> a ele comercializar esse<br />

produto, fruto <strong>do</strong> manejo, então nós estamos propon<strong>do</strong> essa adequação, porque isso<br />

faz parte <strong>do</strong>s tratos culturais necessários ao aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> açaí,<br />

naturalmente com acompanhamento técnico necessário, então nós estamos<br />

trabalhan<strong>do</strong> exatamente nessa questão, adicionalmente à seringueira para que a<br />

gente possa ter essas nossas culturas nativas produzin<strong>do</strong> ren<strong>da</strong> para essas pessoas<br />

dessas comuni<strong>da</strong>des. Dra. Teresa: Obriga<strong>da</strong> secretario, eu acho que essa discussão<br />

que se teve a respeito <strong>do</strong> projeto de licenciamento ambiental <strong>do</strong>s ribeirinhos é uma<br />

pequena amostra <strong>do</strong> que é a nossa reali<strong>da</strong>de em termo de marco regulatório, o que é<br />

a nossa reali<strong>da</strong>de em termo de competência institucional e a necessi<strong>da</strong>de urgente que<br />

nós temos de fazer revisões e adequações para que a gente possa minimamente<br />

estruturar a ativi<strong>da</strong>de econômica nesse Esta<strong>do</strong>. Eu vou me ater, vou focar exatamente<br />

aquilo que nós estamos discutin<strong>do</strong> para não fazer uma análise gigantesca sobre o<br />

assunto e é exatamente dentro disso que eu acho que é oportuno, que nós vamos<br />

iniciar no item “o que ocorrer”, admitin<strong>do</strong> o que o secretário pediu, que então que fosse<br />

posterga<strong>da</strong> até a próxima <strong>reunião</strong>, já incluin<strong>do</strong> o IDEFLOR para fazer o trabalho mais<br />

sincroniza<strong>do</strong>, mas lembrem os senhores conselheiros que na <strong>reunião</strong> passa<strong>da</strong> eu falei<br />

sobre <strong>do</strong>is assuntos, um que eu toquei “em passant” já nesta <strong>reunião</strong> que é sobre a<br />

nova estrutura <strong>da</strong> secretaria de meio ambiente e o encaminhamento que o governa<strong>do</strong>r<br />

está tratan<strong>do</strong> conosco sobre o assunto e uma proposta nossa que eu deixei pendente<br />

para que nós pudéssemos discutir, deliberar na <strong>reunião</strong> de hoje, a partir <strong>do</strong> que eu<br />

tinha levanta<strong>do</strong> na <strong>reunião</strong> anterior, que é a respeito <strong>da</strong> descentralização ambiental<br />

local, a questão <strong>do</strong>s municípios assumirem a condição de fazer a gestão local<br />

acontecer. Do ponto de vista <strong>da</strong> SEMA, especificamente, quan<strong>do</strong> veio para nós a<br />

gestão florestal em mea<strong>do</strong>s de 2006, efetivamente a partir <strong>do</strong> ano de 2007, não foi<br />

feita a adequação na estrutura <strong>do</strong> órgão compatível para receber essa nova missão,<br />

então, muitas <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des que se tem hoje, advém exatamente dessa falta de<br />

adequação e conseqüentemente <strong>do</strong> perfil e <strong>do</strong> preparo <strong>da</strong>s equipes técnicas que<br />

capacita<strong>da</strong>s e a luz <strong>do</strong>s problemas <strong>do</strong> seu cotidiano vão propor a adequação e vão<br />

propor o marco regulatório para poder fun<strong>da</strong>mentar a licença <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Então, isso<br />

tu<strong>do</strong> nós estamos encaminhan<strong>do</strong> nesse momento que nós consideramos de transição,<br />

mas agora com a constatação de que se temos problemas de estrutura e estamos<br />

tentan<strong>do</strong> agora minimizar esse problema com a mensagem <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r que assina<br />

esse decreto essa semana e encaminha à Assembleia Legislativa, por outro la<strong>do</strong> fica o<br />

grande desafio com relação à legislação. A legislação ambiental, como eu digo, é<br />

complexa, está aqui o Dr. Eval<strong>do</strong>, o Dr. Jutiniano, que são pessoas que <strong>do</strong>minam e<br />

estu<strong>da</strong>m o tema e eu por necessi<strong>da</strong>de de gestão começo a ler sobre a matéria, vejo<br />

que ela é muito complexa e é como eu digo para o Dr. Justiniano, lacunar, na medi<strong>da</strong>


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em que ela é incompleta e tem que ir buscar mil recursos e às vezes você não acha a<br />

citação nos marcos legais e ela é muito dura, sem contar que acaba tratan<strong>do</strong> de forma<br />

igual os desiguais. Então, eu acho que esse sim é o nosso grande desafio e ain<strong>da</strong><br />

mais observan<strong>do</strong> que o governo federal ain<strong>da</strong> patina <strong>do</strong> ponto de vista de formatar<br />

essa resolução que dê suporte para os Esta<strong>do</strong>s, e os Esta<strong>do</strong>s é que estão se<br />

antecipan<strong>do</strong>, então dentro de to<strong>do</strong> esse contexto é que nós estamos avançan<strong>do</strong> aqui<br />

na secretaria de meio ambiente, com essa proposta de mu<strong>da</strong>nça, pois ela vai trazer no<br />

seu bojo um grande grupo que vai trabalhar a questão <strong>da</strong> legislação, que inclusive vai<br />

ser objeto de escolha aqui dentro <strong>do</strong> nosso conselho, nós vamos agregar massa<br />

crítica aqui e digo mais ain<strong>da</strong>, nesse momento, nós vamos realmente <strong>da</strong>r estatura e<br />

condições de um instituto como o IDEFLOR ser efetivamente um instituto responsável<br />

pelo desenvolvimento e gestão de florestas, que hoje nós ain<strong>da</strong> temos um limite que<br />

acaba não sen<strong>do</strong> limite, ele é uma zona cinzenta, uma coisa meio difusa que acaba<br />

levan<strong>do</strong> a desconfortos ou a falta de informação precisa com relação a quem faz o<br />

quê, mas eu queria pedir aos senhores um voto de confiança, pois nós estamos<br />

avançan<strong>do</strong> em cima desses problemas, estamos trabalhan<strong>do</strong> em parcerias que eu<br />

quero registrar, tanto com as ONG’s, como a Federação <strong>da</strong> Agricultura, Federação <strong>da</strong>s<br />

Indústrias, dentro <strong>do</strong> conceito que o governa<strong>do</strong>r trabalha de pacto, onde estamos<br />

pedin<strong>do</strong> colaboração, sim, para quem pode colaborar no processo e tentan<strong>do</strong> avançar,<br />

agora nós, pelo cotidiano, estamos convenci<strong>do</strong>s <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de avançar na<br />

descentralização <strong>da</strong> gestão ambiental, o que tem na nossa proposta enquanto SEMA?<br />

Nós estamos de um la<strong>do</strong> fortalecen<strong>do</strong> a desconcentração, as nossas uni<strong>da</strong>des<br />

regionais, porque elas é que <strong>da</strong>rão suporte para a descentralização acontecer e de<br />

outro la<strong>do</strong> pegan<strong>do</strong> os municípios, e aqui eu tenho a relação <strong>do</strong>s mesmos, que já têm<br />

o pedi<strong>do</strong> aqui <strong>da</strong> antiga SECTAM na forma de Termo ou Autorização, para que nós<br />

possamos liberar e já apresentar a <strong>do</strong>cumentação sobre as exigências <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>,<br />

nesse senti<strong>do</strong>, para que a gente possa <strong>da</strong>r a ele a condição de exercer a<br />

descentralização <strong>da</strong> gestão ambiental. Dentre as exigências <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong>, <strong>do</strong> nosso<br />

conselho, nós temos aqui sete exigências básicas, que eu já vou relembrar, onde a<br />

primeira diz respeito ao seguinte: Ter implanta<strong>do</strong> um fun<strong>do</strong> municipal <strong>do</strong> meio<br />

ambiente que deve ser comprova<strong>do</strong> através <strong>da</strong> criação em lei <strong>da</strong> política <strong>do</strong> meio<br />

ambiente, <strong>do</strong> decreto regulamenta<strong>do</strong>r, <strong>da</strong> conta corrente bancária específica e <strong>da</strong><br />

nomeação <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> conselho gestor; ter implanta<strong>do</strong> e em funcionamento um<br />

conselho municipal <strong>do</strong> meio ambiente com caráter deliberativo, ten<strong>do</strong> em sua<br />

composição no mínimo 50% de enti<strong>da</strong>des não-governamentais e aí dá o <strong>do</strong>cumento<br />

de comprovação; Possuir nos quadros <strong>do</strong>s órgãos municipais <strong>do</strong> meio ambiente ou a<br />

disposição <strong>do</strong>s mesmos profissionais competentes com perfil, habilita<strong>do</strong>s para a<br />

realização <strong>do</strong> licenciamento, exigin<strong>do</strong> a devi<strong>da</strong> anotação de responsabili<strong>da</strong>de técnica<br />

ou Conselho e aí diz como deve ser comprova<strong>do</strong>; Possuir servi<strong>do</strong>res municipais com<br />

competência e habili<strong>da</strong>des para o exercício <strong>da</strong> fiscalização ambiental e aí diz também<br />

como deve ser comprova<strong>do</strong>; possuir legislação própria disciplinan<strong>do</strong> o licenciamento<br />

