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A Crise oculta: conflitos armados e educação ... - unesdoc - Unesco

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RELATÓRIO DE MONITORAMENTO GLOBAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS 2011 RELATÓRIO<br />

CONCISO<br />

Parte 1. Monitorando o progresso<br />

em direção aos objetivos de EPT<br />

Os seis objetivos de EPT<br />

Educação e cuidados na primeira infância:<br />

fortalecer a saúde, lutar contra a fome<br />

As oportunidades educacionais são construídas<br />

muito antes da chegada da criança à sala de aula.<br />

As competências linguísticas, cognitivas e sociais<br />

desenvolvidas na primeira infância são bases reais<br />

para a aprendizagem ao longo da vida. Saúde frágil,<br />

desnutrição e falta de estímulos prejudicam estas<br />

bases e limitam a criança naquilo que ela pode atingir.<br />

Os danos irreversíveis causados pela fome nos<br />

primeiros anos de vida continuam a corroer o<br />

potencial humano em escala global.<br />

As condições de saúde infantil consideradas em<br />

sentido amplo podem ser medidas pela mortalidade<br />

infantil. As taxas de mortalidade vêm caindo – em<br />

2008, 8,8 milhões de crianças morreram antes dos<br />

5 anos, em comparação com 12,5 milhões em 1990.<br />

Não obstante isso, entre os 68 países com altas taxas<br />

de mortalidade infantil, apenas 19 estão a caminho de<br />

atingir a meta dos ODMs relacionada à redução em<br />

dois terços de 1990 a 2015. A desnutrição está<br />

diretamente ligada à morte de mais de 3 milhões de<br />

crianças e mais de 100 mil mães.<br />

Os governos continuam a subestimar as<br />

consequências da desnutrição infantil na <strong>educação</strong>.<br />

Cerca de 195 milhões de crianças menores de 5 anos<br />

nos países em desenvolvimento – um terço do número<br />

total – sofrem de retardo de crescimento ou têm baixa<br />

estatura para a idade, o que é sinal de deficiência<br />

nutricional. Muitos sofreram desnutrição crônica nos<br />

primeiros anos de vida, um período crítico para o<br />

desenvolvimento cognitivo. Além do sofrimento<br />

humano envolvido, a desnutrição põe um fardo pesado<br />

sobre os sistemas educacionais. As crianças<br />

desnutridas tendem a não atingir seu potencial, física<br />

ou mentalmente. Elas têm menos chances de ir à escola<br />

e, uma vez na escola, registram níveis baixos de<br />

aprendizado. O crescimento econômico não é panaceia<br />

para a desnutrição. Desde meados da década de 1990,<br />

a Índia mais do que dobrou a renda média da<br />

população, ao passo que a desnutrição diminuiu<br />

apenas alguns pontos percentuais. Cerca de metade<br />

das crianças do país é cronicamente desnutrida e a<br />

proporção das que estão abaixo do peso é quase duas<br />

vezes mais elevada que a média da África subsaariana.<br />

A saúde infantil e materna tem lugar mais<br />

proeminente na agenda do desenvolvimento<br />

internacional na atualidade. As iniciativas globais<br />

relativas a nutrição, mortalidade infantil e bem-estar<br />

materno anunciadas tanto na cúpula do G8 em 2009<br />

como na Cúpula dos ODMs em 2010 são bem-vindas.<br />

Contraditoriamente, as abordagens atuais falham no<br />

reconhecimento do papel catalisador que a <strong>educação</strong> –<br />

especialmente a escolaridade das mães – pode<br />

desempenhar no avanço das metas de saúde.<br />

A igualdade de tratamento em matéria de <strong>educação</strong><br />

para meninos e meninas é um direito humano.<br />

É também um meio de permitir ganhos em outras<br />

áreas. A <strong>educação</strong> melhora a saúde infantil e materna,<br />

uma vez que dá condições às mulheres de compreender<br />

informações sobre nutrição e doenças, de fazer<br />

escolhas e de assumir o controle de suas vidas.<br />

Figura 1: O dividendo da <strong>educação</strong> poderia salvar 1,8 milhão<br />

de vidas<br />

Número estimado de mortes antes dos 5 anos de idade de acordo<br />

com diferentes hipóteses de escolaridade das mães na África<br />

subsaariana, 2003-2008<br />

4,4 milhões<br />

Mortes antes dos<br />

5 anos na África<br />

subsaariana…<br />

4,2 milhões<br />

…se todas as<br />

mulheres tivessem<br />

<strong>educação</strong> primária<br />

O dividendo<br />

da <strong>educação</strong><br />

poderia salvar<br />

1,8 milhão<br />

de vidas<br />

2,6 milhões<br />

…se todas as<br />

mulheres tivessem<br />

<strong>educação</strong> secundária<br />

Fonte: Ver Figura 1.7 no Relatório de Monitoramento Global de EPT 2011.<br />

Na África<br />

subsaariana, o<br />

dividendo da<br />

<strong>educação</strong> poderia<br />

salvar 1,8 milhão<br />

de vidas<br />

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