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A Crise oculta: conflitos armados e educação ... - unesdoc - Unesco

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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO GLOBAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS 2011 RELATÓRIO<br />

CONCISO<br />

Destaques do Relatório de<br />

Monitoramento Global de EPT 2011<br />

Omundo não está no caminho certo para alcançar<br />

os objetivos de Educação para Todos fixados<br />

para 2015. Embora tenha havido progresso<br />

em muitas áreas, a mensagem principal que<br />

sobressai do Relatório de Monitoramento Global<br />

de EPT 2011 é que a maioria dos objetivos ficará longe de ser<br />

atingida. Países afetados por <strong>conflitos</strong> <strong>armados</strong> enfrentam<br />

desafios alarmantes. Os governos terão de demonstrar um<br />

senso muito maior de urgência, determinação e propósito<br />

comum para tornar os objetivos realizáveis.<br />

Progresso em direção aos objetivos de 2015<br />

A última década testemunhou progresso extraordinário<br />

quanto aos objetivos de Educação para Todos em alguns<br />

dos países mais pobres do mundo.<br />

O bem-estar na primeira infância está melhorando. A mortalidade<br />

entre crianças menores de 5 anos, por exemplo,<br />

caiu de 12,5 milhões em 1990 para 8,8 milhões em 2008.<br />

De 1999 a 2008, um adicional de 52 milhões de crianças<br />

foi matriculado na escola primária. O número de<br />

crianças fora da escola caiu pela metade no sul e<br />

no oeste da Ásia. Na África subsaariana, a taxa de<br />

matrícula subiu em um terço, apesar do grande<br />

aumento na população em idade escolar primária.<br />

A paridade de gênero nas matrículas na <strong>educação</strong> primária<br />

1 melhorou significativamente em regiões que começaram<br />

a década com as maiores disparidades de gênero.<br />

Apesar dessa evolução positiva, ainda há uma lacuna muito<br />

grande entre os objetivos de Educação para Todos estabelecidos<br />

em 2000 e os avanços limitados que foram alcançados.<br />

A fome está atrasando o progresso. Nos países em desenvolvimento,<br />

195 milhões de crianças menores de 5 anos<br />

– uma em cada três – sofrem de desnutrição, que causa<br />

danos irreparáveis ao seu desenvolvimento cognitivo e<br />

às suas perspectivas de <strong>educação</strong> em longo prazo.<br />

O número de crianças fora da escola vem caindo muito<br />

lentamente. Em 2008, 67 milhões de crianças estavam<br />

fora da escola. O progresso em direção à universalização<br />

da escolarização está mais lento. Se as tendências<br />

1. N.T. Primary Education, ou “<strong>educação</strong> primária”, de acordo com<br />

a terminologia internacional adotada neste Relatório, no Brasil<br />

corresponde aos seis primeiros anos do ensino fundamental de<br />

nove anos.<br />

atuais continuarem, pode haver mais crianças fora da<br />

escola em 2015 do que há hoje.<br />

Muitas crianças abandonam a escola antes de completar<br />

o ciclo de <strong>educação</strong> primária. Somente na África<br />

subsaariana, 10 milhões de crianças abandonam a<br />

escola primária a cada ano.<br />

Aproximadamente 17% dos adultos do mundo – 796<br />

milhões de pessoas – ainda não possuem competências<br />

de alfabetização básicas. Aproximadamente dois terços<br />

são mulheres.<br />

As disparidades de gênero continuam a dificultar o<br />

progresso da <strong>educação</strong>. Se o mundo tivesse alcançado<br />

a paridade de gênero no nível primário em 2008, teria<br />

havido um adicional de 3,6 milhões de meninas na<br />

escola primária.<br />

Desigualdades maiores têm restringido oportunidades.<br />

No Paquistão, quase metade das crianças entre 7 e 16<br />

anos nas famílias mais pobres está fora da escola, em<br />

comparação com apenas 5% das famílias mais ricas.<br />

A desvantagem de gênero custa vidas. Se a taxa média<br />

de mortalidade infantil da África subsaariana caísse<br />

para o nível associado às mulheres que têm alguma<br />

<strong>educação</strong> secundária, haveria 1,8 milhão de<br />

mortes a menos.<br />

Mulheres com <strong>educação</strong> secundária são muito mais<br />

sensíveis às medidas de prevenção da transmissão do<br />

vírus HIV de mãe para filho, que contribuiu para um<br />

número estimado em 260 mil mortes em decorrência<br />

de doenças relacionadas ao HIV em 2009. No Malaui,<br />

60% das mães com <strong>educação</strong> secundária ou superior<br />

estavam cientes de que as drogas poderiam reduzir os<br />

riscos de transmissão, em comparação com 27% das<br />

mulheres sem nenhuma escolaridade.<br />

A qualidade da <strong>educação</strong> continua muito baixa em<br />

muitos países. Milhões de crianças saem da escola<br />

primária com níveis de leitura, escrita e competências<br />

matemáticas muito abaixo dos esperados.<br />

Serão necessários mais de 1,9 milhão de professores<br />

até 2015, para que a <strong>educação</strong> primária universal seja<br />

atingida, mais da metade deles na África subsaariana.<br />

Financiamento da Educação para Todos<br />

A crise financeira global aumentou a pressão sobre os<br />

orçamentos nacionais, minando os esforços de muitos dos<br />

países mais pobres do mundo para financiar planos de<br />

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