ambiental e as sanções administrativas pelo seu descumprimento e isso estaria então<br />

dentro <strong>da</strong> política municipal <strong>do</strong> meio ambiente, ten<strong>do</strong> como referência o código<br />

ambiental; possuir plano diretor de desenvolvimento urbano o município com<br />

população superior a 20 mil habitantes ou lei de diretrizes urbanas para o município<br />

que tiver população inferior a 20 mil habitantes; possuir plano ambiental aprova<strong>do</strong> pelo<br />

conselho municipal de meio ambiente de acor<strong>do</strong> com as características locais e<br />

regionais. Então eu li essas sete exigências para que a gente possa fazer uma


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avaliação aqui no conselho, e eu estou também com to<strong>do</strong>s os municípios aqui<br />

relaciona<strong>do</strong>s, e eles são hoje em número de 36, seja por habilitação <strong>da</strong> gestão<br />

ambiental a partir <strong>da</strong> nossa resolução nº 79/2009, seja pelo antigo Termo que era<br />

quan<strong>do</strong> a nossa SEMA ain<strong>da</strong> era SECTAM, então qual foi a proposta, aliás, qual a<br />

proposta, melhor dizen<strong>do</strong>, que estou trazen<strong>do</strong> para o conselho para a apreciação <strong>do</strong>s<br />

senhores, além <strong>do</strong> cotidiano nosso aqui na secretaria? Eu queria pedir desculpas e<br />

vou passar a palavra para o conselheiro Amiral<strong>do</strong>. Conselheiro Amiral<strong>do</strong>: Ain<strong>da</strong><br />

sobre o assunto anterior <strong>da</strong> câmara técnica de recursos agropecuários, é assim, os<br />

nossos principais problemas endêmicos hoje no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, vide, malária,<br />

leishmaniose, <strong>do</strong>ença de chagas e <strong>do</strong>enças endêmicas de mo<strong>do</strong> geral, principalmente<br />

essas, elas são decorrentes de uma ocupação desordena<strong>da</strong> e muitas vezes de<br />

exploração desordena<strong>da</strong> de áreas florestais, então, a gente gostaria de subsidiar essa<br />

câmara técnica, com apoio no senti<strong>do</strong> de que esse tipo de exploração, muito<br />

importante para o Esta<strong>do</strong> economicamente falan<strong>do</strong>, fosse devi<strong>da</strong>mente regula<strong>da</strong>,<br />

apoia<strong>da</strong> no senti<strong>do</strong> de evitar que <strong>do</strong>enças como essas que eu citei não aumentem a<br />

sua incidência. Na Ilha <strong>do</strong> Marajó, cita<strong>da</strong> agora pelo Dr. Justiniano, um <strong>do</strong>s principais<br />

problemas hoje é a malária, quase metade <strong>da</strong> malária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, que não é<br />

pouca, são mais de 100 mil casos por ano, são <strong>da</strong> área <strong>do</strong> Marajó, exatamente por<br />

uma exploração desordena<strong>da</strong> <strong>do</strong> palmito, de madeira, em que as pessoas, os<br />

ribeirinhos vão para as áreas sem nenhum ordenamento <strong>do</strong> município, não há<br />

nenhuma legislação nesse senti<strong>do</strong>. Então, assim como em nível nacional, inclusive o<br />

próprio CONAMA já tem legislação para a questão de novos assentamentos em<br />

conjunto com o INCRA, eu acho que nesse senti<strong>do</strong> dessas questões de licenciamento<br />

ambiental simplifica<strong>do</strong> a gente poderia <strong>da</strong>r algum apoio para que se pudesse estar<br />

evitan<strong>do</strong> esses tipos de problemas, eu acho que é meio para<strong>do</strong>xal, infelizmente aqui<br />

no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará a gente tem uma riqueza de recursos naturais imensas, mas ao<br />

mesmo tempo, nós temos sérios problemas na exploração dessas riquezas<br />

principalmente no que concerne às <strong>do</strong>enças endêmicas. To<strong>do</strong>s nós aqui sabemos que<br />

é um <strong>do</strong>s grandes problemas ain<strong>da</strong> <strong>da</strong> Amazônia como um to<strong>do</strong>, que a gente<br />

exatamente neste momento precisa criar legislações que minimamente evitem uma<br />

exposição maior e consequentemente a gente tenha riscos a esses problemas<br />

diminuí<strong>do</strong>s. Então é isso que a gente queria colocar enquanto saúde pública, que eu<br />

acho que é a forma, a gente fica até meio inibi<strong>do</strong>, mas é meio complica<strong>do</strong> por que o<br />

desenvolvimento, muitas vezes, econômico, ele traz sérios problemas de saúde<br />

pública e a gente não quer inviabilizar o desenvolvimento, eu só acho que a gente tem<br />

que se preocupar com as exposições, com os condicionantes, determinantes de<br />

<strong>do</strong>enças em to<strong>do</strong>s os processos que elevem ao desenvolvimento sócio-econômico.<br />

Dra. Teresa Cativo: Eu queria agradecer, totalmente pertinente a sua colocação, já se<br />

sinta, se to<strong>do</strong>s concor<strong>da</strong>rem, incluí<strong>do</strong> nesse grupo, nessa câmara. Eu vejo assim,<br />

ca<strong>da</strong> vez que vem uma contribuição, uma colocação, como fez o conselheiro <strong>da</strong><br />

SESPA, eu vejo a oportuni<strong>da</strong>de que nós temos de fazer <strong>do</strong> Conselho Estadual de<br />

Meio Ambiente, até pela natureza <strong>da</strong> questão ambiental, um grande fórum de debates<br />

que nosso Esta<strong>do</strong> precisa exatamente pela transversali<strong>da</strong>de que a gente trabalha <strong>da</strong><br />

questão ambiental. Então, talvez, as outras áreas setoriais sejam muito mais limita<strong>da</strong>s<br />

e foca<strong>da</strong>s, e eu só vou fazer, talvez, uma exceção aqui para área de ciência,<br />

tecnologia e informação, que também, como a questão ambiental, é transversal. Mas<br />

vejo que nós poderemos avançar bastante e discutir uma coisa que eu acho que é<br />

fun<strong>da</strong>mental, que é discutir o meio ambiente para o homem e para o desenvolvimento.


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Uma <strong>da</strong>s coisas que tem me angustia<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> vejo essas intervenções <strong>do</strong> governo<br />

federal, não sou a favor, quero dizer aqui, de desmatamento, não sou a favor de<br />

anarquia institucional local, na<strong>da</strong> disso, mas quan<strong>do</strong> eu vejo, eu fico me questionan<strong>do</strong><br />

sobre o desconhecimento de Brasília em relação sobre a nossa reali<strong>da</strong>de. E aqui<br />

sentamos nós paraenses, por a<strong>do</strong>ção ou por nascimento, e queremos <strong>da</strong>r sim<br />

soluções ao nosso Esta<strong>do</strong>, e aí eu vou voltar para questão <strong>da</strong> descentralização <strong>da</strong><br />

gestão ambiental, com certeza, por ser no município que o problema acontece, é lá<br />

que nós temos condições de fazer melhor a gestão ambiental local. Qual é o problema<br />

que a secretaria tem hoje para fazer isso acontecer? E aí eu vou apresentar para os<br />

senhores aquelas duas propostas que eu fiz na <strong>reunião</strong> anterior para a gente refletir e<br />

tirar aqui um encaminhamento que a gente possa conseguir para fazer acontecer. De<br />

direito nós teríamos então 36 municípios onde estão elenca<strong>do</strong>s os grandes e os mais<br />

problemáticos que já teriam condições de fazer a gestão ambiental local, uns inclusive<br />

reconheci<strong>do</strong>s aqui, mas que na prática a gente sabe que não tem as efetivas<br />

condições dessa realização, mas eu penso se nós tivermos quatro condições exigi<strong>da</strong>s,<br />

como primeiro, a aprovação <strong>da</strong> lei <strong>do</strong> município; segun<strong>do</strong>, uma estrutura em ca<strong>da</strong><br />

município para fazer a gestão ambiental; terceiro, o conselho e quarto, o fun<strong>do</strong>. Deixar<br />

que o plano seja elabora<strong>do</strong> no próprio município por aquela equipe que vai ser<br />

constituí<strong>da</strong> pela exigência <strong>do</strong> conselho e pelo próprio município, por que senão nós<br />

não vamos avançar, e aí, claro, a SEMA não pode se eximir <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de, até<br />

porque, por delegação, isso passa ao município, embora a lei lá diga que seja de<br />

competência dele o impacto ambiental local. Qual é a minha proposta? Que a gente<br />

pudesse deixar esses quatro como exigências básicas e os outros como<br />

condicionantes que nós sempre monitorássemos na condição de gestores e a SEMA<br />

na condição de secretaria estadual, sempre monitorasse pelas suas uni<strong>da</strong>des<br />

desconcentra<strong>da</strong>s o desempenho desses municípios, para evitar aquilo que eu digo, é<br />

municipalização e não prefeiturização. E se nós concordássemos, a partir de hoje,<br />

então, nós provocaríamos uma correspondência aos senhores prefeitos e eles teriam<br />

um prazo de até 90 dias para responder a secretaria se têm ou não condições de fazer<br />

essa descentralização acontecer no seu município. Porque hoje, gente, há uma falta<br />

de estrutura, há uma desinformação e vêm aqui para nós na sema como se fossemos<br />

lentos, inertes e o que é pior, tivéssemos atravancan<strong>do</strong> o processo local. Então, eu<br />

penso se nós tivermos uma política e aí tem um instrumento, e porque tem esse<br />

instrumento? O próprio governo federal começou com o TAC <strong>da</strong> carne, depois com a<br />

questão <strong>do</strong> desmatamento, tem o fun<strong>do</strong> Amazônia que disponibiliza equipamento,<br />

capacitação para esses municípios e nós já listamos e já passamos inclusive para a<br />

secretaria de produção hoje, para o secretário Sidney, que hoje já nem é mais<br />

secretaria de produção, mas já passamos para ele to<strong>do</strong>s os critérios técnicos que a<br />

