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A Crise oculta: conflitos armados e educação ... - unesdoc - Unesco

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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO GLOBAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS 2011 RELATÓRIO<br />

CONCISO<br />

Existe uma margem considerável para os países mais<br />

pobres em desenvolvimento intensificarem os seus<br />

esforços de mobilização de recursos e, ao mesmo<br />

tempo, darem mais peso à <strong>educação</strong> básica. O<br />

Relatório de Monitoramento Global de EPT 2010<br />

calculou que eles poderiam arrecadar outros 7 bilhões<br />

de dólares para a <strong>educação</strong> básica por meio do<br />

financiamento interno, elevando o nível global para<br />

aproximadamente 0,7% do PIB.<br />

A ajuda internacional: aquém da promessa<br />

O total do auxílio à <strong>educação</strong> básica quase dobrou<br />

desde 2002, o que viabilizou alguns ganhos<br />

importantes. Em países como Bangladesh, Camboja,<br />

Etiópia, Moçambique, Ruanda, Senegal e República<br />

Unida da Tanzânia, a ajuda internacional tem<br />

desempenhado papel fundamental no apoio às<br />

políticas que aceleraram o progresso. Enquanto<br />

doadores pessimistas questionam o valor da<br />

assistência para o desenvolvimento, os resultados<br />

práticos contam uma história mais positiva. Mesmo<br />

assim, as doações têm ficado muito aquém dos<br />

compromissos assumidos em Dacar e em<br />

conferências internacionais desde então.<br />

A ajuda à <strong>educação</strong> é inevitavelmente influenciada<br />

pelos níveis gerais e pelo contexto mais amplo de<br />

ajuda. Em 2005, os compromissos assumidos pelo<br />

Grupo dos Oito e pela União Europeia para 2010<br />

totalizaram 50 bilhões de dólares, metade dos quais<br />

destinados à África subsaariana. O deficit projetado<br />

Figura 8: O impacto da crise financeira nos gastos com <strong>educação</strong><br />

Índice de gastos reais com <strong>educação</strong> em países selecionados de baixa renda e média baixa renda, 2008-2010<br />

Gastos governamentais em <strong>educação</strong> (ano-base = 100)<br />

150<br />

140<br />

130<br />

120<br />

110<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Senegal<br />

Gana<br />

Guiné-Bissau<br />

Chade<br />

Vietnã<br />

Mauritânia<br />

Níger<br />

2008 2009 2010<br />

Timor-Leste<br />

R.D. Congo<br />

Benin<br />

Fonte: Ver Figura 2.12 no Relatório de Monitoramento Global de EPT 2011.<br />

Rep. Centro-Africana<br />

Zâmbia<br />

Moçambique<br />

Mali<br />

Camboja<br />

está estimado em 20 bilhões de dólares, com a África<br />

subsaariana contabilizando 16 bilhões de dólares.<br />

Os doadores têm históricos variáveis em relação às<br />

metas internacionais e aos diversos marcos de<br />

referência adotados. Dos países do G8, Itália, Japão e<br />

Estados Unidos continuam a investir baixos níveis do<br />

rendimento nacional bruto (RNB) em ajuda. A Itália<br />

cortou seus gastos em um terço de uma base baixa,<br />

em 2009, e parece ter abandonado seu compromisso,<br />

como país-membro da União Europeia, de doar para a<br />

ajuda internacional no mínimo 0,51% de seu RNB.<br />

Pressões fiscais criaram incertezas sobre o rumo<br />

futuro da ajuda. Em sentido oposto, vários doadores,<br />

incluindo a França, o Reino Unido e os Estados Unidos,<br />

aumentaram os gastos em ajuda em 2009.<br />

Dados recentes sobre a ajuda para a <strong>educação</strong><br />

apontam uma direção preocupante na agenda da<br />

iniciativa de Educação para Todos. Após cinco anos de<br />

aumento gradual, a ajuda para a <strong>educação</strong> básica<br />

estagnou, em 2008, em 4,7 bilhões de dólares (Figura 7).<br />

Para a África subsaariana, a região com a maior<br />

lacuna de financiamento dos objetivos de Educação<br />

para Todos, os desembolsos caíram 4%, o equivalente<br />

a uma queda de 6% no auxílio por criança em idade<br />

escolar primária. O nivelamento da ajuda em um ano<br />

não é, em si, sinal de tendência. Mas há pouco espaço<br />

para a complacência, uma vez que o deficit de<br />

financiamento externo para atender aos objetivos de<br />

Educação para Todos em países de baixa renda é<br />

estimado em 16 bilhões de dólares por ano.<br />

Países de baixa renda Países de média baixa renda<br />

Burquina Fasso<br />

Serra Leoa<br />

Afeganistão<br />

Nigéria<br />

S. Tomé e Príncipe<br />

Costa do Marfim<br />

Guiana<br />

Nicarágua<br />

Mongólia<br />

Rep. da Moldávia<br />

Angola<br />

Lesoto<br />

Congo<br />

Os países que<br />

relataram cortes<br />

têm cerca de<br />

3,7 milhões de<br />

crianças fora<br />

da escola<br />

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