SEMA trabalhou para poder ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s municípios <strong>da</strong> operação arco verde, que foi a<br />

que substituiu, eu chamo entre aspas, porque foi a arco de fogo, depois vieram para<br />

tentar minimizar o <strong>da</strong>no com a operação arco verde, nós já realizamos to<strong>do</strong>s esses<br />

estu<strong>do</strong>s técnicos, eu tenho aqui inclusive uma cópia, mas não estou autoriza<strong>da</strong> para<br />

disponibilizá-lo porque isso faz parte de um trabalho cujo resulta<strong>do</strong> é que vai <strong>da</strong>r<br />

produto para a consultora poder realizar o relatório final e receber pelo produto, mas já<br />

está aqui, inclusive, quem quiser pode vir aqui tomar conhecimento e conferir o que<br />

nós estamos colocan<strong>do</strong>, inclusive, mostran<strong>do</strong> que tem uma correlação muito forte<br />

entre onde tem URE próxima e a descentralização <strong>da</strong> gestão ambiental, por isso que<br />

por exemplo na Ilha <strong>do</strong> Marajó é zera<strong>do</strong>, não tem na<strong>da</strong>. Do nosso projeto nós estamos


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propon<strong>do</strong> criar até 12 URE’s, Ure’s para fortalecer exatamente o processo de<br />

descentralização. Então, para sintetizar, o que é que a gente precisa avaliar aqui no<br />

conselho e caso seja de interesse <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, os senhores poderiam <strong>da</strong>r a mim o<br />

conforto institucional que eu preciso ter para poder levar a ação em frente e que a<br />

gente pudesse então dizer em nome ou aprova<strong>do</strong> por esse conselho, nós estaríamos<br />

instan<strong>do</strong> os municípios em um prazo de até 90 dias, manifestarem-se sobre a questão<br />

<strong>do</strong> interesse em fazer a gestão ambiental local conforme a própria lei já o diz, para<br />

isso o que é necessário? Aprovar a lei, aquilo que a resolução <strong>do</strong> <strong>COEMA</strong> já<br />

estabeleceu, exigir os quatro principais; a lei, a estrutura, o conselho e o fun<strong>do</strong>, com os<br />

condicionantes suplementares que são outras exigências que nós colocamos, como<br />

plano diretor, plano de desenvolvimento urbano e assim por diante. Se isso for<br />

possível, peço que os senhores reflitam, nós vamos fazer duas coisas ao mesmo<br />

tempo; primeiro nós vamos formalizar o que hoje já acontece na informali<strong>da</strong>de;<br />

segun<strong>do</strong>, nós vamos chamar os prefeitos para que eles possam assumir a<br />

responsabili<strong>da</strong>de que lhe cabe, o que é bom para o prefeito, pois inclusive ele pode<br />

arreca<strong>da</strong>r as taxas locais, agora tem situações de prefeituras que já externaram a nós<br />

que não têm interesse em assumir, então esses que não tiverem interesse, o Esta<strong>do</strong><br />

supletivamente continuará fazen<strong>do</strong> a gestão ambiental centraliza<strong>da</strong> aqui no nosso<br />

Esta<strong>do</strong>, com os senhores a palavra. Dr. Hildegar<strong>do</strong>: Senhora Secretária, primeiro<br />

quero manifestar o nosso apoio a essa proposição para adequação <strong>do</strong>s municípios,<br />

até porque enten<strong>do</strong> que exatamente com a criação <strong>do</strong> conselho municipal você terá o<br />

fórum adequa<strong>do</strong> para fazer a análise desses planos que serão construí<strong>do</strong>s localmente,<br />

então creio ser muito mais eficaz para o processo to<strong>do</strong> ter as quatro exigências e<br />

ficarem os planos como condicionantes para serem acompanha<strong>do</strong>s pelo próprio<br />

conselho que é uma pré-condição para esse processo de descentralização, mas eu<br />

quero aproveitar, já que nós estamos no item “o que ocorrer”, para falar exatamente e<br />

aproveitar duas palavras que foram menciona<strong>da</strong>s, o impacto e a interferência federal<br />

no nosso território. Eu estive no último final de semana agora, nesta quinta-feira, no<br />

sul <strong>do</strong> Pará, mais precisamente no município de Xinguara, e <strong>do</strong>is episódios me foram<br />

relata<strong>do</strong>s e que me parecem que constituem nessa ver<strong>da</strong>deira balbúrdia institucional e<br />

num ato de desrespeito a própria uni<strong>da</strong>de federativa, primeiro; proprie<strong>da</strong>des e<br />

ativi<strong>da</strong>des, lá na região, com licenciamento ambiental <strong>da</strong> SEMA e que o IBAMA passa<br />

por cima, desconhece e multa, segun<strong>do</strong>; o IBAMA que pode atuar supletivamente<br />

quan<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> não tem estrutura, começou agora a multar as proprie<strong>da</strong>des pelo uso<br />

de defensivos ou agrotóxicos, o que é competência <strong>da</strong> ADEPARÁ fazer essa<br />

fiscalização e a ADEPARÁ está em 128 municípios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, portanto não pode ser<br />

alega<strong>da</strong> a falta de condição de fazer, até porque tem no quadro <strong>da</strong> ADEPARÁ<br />

profissionais habilita<strong>do</strong>s para fazerem isso, mas o IBAMA mais uma vez chega, passa<br />

por cima <strong>da</strong> competência estadual, competência legal e está multan<strong>do</strong>, autuan<strong>do</strong><br />

proprietários rurais pelo uso de defensivos agrícolas, portanto, creio eu, que um <strong>do</strong>s<br />

principais pontos é nós estabelecermos um diálogo com a União Federal e com o<br />

IBAMA, principalmente. O que não dá para aceitar é esse tipo de situação, pois, se<br />

tem um processo de licenciamento, que é rigoroso, que é exigente, feito pela SEMA, e<br />

o IBAMA o desconhece, passa por cima e autua quem está trabalhan<strong>do</strong> legalmente,<br />

visto que tem o licenciamento necessário, isso tem que ser questiona<strong>do</strong>. Se é na área<br />

<strong>da</strong> produção, ele interfere nas ativi<strong>da</strong>des que são competências <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> pela<br />

ADEPARÁ e as coisas ficam ver<strong>da</strong>deiramente essa balbúrdia institucional e o setor<br />

produtivo penaliza<strong>do</strong> porque não sabe a quem mais recorrer, já que pensa que está


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fazen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> legalmente quan<strong>do</strong> licencia, mas de na<strong>da</strong> vale esse licenciamento aos<br />

olhos <strong>do</strong> próprio governo federal. Então, acho que esse conselho, adicionalmente ao<br />

esforço que o governo estadual precisa fazer, precisa ter impacto e um entendimento<br />

com o governo federal e particularmente com o IBAMA com relação a esses<br />

procedimentos que ocorrem em nosso território. Dr. Carlos Xavier: Secretária, em<br />

forma adicional a senhora me permite. Dra. Teresa: Pois não. Dr. Xavier:<br />

complementan<strong>do</strong> a fala de sua excelência o Secretário de Agricultura, eu quero dizer a<br />

Vossa Excelência que esse fato já narra<strong>do</strong> aqui por mim, o secretário minimizou, ele é<br />

muito mais sério, eles estão aplican<strong>do</strong> aquele Decreto 6514 que nós estamos<br />

levantan<strong>do</strong> a inconstitucionali<strong>da</strong>de dele e que já foi dito pelo próprio Minc que é<br />

inconstitucional, pois na hora que o IBAMA faz a autuação, ele apreende as máquinas<br />

e já distribui as mesmas, é um negócio assim assusta<strong>do</strong>r, secretária, e que nós<br />

precisamos tomar uma posição imediata em relação a isso. O IBAMA chega lá, autua,<br />

prende as máquinas e depois as distribui e eu gostaria que a senhora levasse em<br />

consideração essa denúncia aqui, pois ela é muito séria. Dra. Teresa: Deixa eu<br />

colocar com a palavra o representante <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> SEMA, depois o Dr. Zurita e<br />

depois to<strong>do</strong>s vão se manifestar sobre o assunto, mas eu queria só separar em <strong>do</strong>is<br />

questionamentos, em duas condições. A primeira é a seguinte; nós temos procura<strong>do</strong><br />

nos articular com o IBAMA para tentar ver se minimamente nós conseguimos fazer<br />

uma ação integra<strong>da</strong> para minimizar esse problema, agora penso que podemos sim<br />

provocar pelo <strong>COEMA</strong>, mas que isso tem que ser uma posição de governo, para<br />

depois não chegar e dizer que realmente é uma posição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Eu não digo de<br />

Esta<strong>do</strong> porque na dimensão federal é o IBAMA que assim procede, mas eu acho que<br />

pelo Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, pelo governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, e aqui nós temos vários<br />

representantes, a gente pode puxar pelo <strong>COEMA</strong>, porque o IBAMA é a fiscalização <strong>do</strong><br />

órgão ambiental federal que, justifican<strong>do</strong> o caráter supletivo, tem feito essas ações<br />

aqui dentro <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>. Nós estamos procuran<strong>do</strong> trazer o IBAMA para dialogar<br />

conosco e uma <strong>da</strong>s questões que foi coloca<strong>da</strong> para mim pelo Dr. Sérgio Suzuki, que é<br />

uma pessoa que está aqui, é um parceiro, foi: olha Teresa, tem determina<strong>da</strong>s coisas<br />

que eu já recebo de Brasília a ordem, que não passam pelo IBAMA local. Então eu só<br />

quero <strong>da</strong>r essa informação para também dizer a este conselho que nós estamos<br />

próximos <strong>do</strong> problema, nós estamos chaman<strong>do</strong> para dialogar, nós estamos tentan<strong>do</strong><br />

minimizar alguns <strong>do</strong>s problemas por eles causa<strong>do</strong>s, eu quero dizer o seguinte, que em<br />

relação aos municípios eles fizeram aí apreensões justifican<strong>do</strong> que as mesmas tinham<br />

si<strong>do</strong> em função de ausência de informação nossa, <strong>da</strong>qui, nós então corremos atrás,<br />

inclusive, man<strong>da</strong>mos fazer uma vistoria rápi<strong>da</strong> e estamos com uma outra vistoria em<br />

Nova Ipixuna para tentar ver se a gente minimiza o problema, agora eu acho que ele<br />

só se resolverá quan<strong>do</strong> nós tratarmos na base. Então se os senhores concor<strong>da</strong>rem<br />

nós ficamos responsáveis por fazer, por elaborar um <strong>do</strong>cumento como provocação <strong>do</strong><br />

<strong>COEMA</strong>, man<strong>da</strong>mos a to<strong>do</strong>s os conselheiros por e-mail, ca<strong>da</strong> um dá a sua<br />

contribuição e depois na próxima <strong>reunião</strong> a gente pode fechar como sen<strong>do</strong> uma<br />

manifestação, uma provocação nossa em relação a esta questão. Mas têm quatro<br />

pessoas inscritas, eu só queria lembrar que a despeito <strong>da</strong> oportuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> discussão<br />

<strong>do</strong> tema, que ela é nossa, é pertinente, é estratégica, é importante, nós estamos<br />

naquele item que diz respeito à autorização <strong>do</strong> Conselho para que a gente possa fazer<br />

avançar o processo de descentralização <strong>da</strong> gestão ambiental, com a palavra o<br />

representante <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> SEMA. Toma a palavra o senhor Marco Antônio<br />

Carrera: Bom dia a to<strong>do</strong>s, meu nome é Marco Antônio Carrera Ferreira, ou


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simplesmente, Carrera. Eu sou um <strong>do</strong>s coordena<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s<br />

Trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> gestão ambiental <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará que envolve o IDEFLOR,<br />

represento os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> IDEFLOR, <strong>da</strong> SEMA e <strong>da</strong>s Secretarias Municipais <strong>do</strong><br />

meio ambiente. Bem, essa questão <strong>da</strong> descentralização para nós é vital, é<br />

fun<strong>da</strong>mental, pois passa<strong>do</strong> 30 anos <strong>da</strong> aprovação <strong>da</strong> política nacional de meio<br />

ambiente, nós temos em nosso Esta<strong>do</strong> menos de 40% de municípios<br />

descentraliza<strong>do</strong>s, em nível de País, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s de 2005 <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Meio ambiente<br />

chegam a menos de 50%, ou seja, na ver<strong>da</strong>de quem tem assumi<strong>do</strong> são os Esta<strong>do</strong>s, a<br />

partir <strong>do</strong>s seus órgãos ambientais e quan<strong>do</strong> os municípios já deveriam ter avança<strong>do</strong><br />

suficientemente. Infelizmente no nosso Esta<strong>do</strong> nós encontramos ain<strong>da</strong> Prefeitos que<br />

não querem, essa questão não é de querer, no nosso entendimento ela tem de ser<br />

impositiva, porque em nível nacional nós temos a política nacional de meio ambiente<br />

que determina que o município faz parte <strong>do</strong> sistema nacional de meio ambiente e tem<br />

as suas competências. Aqui no Esta<strong>do</strong>, este <strong>COEMA</strong>, já definiu a Resolução 79, que<br />

estabelece to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des de impactos locais que os municípios devem assumir,<br />

portanto nós entendemos que não deve ser mais pergunta<strong>do</strong> ao município se ele deve<br />

ou não assumir, ele deve efetivamente assumir e que o Esta<strong>do</strong> vá fazer ativi<strong>da</strong>de<br />

naqueles municípios em que os prefeitos não querem assumir, porém, que cobre<br />

desses municípios efetivamente pelos serviços presta<strong>do</strong>s em seu território. O que não<br />

dá é para o Esta<strong>do</strong> que já dispõe de uma legislação ambiental, inclusive mais<br />

completa <strong>do</strong> que de muitos Esta<strong>do</strong>s, continuar atuan<strong>do</strong> naquelas ativi<strong>da</strong>des de<br />

impacto local naquele município, isso é inadmissível e nós sugerimos a este conselho<br />

que busque efetivamente criar mecanismo para que, progressivamente, esses<br />

municípios cumpram a sua função constitucional, ela é constitucional! Então esse é o<br />

primeiro elemento que a gente gostaria de colocar sobre a questão <strong>da</strong><br />

descentralização, o segun<strong>do</strong> aspecto <strong>da</strong> descentralização é que os municípios dizem<br />

que há apenas ônus, mas tem um fun<strong>do</strong> municipal, é ver<strong>da</strong>de, que é importante para<br />

arreca<strong>da</strong>ção e crescimento <strong>da</strong> receita <strong>do</strong> município, no entanto o fun<strong>do</strong> estadual de<br />

meio ambiente também serve para <strong>da</strong>r suporte, porém, nesses últimos anos não tem<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong> esse suporte aos municípios, deixan<strong>do</strong> os mesmo aquém, de fora <strong>do</strong> acesso a<br />

esses recursos fun<strong>da</strong>mentais para desenvolver a política municipal de meio ambiente.<br />

O terceiro aspecto desse processo de descentralização, é que eu tenho observa<strong>do</strong>,<br />

porque eu sou funcionário <strong>da</strong> SEMA e trabalho na diretoria de planejamento e estou<br />

licencia<strong>do</strong> para o sindicato momento é que quan<strong>do</strong> há a instituição desse processo no<br />

sistema municipal de meio ambiente, há, via de regra, um isolamento <strong>do</strong> poder<br />

executivo municipal em relação a socie<strong>da</strong>de, to<strong>do</strong> o arcabouço legal, o processo<br />

constitutivo <strong>do</strong> sistema municipal de meio ambiente se dá de forma quase que<br />

exclusiva pelo poder público local, ou seja, a dimensão ambiental é uma dimensão<br />

para to<strong>do</strong>s, socie<strong>da</strong>de civil, poder público e está na constituição que a socie<strong>da</strong>de<br />

coletiva deve assumir também, o poder público tem que obrigatoriamente trazer,<br />

convi<strong>da</strong>r, estimular a participação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil, o que via de regra não deveria<br />

ocorrer. O que ocorre são algumas sessões para apresentar alguma coisa, ou seja, a<br />

fragili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> sistema perpetua lá na ponta e o sistema, seja ele estadual, como o<br />

SISEMA, ou municipal, ou nacional, não vai <strong>da</strong>r conta de combater os vários crimes<br />

ambientais, as infrações ambientais, se apenas o poder público estiver estrutura<strong>do</strong>, ele<br />

sozinho não vai <strong>da</strong>r conta. E é por isso que o IBAMA chega, ao contrário <strong>do</strong> que se diz<br />

aqui, eu enten<strong>do</strong> que o IBAMA ain<strong>da</strong> se faz necessário e muito aqui, nós temos casos<br />

e nós já apresentamos para a Secretária, de empresas no sul <strong>do</strong> Pará que com


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licenciamento cometem crime ambiental, então, licenciamento de ativi<strong>da</strong>des não quer<br />

dizer necessariamente que a empresa esteja operan<strong>do</strong> legalmente <strong>do</strong> ponto de vista<br />

ambiental, ela comete crime ambiental e como esta é uma atribuição comum a União,<br />

ao Esta<strong>do</strong> e ao Município, o IBAMA também cumpre o seu papel, mas agora isso<br />

porque nós temos uma SEMA ain<strong>da</strong> que tem uma lacuna histórica, nós temos aqui<br />

concursa<strong>do</strong>s, menos de duzentas pessoas, boa parte <strong>do</strong>s nossos funcionários com<br />

<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, mestra<strong>do</strong>, especialização tem saí<strong>do</strong>, procura<strong>do</strong> outros empregos, porque<br />

aqui o que se ganha são R$-5<strong>45</strong>,00(quinhentos e quarenta e cinco reais) e assim<br />

quem é que vai ficar aqui? Nós temos uma estrutura que comporta 1.200 (mil e<br />

duzentos) funcionários pela legislação e está no departamento de recursos humanos<br />

esta necessi<strong>da</strong>de, temos que abrir concurso público, a Secretária já se comprometeu,<br />

mas para quantos? Se não for no mínimo à metade disso, nós vamos continuar com<br />

essa lacuna e necessitan<strong>do</strong> <strong>da</strong> intervenção <strong>do</strong> IBAMA, mesmo a gente regozijan<strong>do</strong> e<br />

não queren<strong>do</strong> essa intervenção, mas se faz necessária a ação comum pelo menos na<br />

fiscalização, pois uma SEMA <strong>da</strong> dimensão territorial como a <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong> não tem<br />

um “helicopterozinho” para sair <strong>da</strong>qui, os nossos funcionários saem sem diárias, sem<br />

condições de trabalho nenhuma para fazer operação de fiscalização. Então essa<br />

dimensão <strong>da</strong> descentralização é fun<strong>da</strong>mental e nós temos dito à secretária que é<br />

importante e conta com nosso apoio, no entanto, precisamos envolver a socie<strong>da</strong>de<br />

civil, precisamos efetivamente fazer com que esses municípios acessem o fun<strong>do</strong><br />

estadual de meio ambiente e a gente democratize essa relação. Por último, para<br />

concluir, eu gostaria de dizer que a reforma que a secretária se refere aí, infelizmente,<br />

em que pese nós termos ti<strong>do</strong> muitas conversas com a secretária e esse é um la<strong>do</strong><br />

positivo dessa administração, diferentemente <strong>da</strong> anterior, mas nós servi<strong>do</strong>res públicos<br />

seremos afeta<strong>do</strong>s diretamente com isto, pois, não tivemos acesso a nenhuma<br />

informação oficial sobre essa reforma. A secretária convocou uma <strong>reunião</strong>, é ver<strong>da</strong>de,<br />

com os servi<strong>do</strong>res às 16h no Parque <strong>do</strong> Utinga, mas a maioria <strong>do</strong>s servi<strong>do</strong>res trabalha<br />

até às 14h, logo, foi impossível comparecer, porque a maioria <strong>da</strong>s pessoas <strong>da</strong>qui tem<br />

segun<strong>do</strong> emprego. Então efetivamente nesse sindicato tem uma cópia dessa minuta<br />

que já vai para a Assembleia Legislativa e nós já fizemos oficialmente o pedi<strong>do</strong> à<br />

Secretária, até hoje não temos resposta. Esse Conselho tem uma importância<br />

estratégica para discutir essa reformulação em detalhes e nós pegamos pelos<br />

corre<strong>do</strong>res uma minuta <strong>do</strong> projeto, onde lá abre brechas inclusive para terceirização<br />

<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des fins desta secretaria, nós achamos que isso pode ser perigoso demais,<br />

muito perigoso, porque nós já vivemos esse processo anteriormente aqui com<br />

terceirização, com ven<strong>da</strong> de licenciamento, pseu<strong>da</strong> fiscalização em empreendimento.<br />

Eu não estou dizen<strong>do</strong> que vai ocorrer, mas esta gestão passa e outros virão, portanto,<br />

nós estamos sugerin<strong>do</strong> e apresentan<strong>do</strong> a este conselho conforme conhecermos e<br />

apropriarmos, melhorarmos ain<strong>da</strong> mais o conteú<strong>do</strong> dessa minuta que foi ao<br />

governa<strong>do</strong>r ou irar ao governa<strong>do</strong>r e depois à Assembléia Legislativa na forma de<br />

projeto para que a gente aprecie. Porque não pode ser possível que um sindicato,<br />

representante de uma categoria de base estadual, e a categoria dentro <strong>da</strong> principal<br />

instituição que faz a política ambiental, sequer ser ouvi<strong>do</strong>, sequer ter acesso as<br />

informações que estão sen<strong>do</strong> constituí<strong>da</strong>s, portanto apresentamos a este conselho,<br />

porque é de competência desse conselho também discutir, não apenas ser informa<strong>do</strong><br />

sobre a reformulação. Por isso que nós estamos sugerin<strong>do</strong> então como proposta<br />

desse conselho e a secretária, que apresente a minuta por detalhe, não são as caixas,<br />

as idealizações, concepção <strong>do</strong> projeto, mas efetivamente artigo por artigo. Estão


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sen<strong>do</strong> cria<strong>da</strong>s diretorias, estão sen<strong>do</strong> cria<strong>da</strong>s assessorias, estão sen<strong>do</strong> cria<strong>da</strong>s<br />

secretárias adjuntas, está sen<strong>do</strong> cria<strong>da</strong> uma produtivi<strong>da</strong>de onde o funcionário terá<br />

acesso a essa produtivi<strong>da</strong>de só depois que alcançar setenta por cento, com o salário<br />

de R$-5<strong>45</strong>,00, nós não temos mais condições de fazer mais coisas na situação em<br />

que nós estamos, portanto, o sistema vai continuar assim, meio capenga, se nós não<br />

melhorarmos as condições externas, já propusemos a secretária, vamos formar uma<br />

comissão de PCCR, vamos chamar o concurso público e vamos fazer efetivamente o<br />

debate dessa reforma. O que não pode é nós ficarmos aqui, servi<strong>do</strong>res públicos com<br />

muita capaci<strong>da</strong>de aqui dentro instala<strong>da</strong> e não sermos ouvi<strong>do</strong>s, temos uma consultoria<br />

muito competente, quero frisar isto, muito competente. As mu<strong>da</strong>nças são necessárias,<br />

mas o méto<strong>do</strong> não está sen<strong>do</strong> democrático, não está sen<strong>do</strong> transparente e nós<br />

particularmente servi<strong>do</strong>res públicos desta casa não achamos que isso vá melhorar as<br />

condições de trabalho, salário, para afetar na missão institucional dessa secretaria que<br />

é efetivamente proteger os recursos naturais contra ações maléficas que se<br />

desenvolvem no dia a dia no interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, portanto, estamos deixan<strong>do</strong> estas<br />

duas sugestões, que venha a minuta para este conselho discutir e porque é a sua<br />

competência fazer isso e que a secretária abra efetivamente e apresente essa minuta<br />

para os servi<strong>do</strong>res e que seja debati<strong>do</strong> isso aqui, porque se não fizermos isso aqui,<br />

nós vamos fazer em frente à Assembléia Legislativa, dentro <strong>da</strong> Assembleia e nós<br />

achamos desnecessário isto, já que nós temos um fórum tão plural, tão democrático<br />

que é este aqui. Muito obriga<strong>do</strong>. Dra. Teresa: Eu queria pedir aos conselheiros que o<br />

Dr. Eval<strong>do</strong> está escrito e que tem várias pessoas escritas e que to<strong>da</strong>s se manifestem,<br />

mas depois, eu pudesse esclarecer os encaminhamentos que foram <strong>da</strong><strong>do</strong>s. Dr.<br />

Hildegar<strong>do</strong> Nunes: Eu sugiro que a senhora, por favor, use o tempo que achar<br />

necessário. Dra. Teresa: Então, é porque o Dr. Eval<strong>do</strong> estava inscrito e eu não sei se<br />

era por esse assunto ou se eu posso responder logo. Dr. Eval<strong>do</strong>: Fique a vontade<br />

secretária. Dra. Teresa: Eu acho que é muito bom que em uma socie<strong>da</strong>de<br />

democrática a gente possa debater os temas que realmente são relevantes, e eu<br />

quero dizer também que fui eu, enquanto secretária, que optei por ter como<br />

representante <strong>do</strong> nosso servi<strong>do</strong>r aqui no nosso conselho, o presidente <strong>do</strong> sindicato,<br />

representante <strong>do</strong> sindicato, exatamente para estimular este tipo de debate e me sinto<br />

totalmente confortável quan<strong>do</strong> nas colocações que ele faz e ele mesmo explicita o que<br />

é bom, o que não é, o que foi encaminha<strong>do</strong>, o que a gente tem que fazer. Não existe o<br />

ótimo, não é isso? Mas a que eu tenha conhecimento, nós não tínhamos na gestão<br />

anterior, nas gestões anteriores, com to<strong>da</strong> a ética que me cabe com relação aos<br />

secretários passa<strong>do</strong>s, a gente não tinha essa oportuni<strong>da</strong>de de ter o sindicato aqui<br />

senta<strong>do</strong>. Agora, Carrera eu ia dizer para você o seguinte; primeiro, eu agradeço a sua<br />

contribuição, porque <strong>do</strong>s cem por cento que você colocou, tiran<strong>do</strong> aquela parte mais<br />

infla<strong>da</strong>, como se você estivesse em uma <strong>reunião</strong> com os colegas, servi<strong>do</strong>res e<br />

precisasse se firmar enquanto sindicato, mas aqui estamos em um fórum menor, a<br />

gente não precisa falar tão alto, mas aí eu acho que como estreante nesse fórum tu<strong>do</strong><br />

se justifica; segun<strong>do</strong>, eu lamento porque foi provoca<strong>do</strong> por mim sim a <strong>reunião</strong> com os<br />

servi<strong>do</strong>res e quan<strong>do</strong> o servi<strong>do</strong>r se o interessa e quer participar, ele vai aos debates.<br />

Nós temos ti<strong>do</strong> uma administração descentraliza<strong>da</strong>, aberta, estrutura<strong>da</strong>, organiza<strong>da</strong>,<br />

agora, ninguém pode trabalhar com serie<strong>da</strong>de se não for com transparência, a<br />

questão, por exemplo, que me incomo<strong>do</strong>u <strong>da</strong> sua fala não foi na<strong>da</strong> <strong>do</strong> que você<br />

colocou, o contexto, como se fosse uma proposta impositiva, o que não é. Os colegas<br />

<strong>da</strong> casa sabem que não é, e se estivermos insatisfeitos, vamos debater na assembléia


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Legislativa. O que eu estou é não perden<strong>do</strong> a oportuni<strong>da</strong>de, o momento histórico de<br />

poder fazer avançar uma mu<strong>da</strong>nça significativa para o sistema estadual <strong>do</strong> meio<br />

ambiente, porque se eu não colocasse no tempo devi<strong>do</strong> não entraria este ano na<br />

Assembleia e nós iríamos perder oportuni<strong>da</strong>des. Então esse tem si<strong>do</strong> o meu papel <strong>do</strong><br />

ponto de vista de tentar construir um novo, dentro de uma celeri<strong>da</strong>de maior. Com<br />

relação aos fun<strong>do</strong>s, recursos financeiros, a sua colocação, esta sim, não que me<br />

incomode, porque a minha história de vi<strong>da</strong> é o meu lastro, mas o que eu quero dizer<br />

aqui é que hoje está na web, estão na nossa página <strong>da</strong> internet to<strong>do</strong>s os recursos <strong>do</strong><br />

FEMA, inclusive liga<strong>do</strong>s ao SIAFEN, para to<strong>da</strong> vez que houver movimentação possa<br />

estar com transparência à movimentação a ser indica<strong>da</strong>. Agora para recurso de<br />

compensação tem um regramento para o uso, eu só posso usar nas uni<strong>da</strong>des para<br />

onde o recurso foi estabeleci<strong>do</strong>, tem a resolução <strong>do</strong> CONAMA que cria o SNUC e ela<br />

é clara e eu não vou usar recurso de compensação onde não tiver o seu plano de<br />

manejo, o seu grupo gestor e o plano de trabalho para ser utiliza<strong>do</strong> e se isso incomo<strong>da</strong><br />

os servi<strong>do</strong>res <strong>da</strong> casa, paciência. Essa é uma regra de gestão e digo mais, esses<br />

recursos, eles não são recursos para serem utiliza<strong>do</strong>s pela SEMA, são recursos para<br />

serem utiliza<strong>do</strong>s pela equipe, pelas diferentes secretarias de esta<strong>do</strong> e aqui houve a<br />

intervenção <strong>da</strong> SESPA e tantas outras, por quê? Porque ele tem que <strong>da</strong>r atendimento<br />

aos efeitos, aos <strong>da</strong>nos ambientais, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> envolver a população tradicional.<br />

Sei <strong>da</strong> mega-responsabili<strong>da</strong>de que significa gerir um órgão dessa natureza, mas<br />

senhores conselheiros, transparência, morali<strong>da</strong>de, responsabili<strong>da</strong>de para mim não são<br />

absolutamente quali<strong>da</strong>des de um gestor, são pré-condições para sentar em um cargo<br />

de gestor público <strong>do</strong> nosso esta<strong>do</strong>. Então os senhores podem ficar com certeza<br />

informa<strong>do</strong>s de que tu<strong>do</strong> aquilo que nós discutimos no projeto de mu<strong>da</strong>nça, foi discuti<strong>do</strong><br />

com uma consultoria externa de alto nível que passou oito anos como secretário de<br />

planejamento <strong>do</strong> governo Aécio Neves, podia ser de outro governo qualquer, mas<br />

estou dizen<strong>do</strong> oito anos como secretário de meio ambiente de uma secretaria de meio<br />

ambiente de um Esta<strong>do</strong> como Minas Gerais, foi Ministro de Esta<strong>do</strong>, que junto com a<br />

equipe está <strong>da</strong>n<strong>do</strong> apoio para nós aqui. Fizemos diversas reuniões, agora,<br />

convi<strong>da</strong>mos os servi<strong>do</strong>res, fizemos reuniões com diretores, coordena<strong>do</strong>res e gerentes,<br />

alguns <strong>do</strong>s quais estão presentes aqui nesta sala hoje, mas não posso postergar uma<br />

decisão, uma responsabili<strong>da</strong>de que é minha, porque se têm muitos ônus, que são to<strong>do</strong><br />

tempo coloca<strong>do</strong>s para nós to<strong>do</strong>s, os bônus são mínimos, mas eles com certeza serão<br />

gratificantes. Eu não quero fazer deste Conselho um fórum de lamentações, mas eu<br />

quero <strong>da</strong>r ao conselho à responsabili<strong>da</strong>de que nos cabe, para também respal<strong>da</strong>r a<br />

presidente <strong>do</strong> conselho com relações as ações que são toma<strong>da</strong>s, eu acho que quem<br />

estiver insatisfeito, não tenho problema, já disse isso para os colegas que são <strong>do</strong><br />

sindicato, <strong>da</strong> associação, eu não tenho problema com relação a divergências, ao<br />

contrário, divergin<strong>do</strong> novas idéias a gente cresce, mas uma coisa a minha gestão veio<br />

para fazer, que é uma gestão transparente, estrutura<strong>da</strong> e com a ética necessária para<br />

poder avançar com uma proposta de política pública ambiental no Esta<strong>do</strong>. Eu queria<br />

mais uma vez agradecer a participação e o pronunciamento <strong>do</strong> Carrera, acho que<br />

assim, fun<strong>da</strong>mental, porque o sindicato vem na sua maneira de colocar e ele acaba<br />

colocan<strong>do</strong> aquilo que tem inicio, meio e fim e que às vezes o Conselho não toma<br />

conhecimento que está nas nossa entranhas. Agora já disse para ele, não me cobra<br />

questão salarial porque eu não tenho governabili<strong>da</strong>de para discutir sobre isso, não me<br />

cobra outras questões que não se encerram aqui na SEMA, porque não tenho<br />

governabili<strong>da</strong>de para falar sobre isso, então, nessa minha maneira de fazer o trabalho


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acontecer, eu não vou ficar paralisa<strong>da</strong> enquanto os cem por cento <strong>da</strong> Casa atestarem<br />

o ótimo para trabalhar, o ótimo é inimigo <strong>do</strong> bom! E eu vou continuar sim, vou levar ao<br />

governa<strong>do</strong>r a mensagem, o projeto não está ain<strong>da</strong> cem por cento concluí<strong>do</strong>, mas<br />

espero que em breve esteja e não vou me furtar <strong>da</strong> minha condição de Secretária,<br />

apesar de que sou uma pessoa que me considero aberta, afável, tenho um jeitão meio<br />

que de durona, mas a responsabili<strong>da</strong>de é minha e aí se os senhores conselheiros<br />

tiverem alguma questão que não tenha si<strong>do</strong> clarifica<strong>da</strong> podem se manifestar, se não<br />

<strong>do</strong>utor Eval<strong>do</strong>, por favor, com o senhor a palavra. Dr. Eval<strong>do</strong>: Senhora secretária,<br />

senhores conselheiros e demais pessoas presentes a sessão, eu devo dizer que saio<br />

até um pouco frustra<strong>do</strong> dessa nossa <strong>reunião</strong>, porque eu gostaria de ter visto aprova<strong>da</strong><br />

essa deliberação deste Conselho, o que constava na ordem <strong>do</strong> dia e principalmente<br />

essa questão <strong>do</strong> CCIR, <strong>do</strong> licenciamento rural simplifica<strong>do</strong>, que é muito importante e<br />

que está causan<strong>do</strong> sério problema para o desenvolvimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e me causou<br />

também uma certa preocupação a manifestação sobre a ocupação que existe no<br />

nosso Esta<strong>do</strong> e que isso estaria vincula<strong>da</strong> ao aumento <strong>da</strong>s <strong>do</strong>enças considera<strong>da</strong>s<br />

endêmicas de nossa região, que como o próprio nome diz são <strong>do</strong>enças endêmicas, ao<br />

contrário, a população é que está sofren<strong>do</strong> com isso, porque o governo federal, depois<br />

que foi extinto um órgão chama<strong>do</strong> DNERU, que era o Departamento Nacional de<br />

Combate a Endemias Rurais, não se tem assim uma política principalmente na região<br />

amazônica de combate a esses vetores e além <strong>da</strong>s <strong>do</strong>enças que são cita<strong>da</strong>s, como a<br />

leishmaniose, a malária, a febre amarela, que é outro caso muito sério que pode ir a<br />

óbito, a raiva que aqui na região de Viseu e que está acontecen<strong>do</strong> sem que não aja<br />

nenhuma política de combate ao vetor e isto está ocorren<strong>do</strong>, além <strong>do</strong> caso <strong>da</strong> dengue<br />

que é urbano, não é lá no interior é aqui dentro <strong>da</strong> capital! Então o que vemos não é o<br />

problema <strong>da</strong> intervenção humana no interior, mas sim <strong>da</strong> inanição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>da</strong><br />

União no que se refere ao combate aos vetores, ao combate a essas <strong>do</strong>enças para<br />

que aconteça justamente o inverso, a ocupação, seja ela ordena<strong>da</strong> ou de forma<br />

natural, porque às vezes o Esta<strong>do</strong> também não tem como controlar a ocupação<br />

natural, ele deve se esforçar para isso, mas às vezes ele não tem como fazer isso, ela<br />

opta o mínimo de risco possível à saúde pública e um <strong>do</strong>s grandes entraves que o<br />

Brasil encontra para melhorar o seu IDH é justamente a falta de política de combate a<br />

essas <strong>do</strong>enças endêmicas alia<strong>da</strong>s a outros casos, como os casos de infraestrutura, de<br />

água e esgoto, esses tipos de serviços que são precaríssimos no Brasil. A<br />

manifestação que teve a respeito <strong>do</strong> IBAMA é uma coisa muito correta, o que está<br />

acontecen<strong>do</strong> em relação ao IBAMA? Se o IBAMA fosse uma pessoa física eu diria que<br />

ele está em uma crise existencial, mas como é um órgão público, eu vou dizer que ele<br />

não está saben<strong>do</strong> se portar de acor<strong>do</strong> com a nova ordem jurídica, os seus integrantes<br />

ain<strong>da</strong> estão com uma mentali<strong>da</strong>de não atualiza<strong>da</strong>, através <strong>da</strong>s quais eles acham que<br />

ain<strong>da</strong> podem fazer tu<strong>do</strong>, que são um órgão único, eles parecem que não entenderam<br />

essa nacionalização <strong>da</strong> política de ordenação de meio ambiente e eles continuam a<br />

fazer as coisas que eles faziam antigamente e que no momento atual já não é mais<br />

adequa<strong>do</strong>. Essa questão que o Dr. Carlos Xavier tocou <strong>do</strong> impedimento <strong>do</strong>s bens que<br />

eles decretam de uma maneira extremamente arbitrária, sem <strong>da</strong>r chance de defesa e<br />

para impedir que aja algum tipo de defesa, eles <strong>do</strong>am os bens à associações, isso se<br />

constitui um ver<strong>da</strong>deiro abuso, se constitui uma violação constitucional ao direito de<br />

proprie<strong>da</strong>de, ao direito de presunção de inocência e tantos outros direitos que são<br />

assegura<strong>do</strong>s na nossa constituição e que não são adequa<strong>do</strong>s. Eu acho que a SEMA<br />

como Esta<strong>do</strong> tem que se posicionar, porque a intenção <strong>do</strong> IBAMA é continuar


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man<strong>da</strong>n<strong>do</strong>, fiscalizan<strong>do</strong> onde ele não tem mais competência legal para tanto e esses<br />

desman<strong>do</strong>s devem ser trata<strong>do</strong>s sim e é uma obrigação nossa, obrigação deste<br />

conselho velar por isso, porque quem sofre com isso é a classe produtiva e se faltar a<br />

classe produtiva, vai faltar também para o trabalha<strong>do</strong>r, é um efeito <strong>do</strong>minó, bate em<br />

um, bate em to<strong>do</strong>s, e nós não queremos ver esse tipo de coisa aconteça na reali<strong>da</strong>de.<br />

Nessa reformulação que se pretende que se faça na composição, eu falei na <strong>reunião</strong><br />

passa<strong>da</strong> de que nós deveríamos pensar que este órgão é um órgão colegia<strong>do</strong>, que ele<br />

deve ser representativo <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil e que obviamente tem que ter a<br />

participação de alguns seguimentos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que são muito importantes. Eu me<br />

lembro que estava aqui até o secretário de segurança pública, Dr. Luis Fernandes, e<br />

que é uma coisa inexplicável a secretaria de segurança pública não fazer parte <strong>do</strong><br />

conselho, assim como deve continuar a secretaria de saúde, já que estão, as duas,<br />

diretamente liga<strong>da</strong>s a ocupação, principalmente como se refere a grandes projetos, <strong>do</strong><br />

que mais se teme <strong>do</strong> impacto ambiental não só <strong>da</strong> área <strong>do</strong> projeto, mas to<strong>do</strong> o<br />

entorno, na área afeta<strong>da</strong> indiretamente ou diretamente pelo projeto, é a questão de<br />

saúde, são as transmissões de <strong>do</strong>enças e a questão <strong>da</strong> segurança pública, porque<br />

onde tem dinheiro, tem gente circulan<strong>do</strong>, tem problema de saúde, tem problema de<br />

segurança pública e falei também que eu achava estranho que na composição deste<br />

conselho tivesse representante <strong>da</strong> secretaria, porque a própria secretaria que faz as<br />

suas políticas, a própria secretaria que determina como as coisas deverão ser, então<br />

eu acho que não deveria ela mesma elaborar os seus planos e depois vir a votar, eu<br />

acho que falta uma certa lógica nessa composição e eu tenho certeza que essa<br />

questão salarial de funcionários, isso aí nós sabemos, tem um quadro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que<br />

estipula o quanto a secretaria vai pagar, não é a secretaria que estipula o quanto ela<br />

vai pagar, o quadro é o quadro geral, a estrutura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, a estrutura <strong>da</strong>s<br />

secretarias são absolutamente idênticas, então se houver uma mu<strong>da</strong>nça, esse<br />

mu<strong>da</strong>nça tem que ser estrutural, tem que ser mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, tem que ser uma<br />

mu<strong>da</strong>nça por completo e não só aqui, agora, per<strong>da</strong> de técnico, per<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

movimentação <strong>do</strong> pessoal, isso é uma coisa natural, a pessoa sempre busca uma<br />

coisa melhor para si e quan<strong>do</strong> encontra, obviamente ela mu<strong>da</strong>, ela vai para outro<br />

órgão, abrin<strong>do</strong> vaga para outro que pretende, porque também, se tem gente<br />

procuran<strong>do</strong> cargo melhor, tem gente procuran<strong>do</strong> algum trabalho para fazer, então eu<br />

acho que nós temos que ter um pouco de cui<strong>da</strong><strong>do</strong> ao tratar disso aqui, principalmente<br />

porque eu acho que isso aqui não é bem o foro para se pleitear este tipo de coisa, isto<br />

aqui é um órgão para tratar política ambiental, traçar planos, diretrizes de que o<br />

governo deve fazer ou de que o governo pode permitir que se o faça. Na questão <strong>da</strong><br />

interiorização ou descentralização <strong>da</strong> administração <strong>da</strong> secretaria, eu concor<strong>do</strong><br />

plenamente com a manifestação, eu acho que isso deveria ser impositivo sim! Eu acho<br />

que nós temos de trabalhar, obrigar os municípios a fazer, a criar e instalar as suas<br />

secretarias, isso seria obriga<strong>do</strong>, eu acho até que essa diferença que se faz de número<br />

de população não, porque eu acho que é uma questão de educação, de você mostrar<br />

que to<strong>do</strong>s têm essa responsabili<strong>da</strong>de ambiental, cultivar isso independente <strong>do</strong> número<br />

de habitantes que se tenha no município e eu vou um pouquinho mais longe, a título<br />

de sugestão, que seja forneci<strong>do</strong> meio aos municípios e obriguem aos municípios a não<br />

vincularem as suas secretarias de meio a outras secretarias qualquer, pois eu conheço<br />

município que tem a secretaria de meio ambiente e turismo, mas meio ambiente ele<br />

não cui<strong>da</strong> não, então, formalmente eles têm e o que nós queremos não é que se crie<br />

formalmente é que a estrutura <strong>da</strong> secretaria de meio ambiente municipal seja


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absolutamente desvincula<strong>da</strong> de qualquer uma outra. Dra. Teresa: Eu queria agradecer<br />

antes de passar a palavra ao conselheiro Fernan<strong>do</strong>, eu só queria ao tempo em que<br />

penso que to<strong>do</strong>s nós incorporamos as suas palavras, as suas contribuições, só lhe<br />

dizer com relação ao CCIR, esse trabalho que nós estamos fazen<strong>do</strong>, em que pese o<br />

conselho hoje ter, até pela ausência de representante <strong>do</strong> Ministério, permaneci<strong>do</strong> com<br />

o processo com pedi<strong>do</strong> de vistas, mas nós estamos nessa construção <strong>do</strong> processo de<br />

desburocratização e na aprovação <strong>do</strong> projeto de regulamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des<br />

agrossilvipastoris no Esta<strong>do</strong>, a exceção <strong>do</strong> manejo florestal e supressão, nós estamos<br />

constan<strong>do</strong> no Decreto para avaliação <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r, aceitação <strong>do</strong> protocolo <strong>do</strong> CCIR,<br />

exatamente para não prejudicar a ativi<strong>da</strong>de produtiva <strong>do</strong> nosso Esta<strong>do</strong>, está certo?<br />

Então, em que pese nós discutirmos aqui no conselho a necessi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> INCRA<br />

avançar com a emissão <strong>do</strong> CCIR, mas nós estamos crian<strong>do</strong> condicionantes para que<br />

isso possa, passan<strong>do</strong> pela área jurídica <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r, ser supera<strong>do</strong> aqui por nós.<br />

Após falha técnica no equipamento de gravação <strong>da</strong> Assessoria de Comunicação<br />

(ASCOM) <strong>da</strong> SEMA, a partir deste trecho, a <strong>Ata</strong> passa a ser interpretativa. Após<br />

as manifestações <strong>do</strong>s conselheiros e alguns convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s, na<strong>da</strong> mais foi delibera<strong>do</strong>,<br />

uma vez que se decidiu desde o começo <strong>da</strong> <strong>reunião</strong> a pauta, tal como, que o item que<br />

tratava <strong>da</strong> composição <strong>da</strong> Câmara Técnica de julgamento foi aglutina<strong>do</strong> na própria<br />

criação <strong>da</strong> Câmara que fará a revisão e adequação <strong>do</strong> regimento Interno, o que foi<br />

aprova<strong>do</strong> pelos conselheiros. Sobre a possibili<strong>da</strong>de de liberação de licença apenas<br />

com a apresentação <strong>do</strong> protocolo <strong>do</strong> CCIR com ou sem autentici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> título a<br />

presidente lembrou que na última <strong>reunião</strong> foi feito pedi<strong>do</strong> de vistas pelo representante<br />

<strong>do</strong> Ministério Público sobre assunto para ser analisa<strong>do</strong> com mais cautela, o que foi<br />

atendi<strong>do</strong>, então a presidente submeteu aos conselheiros para saber se eles deixavam<br />

em aberto o assunto a ser debati<strong>do</strong> naquele momento, até que o servi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ministério<br />

Público, que estava ausente a <strong>reunião</strong>, pudesse se manifestar sobre o assunto e to<strong>do</strong>s<br />

aprovaram que seria melhor aguar<strong>da</strong>r a manifestação <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

Finalizan<strong>do</strong> o Conselheiro Justiniano Netto manifestou-se encerran<strong>do</strong> a <strong>reunião</strong>,<br />

explican<strong>do</strong> os termos <strong>do</strong> novo Decreto que estava sen<strong>do</strong> debati<strong>do</strong> para estabelecer<br />

normas para o licenciamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des rurais fora <strong>da</strong> área de reserva legal e<br />

APP, destacan<strong>do</strong> que, consideran<strong>do</strong> as metas defini<strong>da</strong>s pelo Programa Municípios<br />

Verdes, o <strong>Governo</strong> decidiu agilizar os processos <strong>da</strong> gestão ambiental, dinamizar a<br />

socioeconomia, promover o desenvolvimento sustentável e atrair novos investimentos<br />

para o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, através <strong>da</strong> Simplificação <strong>do</strong>s Procedimentos de Licenciamento<br />

Ambiental <strong>da</strong>s Ativi<strong>da</strong>des Rurais. O licenciamento ambiental <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s<br />

nos imóveis rurais é de competência compartilha<strong>da</strong> entre a SEMA e os órgãos<br />

ambientais municipais, que cui<strong>da</strong>m <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de impacto local. A SEMA poderá,<br />

mediante convênio, delegar poderes ao órgão ambiental municipal para licenciamento,<br />

cuja competência seja de âmbito estadual. Por isso, é importante que os municípios<br />

estruturem seus órgãos ambientais para assumirem seu papel licencia<strong>do</strong>r, pois essa<br />

também é uma <strong>da</strong>s diretrizes <strong>do</strong> Programa Municípios Verdes – PMV, lança<strong>do</strong> pelo<br />

<strong>Governo</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Antes o produtor rural precisava percorrer, no mínimo, 12 (<strong>do</strong>ze)<br />

etapas para ter sua ativi<strong>da</strong>de autoriza<strong>da</strong> pela SEMA, o que onerava a produção e<br />

atrasava o início <strong>da</strong> regularização <strong>da</strong>s áreas de reserva legal e APP. Com o novo<br />

Decreto Estadual que simplifica os procedimentos de licenciamento ambiental, o<br />

produtor rural terá sua ativi<strong>da</strong>de autoriza<strong>da</strong> em apenas 4 (quatro) etapas, quan<strong>do</strong><br />

receberá Autorização de Funcionamento - AF com vali<strong>da</strong>de para 1 (um) ano. Depois,<br />

já com sua ativi<strong>da</strong>de autoriza<strong>da</strong>, precisará de mais 6 (etapas) para obter a LAR-PA


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com vali<strong>da</strong>de de 05 (cinco) anos. Porém, a tramitação <strong>da</strong> LAR-PA também será bem<br />

mais rápi<strong>da</strong>, já que a SEMA instituirá um modelo de Relatório Ambiental Simplifica<strong>do</strong><br />

(RAS) e permitirá que o produtor rural apresente, no protocolo <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>da</strong> licença,<br />

to<strong>da</strong>s as peças técnicas necessárias para o deferimento <strong>do</strong> seu processo. Com isso, o<br />

produtor rural não precisará mais esperar que a SEMA o notifique para apresentar<br />

<strong>do</strong>cumentos ou projetos que serão exigi<strong>do</strong>s no decorrer <strong>do</strong> licenciamento. E a SEMA<br />

diminuirá a necessi<strong>da</strong>de de produção de lau<strong>do</strong>s técnicos, limitan<strong>do</strong>-se a conferir a<br />

precisão e veraci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s projetos e informações apresenta<strong>da</strong>s pelo produtor rural. A<br />

SEMA também simplificará os procedimentos de plantio, colheita e comercialização de<br />

florestas planta<strong>da</strong>s fora <strong>da</strong> área de reserva legal e APP, basea<strong>da</strong> no que estabelece o<br />

art. 12 <strong>do</strong> Código Florestal (Lei 4.771/65). Com isso, ganha o meio ambiente, pois o<br />

reflorestamento proporciona inegáveis vantagens ambientais e também o produtor<br />

rural, que terá mais estímulo para investir nesta ativi<strong>da</strong>de, que é tão ou mais lucrativa<br />

que outras formas de uso <strong>do</strong> solo.Assim, a partir <strong>da</strong> nova política de simplificação <strong>do</strong><br />

licenciamento ambiental, o plantio, colheita e comercialização de espécies florestais<br />

planta<strong>da</strong>s, nativas ou exóticas, fora <strong>da</strong> Reserva Legal e <strong>da</strong> APP estarão dispensa<strong>da</strong>s<br />

de projeto e vistoria prévia. A SEMA poderá, a qualquer tempo, realizar vistoria técnica<br />

nos plantios. Para a colheita e transporte o produtor deverá apresentar na SEMA a<br />

Declaração de Colheita e Comercialização – DCC. Os produtos in natura, de florestas<br />

planta<strong>da</strong>s, nativas ou exóticas estarão dispensa<strong>do</strong>s de GF, deven<strong>do</strong> ser<br />

acompanha<strong>do</strong>s de:Nota Fiscal – NF , Cópia <strong>da</strong> Declaração de Corte e Colheita – DCC<br />

e Licença Ambiental Rural - LAR ou CAR. Haverá exigência de projeto técnico e<br />

autorização de corte para os plantios nas seguintes condições: Os plantios florestais<br />

realiza<strong>do</strong>s dentro <strong>da</strong> área de Reserva legal e APP; Aqueles destina<strong>do</strong>s à<br />

geração de créditos ou vincula<strong>do</strong>s à reposição florestal; Os plantios de espécies<br />

florestais nativas planta<strong>da</strong>s, constantes <strong>da</strong> Lista Oficial de Espécies Ameaça<strong>da</strong>s de<br />

Extinção ou protegi<strong>da</strong>s por lei; Aqueles cuja finali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> colheita seja a<br />

fabricação de carvão vegetal. A dispensa <strong>da</strong> GF para o transporte de espécies nativas<br />

não valerá para as protegi<strong>da</strong>s por lei e para aquelas cuja finali<strong>da</strong>de seja a fabricação<br />

de carvão vegetal. O prazo para requerimento <strong>do</strong> Licenciamento Ambiental Rural<br />

obedecerá o constante no Termo de Compromisso firma<strong>do</strong> entre a representação <strong>do</strong>s<br />

produtores rurais, os municípios, a SEMA, o IBAMA e o Ministério Público Federal:<br />

Proprie<strong>da</strong>des acima de 3.000 mil hectares – até 28.02.2012; - Proprie<strong>da</strong>des acima de<br />

500 hectares até 3.000 mil hectares – até 30.06.2012; - proprie<strong>da</strong>des até 500 hectares<br />

– 31.12.2012. Para gozar <strong>do</strong>s benefícios <strong>da</strong> simplificação <strong>do</strong> licenciamento ambiental,<br />

os produtores rurais deverão: - Se inscrever no Ca<strong>da</strong>stro Ambiental Rural – CAR-PA; -<br />

Requerer a Licença de Ativi<strong>da</strong>de Rural – LAR-PA; - Assinar o Termo de Compromisso<br />

Ambiental para regularização <strong>do</strong>s passivos ambientais <strong>do</strong> imóvel rural, principalmente<br />

nas áreas de Reserva Legal e APP; - Dar início ao processo de regularização<br />

fundiária, quan<strong>do</strong> necessário; - E, principalmente, não realizar qualquer desmatamento<br />

ilegal no seu imóvel rural. Por sua vez, os Municípios deverão aderir ao Programa<br />

Municípios Verdes – PMV e passar a monitorar e combater os desmatamentos ilegais<br />

em seu território, atuan<strong>do</strong> também de forma pró-ativa, licencian<strong>do</strong> e estimulan<strong>do</strong> as<br />

ativi<strong>da</strong>des sustentáveis em seu município. A partir <strong>da</strong> publicação <strong>do</strong> decreto que<br />

simplifica os procedimentos de licenciamento ambiental, comprova<strong>da</strong> a ocorrência de<br />

novos desmatamentos ilegais nos imóveis rurais, a SEMA poderá suspender a licença<br />

em vigor ou inibir sua emissão até que o <strong>da</strong>no seja plenamente recupera<strong>do</strong>, sem<br />

prejuízo <strong>da</strong>s sanções administrativas, cíveis e penais decorrentes <strong>da</strong> infração


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ambiental. Em suma, estas sãos as novi<strong>da</strong>des que o Decreto que está sen<strong>do</strong> discuti<strong>do</strong><br />

trará para o processo de licenciamento ambiental. E, retoman<strong>do</strong> a palavra a<br />

Secretária Teresa Cativo deu por encerra<strong>da</strong> a <strong>reunião</strong>, agradecen<strong>do</strong> a presença de<br />

to<strong>do</strong>s.

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